Caracterização
Por: Carolina234 • 22/4/2018 • 1.936 Palavras (8 Páginas) • 351 Visualizações
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No campo de atuação da estagiária, CRAS, a política setorial trata-se da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), conforme a PNAS (2004) foi a partir da Constituição Federal de 1988, que surgiu uma nova concepção para a Assistência Social Brasileira. Incluída no âmbito da Seguridade Social e regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (Lei 8.742 de 07/12/93, que regulamenta os artigos 203 e 204) como Política Social Pública, a Assistência Social, inicia seu trânsito para um campo novo; o campo na lógica dos direitos à Proteção Social para todos os cidadãos, da universalização dos acessos e da responsabilidade estatal.
A LOAS cria uma nova matriz para a Política de Assistência Social, inserindo-a no sistema do bem-estar social brasileiro concebido como campo da Seguridade Social, configurando o tripé juntamente com a Saúde e a Previdência Social.
O Sistema Único de Assistência Social (SUAS) / 2004 estabelece a organização dos serviços, com base no grau de complexidade de rede de atendimento, a partir de duas dimensões de Proteção Social: proteção Social Básica que desenvolve Serviços, Programas e Projetos locais de acolhimento, convivência e socialização de famílias e indivíduos, de acordo com a situação de vulnerabilidade apresentada, incluindo também, as pessoas com deficiência, de forma a inseri-las nas ações ofertadas. Neste sentido, a Proteção Social Básica é responsável pela oferta do Programa de Atenção Integral às Famílias (PAIF).
O foco é a intervenção e a garantia da proteção social a família, a maternidade, a infância, a adolescência, a velhice, as pessoas com deficiência e todos os indivíduos e famílias, que por algum motivo encontra-se em situação de risco e vulnerabilidade social.
Conforme o Guia Suas de Coronel Fabriciano MG, o CRAS oferta os seguintes programas e benefícios:
- Serviço de Proteção Integral a Família
- Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
- Benefícios Eventuais
- Programa VIVAIDADE
De acordo BAREMBLITT (2002) para funcionamento deste equipamento, é necessário contar com o objeto institucional, que se trata das demandas apresentadas pelos usuários, e os agentes institucionais que são seres humanos que são o suporte e os protagonistas de toda essa parafernália. Em meio a esses agentes, destaca-se como agente privilegiado o Assistente Social, ao qual Têm um saber pleno e a partir desse saber uma posição estratégica em relação à ação institucional, sendo ele o detentor do conhecimento. O CRAS é a porta de entrada da PNAS, logo os objetivos institucionais e profissionais se tornam o mesmo.
Conforme ALBUQUERQUE (1978), este equipamento é representado por três tipos de mandantes:
O primeiro que sustenta economicamente a instituição garantindo sua reprodução material e se apropriando do que ela produz, neste caso é notório perceber como mandante o Estado, seja no âmbito municipal, federal ou estadual, ao qual é mantenedor do equipamento e apropria-se de uma legitimação por prover os mínimos necessários aos usuários, que se sentem “realizados” com o mínimo que lhes são ofertados.
O segundo, que conforme ALBUQUERQUE (1978) trata-se do mandante que nomeia o corpo dos agentes institucionais. O CRAS tem como meio de contratação o processo seletivo, e o concurso público, que é realizado através de uma empresa terceirizada contratada pela prefeitura do município. Neste contexto entende-se que o mandante seria a prefeita e ou a secretaria de Assistência Social do município.
E por último ALBUQUERQUE (1978), fala sobre a relação de mandato institucional, ao qual o mandante é guardião da legitimidade em que a instituição concreta se reveste. Percebe-se como mandante neste sentido a gerencia do equipamento.
DESCRIÇÃO E ANALISE DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO
Neste primeiro momento de estágio, o aluno estagiário estará apenas para a observação. A aluna estagiária acompanhou a Assistente Social em seu cotidiano, observando as frentes de trabalho da mesma, havendo momentos de reflexão com, onde foram realizadas discussões acerca dos atendimentos ocorridos e o esclarecimento das dúvidas da estagiária. Conforme acordado foram acompanhadas as seguintes atividades:
- Identificação do campo de estágio tendo como objetivo de observação a atuação do Serviço Social dentro da Política Nacional de Assistência Social;
- Elaborar plano de estágio;
- Elaborar diariamente o diário de campo sobre os aspectos observados no cotidiano do Assistente Social no CRAS;
- Leitura da Política Nacional da Política Social e a tipificação da Atenção Básica, bem como demais bibliografias afins;
- Observação do atendimento diário do Assistente social no CRAS;
- Observação do Acompanhamento Familiar do PAIF;
- Acompanhar visitas domiciliares;
- Acompanhar as atividades desenvolvidas pelo técnico no Serviço e Convivência;
- Participar de algumas reuniões;
- Elaborar plano final de estágio e demais avaliações;
- Participar de momentos de reflexão em conjunto do supervisor sobre a atuação do Assistente Social no campo de estágio fazendo a correlação teoria x prática.
Diante do exposto, destaca-se que é através da observação do aluno no fazer profissional do Assistente Social que gera as dúvidas. São as dúvidas do aluno que dão subsídios para os momentos de reflexão entre o supervisor de campo e o aluno estagiário. A observação visa o acompanhamento do aluno para com o cotidiano do profissional, desde um atendimento a um matriciamento. OLIVEIRA (2004) destaca que o estágio não se trata de um treinamento e sim de oportunizar o aluno o estabelecimento de relações mediante entre os conhecimentos teóricos e o trabalho profissional, destaca ainda que o estágio não está voltado unicamente para a informação teórica, e sim direcionado para uma capacitação reflexiva e analítica a pratica do Serviço Social.
LIMITES, POSSIBLIDADES E DESAFIOS PARA O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL.
Dentro do CRAS, percebe-se
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