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A História da Minha Alfabetização

Por:   •  5/6/2018  •  1.608 Palavras (7 Páginas)  •  263 Visualizações

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Eu andava a pé por dois km, até chegar à escola, era só uma sala de aula e uma professora para dar aula da pré-alfabetização à quarta série, formávamos quatro filas cada uma, era uma série diferente por fila, me lembro como se fosse hoje de alguns fatos que me marcou muito.

O nome da minha professora era Dª. Neusa Alves é era assim que tínhamos que chamá-la em questão de respeito, ela era muito brava. O fato que mais me marcou e que ela tinha uma varinha de madeira, bem comprida que apontava pro quadro e se algum dos colegas conversa-se ela batia com a vara para fazer silêncio, aqueles alunos mais custosos ela colocava de castigo, atrás da porta com o nariz na parede, todos a respeitavam muito. Era um método muito tradicionalista e diferente de hoje, mais acho que as crianças aprendiam mais, todos tinham que sair da pré-alfabetização lendo e escrevendo.

Às vezes a merendeira como a gente chamava, a Dª. Julia faltava ai era a professora ou a mãe de algum aluno que se disponibilizava ajudar a preparar o lanche, os nossos lanches a maioria era doação dos pais dos alunos e da horta que nos mesmo plantávamos e cultivávamos.

Há essa professora andava sete quilômetros até chegar à escola, estudei com ela só a pré-alfabetização, depois saiu à lei que tinha que ter o curso de Pedagogia para dar aula, ai a prefeitura disponibilizou uma professora e um veículo para levá-la para a escola, o nome dela era Cacilda, continuou no mesmo ritmo, mas ela logo pediu que os pais pedissem ajuda e outra professora para dividir a sala, pois ela só não conseguia dar aula para todos, foi ai que veio a professora Eleuza, não demorou muito a prefeitura fechou a escola, segundo eles eram mais viáveis, levar os alunos pra cidade do que os professores pra zona rural.

Já estava na segunda série ia cursar a terceira série, foi uma mudança tremenda pra todos, fui matriculada na Escola Municipal José Amâncio de Souza Pinto na terceira série. O transporte que buscava os alunos era um caminhão velho dirigido pelo seu Alberto.

Depois de um ano de tanto os pais lutarem por outro transporte, conseguiram um ônibus bem antigo, cujo o nome que era apelidado era “ Tucano” dirigido pelo Sr. Tiago. Eu saia de casa 11:00 hs da manhã e chegava mais ou menos 19:30 hs da noite.

Estudei na Escola José Amâncio de Souza Pinto até a quarta série, tudo era novidade tínhamos duas professoras. Bom apesar da forma que fui alfabetizada acho que essa professora merece um prêmio por desempenhar um ótimo trabalho, com todas as dificuldades e falta de recursos ela sempre procurou nos ensinar da melhor maneira.

Encontrei-me com ela um dia desses, hoje ela tem uns setenta e cinco anos e ela se lembra de cada um com muito carinho, contei pra ela que estava cursando pedagogia e ela me perguntou se eu ainda era uma boa aluna e exemplar como à vinte e cinco anos atrás. Ela faz parte da minha historia de alfabetização.

3 – MINHAS EXPECTATIVAS COM O CURSO DE PEDAGOGIA

Todo inicio e complicado é o fato de cursar Pedagogia em uma carga horaria muito reduzida me deixa um pouco apreensiva, mas através de pesquisas e de conversas com colegas pedagogos, percebi o quanto essa área e diversificada e interessante é que a carga horaria reduzida não me impede de ser uma boa profissional.

Minhas expectativas para o futuro como aluna de Pedagogia são as melhores possíveis, pois a educação e uma necessidade permanente, portanto os empregos nas áreas já são garantidos, mesmo que os salários não sejam dos mais estimulantes, mas percebo que embora o governo não desperte para a importância da educação, muitas empresas já investem na qualificação de profissionais dessa área, e eu quero focar mais na parte da Pedagogia Hospitalar, pois gosto muito da área da saúde, e por cursar outro curso na área da saúde meu interesse e nessa área.

Estudos comprovam que os Pedagogos têm mais paciência e jeito para lidar com doentes que já estão debilitados, e uma área nova, mais, porém que já tem muitos estudos científicos e profissionais atuando. Com certeza uma excelente área pra se trabalhar. Poder passar um pouco do que você sabe para quem esta precisando.

4 – CONCLUSÃO

Elaborar esse memorial me fez recordar vários acontecimentos da minha vida escolar. Como foi difícil ter que sair de casa todos os dias a pé e andar dois quilômetros até chegar à escola. Depois a questão de ter que mudar de escola e ir estudar na cidade. Andar muitos quilômetros para chegar à escola, sair de casa cedo e chegar à noite. Não foi fácil, mais tudo isso foi de grande importância para a minha vida. Todos os obstáculos servirão pra me dar forças para chegar até aqui.

É necessária ao professor a sua realização profissional, a sua valorização. Esquecem que o professor é um ser humano que passa por conflitos, enfrenta dificuldades, tem suas necessidades como qualquer outro profissional e ainda é mal remunerado, pouco respeitado, às vezes desacreditado, paga-se pouco ao professor dando à profissão uma aura de subemprego, afugentando com isso bons professores e deixando outros que, embora atuando, não se empenham na busca de dignidade deixando extravasar com maior frequência o relaxamento como válvula de escape para tantos problemas e outros acumulando cada vez mais empregos na tentativa de uma vida mais digna, não tendo tempo com isso para estudos mais aprofundados, tempo para preparar-se melhor para as aulas.

Infelizmente, a profissão de professor perdeu muito do seu encanto, o respeito e a admiração que tinha perante a sociedade. Mais espero que isso mude. Pois precisa ser muito valorizada, a educação é essencial para a vida.

5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SOARES,

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