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A Educação para Martinho Lutero

Por:   •  23/12/2018  •  1.504 Palavras (7 Páginas)  •  273 Visualizações

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Castela de Wittenberg 95 teses, protestando contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica Romana. Essa ação de Martinho Lutero culmina em um movimento reformista cristão, intitulado Reforma Protestante, no início do século XVI.

Por meio da leitura das Escrituras, Lutero se convence de que a salvação teria principio na fé e não somente na realização de boas ações, Lutero pregava que somente a fé em Deus teria o poder de salvar as pessoas. Uma interpretação feita pelo monge que ia contra as práticas da Igreja, pois ofereceria aos fiéis à retirada da culpa por meio da contribuição e da penitencia, outrossim, mudava a noção de religião, tornando a mesmo pessoal e interior.

Além disso, entre os principais fundamentos da Reforma Protestante, estava o contato mais estreito e pessoal entre o crente e as Escrituras, deste modo cada pessoa poderia ler a Bíblia e ter sua própria interpretação, era a ideia de um livre exame do texto Sagrado. Porém, como muito fiéis não tinham um conhecimento de leitura, eram analfabetos, Lutero apoia a criação de mais escolas, com uma valorização do aprendizado das línguas, para que assim ocorresse uma difusão do ensino da leitura e para que todos pudessem ter acesso a leitura da Bíblia.

Em um de seus escritos: Aos conselhos de todas as cidades da Alemanha para que criem e mantenham escolas, Lutero define com mais clareza qual sua posição e quais mudanças deveriam ocorrer na educação. Ele defende a criação de um número maior de escolas, pois desse modo ocorreria uma maior contenção das paixões e dos impulsos o que levaria a um maior ordenamento social e uma maior disciplinalização. E que as cidades resistiriam ao diabo. (tem mais coisa naquele papel, cria vergonha na cara e escreve)

Um dos impasses para a educação das crianças, segundo Lutero, seriam os próprios pais das crianças, o monge dizia que esses não educavam seus filhos por não terem consciência de que é obrigação dos mesmos prover a educação deles, dizia que os pais se continham em apenas terem gerado os filhos. Outro motivo, segundo ele, seria a falta de especialização das pessoas mais velhas, o que acarretaria a necessidade de pessoas mais preparadas para educar e ensinar, ademais, os pais também não teriam um tempo e espaço preparados para educar seus filhos.

Como diria em sua obra: “[...] o melhor e mais rico progresso para uma cidade é quando possui muitos homens bem instruídos, muitos cidadãos ajuizados, honestos e bem educados. Estes então também podem acumular, preservar e usar corretamente riquezas e todo tipo de bens.” (Lutero, Obras Selecionadas, p. 309).

Em seu texto: Aos conselhos de todas as cidades da Alemanha para que criem e mantenham escolas Lutero defende a criação de escolas, pois deste modo, as cidades resistiriam ao diabo, pois ocorreria uma contenção das paixões e dos impulsos, levando a um ordenamento social, a uma disciplinalização; pois desse modo seria possível cobrar uma maior responsabilidade dos pais e um maior cuidado, para com a educação e para ser possível um estudo das línguas para leitura individual do Evangelho.

Lutero pregava que a escola não, necessariamente influiria no tempo necessário na educação prática do lar e na aprendizagem de um ofício, pois os meninos só necessitariam permanecer, na escola, por duas horas diariamente e as meninas por uma hora. Para o monge essa formação é necessária para que sejam formados homens e mulheres excelentes, aptos para manter o estado secular exteriormente, para que as mulheres governem com maestria seus lares e que os homens governem o povo e o país. Além disso, Lutero argumenta que a formação escolar afastaria as crianças do Diabo, enquanto pessoas ignorantes apenas o aproximariam.

Portanto a escola pregada por Lutero carrega um carácter tanto religioso quanto civil, para o mesmo, a escola deveria ser tutelada pelo Estado, tornando, desse modo, o ensino secularizado, a escola não seria mais, gerida pelas ordens religiosas. Ademais, entre as contribuições de Lutero então a inclusão de todas as crianças em seu plano de instrução religiosa, não são somente homens que deveriam ter instrução escolar e a tradução da Bíblia para o Alemão, pois seu trabalho elevou a língua de um mero dialeto a uma língua definitiva, que permitiu um elo unificador ao povo germânico.

Ricardo Rieth compartilha dessa idéia afirmando que “Lutero não teve por objetivo desenvolver uma teoria da educação em perspectiva cristã. Quis, isso sim, seguir estimulando a sociedade a empenhar-se por uma educação formal de qualidade” (apud Lutero, 2000, p. 5)

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