As Características do Aço SAE 15B29

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2.1.3. Tratamento Térmico Revenido.

É definido como um processo de tratamento térmico do aço temperado em Martensita, objetivando o aumento da ductilidade. As principais reações que ocorrem durante o revenido da martensita são: A segregação de carbono para os defeitos da rede e precipitação de carbonetos metaestáveis, transformação da austenita retida, recuperação e recristalização da martensita. Estas reações ocorrem pelo processo de difusão do soluto na matriz, e muitas vezes elas se sobrepõem sendo influenciadas pela adição dos elementos de liga.

2.2. Ensaio de Desgaste

Este método cobre os procedimentos de laboratório para determinar a resistência dos materiais metálicos em arranhaduras de abrasão pelos meios de ensaio de areia seca /instrumento de roda de borracha. É intenção deste método fornecer dados que irão reproduzir a escala de materiais em suas arranhaduras a abrasão sob um conjunto de condições específicas. Não deverá ser usado para prever a resistência exata de um material sugerido em um ambiente específico. Seus valores especiais dependem em prever a escala de materiais em um pedido relativo semelhante ao mérito como ocorre em um ambiente abrasivo. A informação de volume de perda obtido no ensaio de materiais cujas vidas são desconhecidas em um ambiente abrasivo específico talvez possa ser comparada ao ensaio de informação obtido do material cuja vida é desconhecida no mesmo ambiente.

2.3 Características do Metal Duro OK8358

São aços altamente ligados contendo entre 0,8% e 1,5% de C; de 2% a 18% de W; 1% a 5% de V, até 9% de Mo e ao redor de 4% de Cr; alguns tipos contêm também Co. Apesar das diferenças de composição, todos os aços rápidos são muito similares quanto a sua estrutura, no estado recozido apresentam uma matriz Ferrítica com uma grande quantidade dos elementos de liga formando carbonetos (em média 20%), dispersos na matriz [ODÉRIZ, 1998].

3. METODOLOGIA EXPERIMENTAL

Os experimentos utilizados para este trabalho de Estagio foram realizados com os equipamentos e condições de processo tipicamente utilizados na indústria METISA. Foi utilizada seis amostras de corpo de prova do material SAE 15B29 após tratamento térmico, para comparativo aplicamos o Metal Duro OK8358 no processo de solda Eletrodo em apenas três peças.

[pic 4][pic 5]

Figura 3 – Material Corpo de Prova para ensaio de Desgaste

3.1. Preparação das Amostras

Foram fabricadas 6 amostras corpos de prova do material SAE15B29 com Tratamento Térmico de Tempera e Revinido, nas dimensões 75x26x8mm e usinadas para obter-se uma superfície uniforme, conforme norma ASTM G65-91, para avaliação do desgaste através do teste da "roda de borracha" Figura 6.

3.1 Aplicações de Solda Eletrodo para revestimento Metal Duro OK8358

3.1.1 Limpeza

Para preparação foi necessário a limpeza da área a ser soldada, verificando se todo o material trincado ou fatigado foi removido.

3.1.2 Preaquecimento

É em função do teor de carbono do aço e da espessura da peça. Como o nosso material base 15B29 é um material de baixo carbono não requer preaquecimento.

3.1.3 Correntes Recomendadas

Corrente alternada ou corrente contínua com o eletrodo no pólo positivo (polaridade inversa) Ø (mm) CORRENTE (A) 3,2 (1/8”) 100 – 120 4,0 (5/32”) 130 – 150

3.1.4 Soldagem

Usar arco curto com eletrodo inclinado aproxima-damente a 80° na direção da soldagem. Bitolas: 2,4 mm (3/32”) e 3,2 mm (1/8”) Posição de Sol

3.3 Ensaios de dureza

Os ensaios de dureza foram realizados pelo método Rockwell-C (HRc), cone de diamante 120º e carga de 150 Kgf, em durômetro de bancada, modelo DT 310 marca Mitutoyo.

Resultados:

Material

Local de Medição

Faixa Especificada

SAE15B29

Superfície da Peça

440 a 500 HB. – ( 46 a 51 HRc. )

Metal Duro OK8358

Superfície da Peça

560 a 660 HB (55 a 61 HRc)

Tabela 3 - Ensaio de Desgaste

3.4 Análises Metalográfica

Para análise da microestrutura através da microscopia óptica as amostras foram preparadas seguindo técnicas usuais de metalografia. Foi utilizado o processo de embutimento a frio em resina, com diferentes colorações para juntamente com os formatos de cortes diferentes, auxiliar na identificação das amostras. Para o lixamento lixas de Carbeto de Silício foram utilizadas, por terem uma boa resistência ao desgaste e não formar ondulações quando na utilização de água. As seguintes sequencias de lixas foram utilizadas: #400, #600, #800, #1000 e #1200.

Durante o lixamento as amostras ao serem trocadas de lixas foram lavadas em água corrente e rotacionadas a 90°. O polimento realizado em Politrizes rotativas utilizou-se como abrasivo polidor a alumina, com granulometria de 1µm e pano de feltro. Durante este processo as amostras sofreram movimentos circulares com sentido contrário ao sentido de rotação do disco, a fim de evitar alguns aspectos inconvenientes conhecidos como rabos de cometa, ficando as amostras em um tempo necessário para eliminar completamente os riscos da superfície.O ataque químico foi realizado por meio de uma solução em acido nítrico a 3% em (álcool etílico) o ataque é feito por imersão da amostra em um recipiente (relógio de vidro) com o reagente, durante um período necessário para que ocorra a revelação da microestrutura do material, este tempo de contato deverá ser o suficiente para que o aspecto brilhante desapareça, ou seja, que a amostra fique fosca, sem que prevaleça o ataque excessivo (queima), o qual exigirá um novo polimento.

Resultados: