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A DANÇA E SUA IMPORTÂNCIA PARA A EDUCAÇÃO

Por:   •  4/12/2018  •  3.596 Palavras (15 Páginas)  •  241 Visualizações

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2 A DANÇA E SUA IMPORTÂNCIA PARA A EDUCAÇÃO

As aulas de dança sempre são e sempre serão momentos muito esperados pelas crianças, constituindo-se em um escape para as energias acumuladas por crianças e adolescentes durante sua jornada escolar, e nesse caso especifico de nossa experiência, constata-se também que os reduzidos espaços das casas onde vivem a maioria dos alunos, contribuem para essa necessidade de liberdade.

As aulas de dança são como uma válvula de escape para as aulas tradicionais, através dessas aulas estamos tratando do corpo e da mente como um todo inseparável, integramos o conhecimento intelectual com as atividades motoras, eliminando dessa forma a dualidade corpo e mente.

Somos pessoas diferentes e os processos de formação proporcionados pela educação também são diferentes. Acredito que por meio da prática da dança criativa e educativa na escola, pode-se desenvolver outras atitudes, proporcionando aos alunos e alunas um melhor desenvolvimento com relação aos aspectos educativos, principalmente Motores, afetivos, sociais e culturais, por meio de atividades prazerosas.

Em um ambiente de autentica alegria e espontaneidade, movimentamo-nos com as crianças, inventando ou cantando as palavras que guiarão os gestos com seus diferentes ritmos e caracteres, serão o estimulo que com certeza impulsionará os movimentos. Uma canção ou uma música bem ritmada, pode servir para organizar formas no espaço que as próprias crianças podem inventar.

Quando se organiza uma dança, inventada ou não pelas crianças, devemos conhecer bem a música, as frases de que consta, as repetições, o elemento rítmico ou melódico que se sobressai, o caráter e o tempo, para não ter de mudar nenhum gesto ou movimento que não encaixe, quando realizado pelas crianças.

Vida e movimento se completam, e a dança é uma arte básica da humanidade, surgiu de forma intencional de movimentação, como uma forma de celebração de fatos importantes da vida, evoluindo de acordo com os padrões impostos em diferentes momentos históricos.

2.1 ASPECTOS DA DANÇA NO BRASIL

A dança está sempre presente em nossa sociedade, de principio registravam-se apenas as danças dos primitivos que eram os índios, suas danças eram consideradas como ritmos porque se relacionavam com sua religião.

Com a chegada dos portugueses ao Brasil vieram os jesuítas que preocuparam mais com a música sacra, depois com o transcorrer dos anos é que os povos indígenas foram sendo catequizados e lhes foi permitido dançar e praticar os ritos que eles estavam acostumados.

A dança dos ditos brancos que inicialmente era a dança portuguesa, foi sendo enriquecida por outros elementos que foram os espanhóis, italianos, alemães, japoneses, enfim todos que foram chegando ao Brasil e foram doando um pouco dos seus costumes para o povo brasileiro.

O carnaval que veio com os portugueses era inicialmente uma festa à moda lusitana de nome “entrudo”. Os negros não tardaram a atribuir-lhe características próprias deixando-o tipicamente brasileiro.

Nosso pais não ficou fora das diferentes correntes mundiais de dança. Desde o balé clássico até a dança moderna ainda segue contribuindo com suas particularidades e estilo. Ao longo da história, o Brasil sofreu inúmeras influências de diferentes culturas, diferentes técnicas corporais e danças, construindo nesta diversidade seu caráter pessoal.

A arte da dança, segundo Laban (1989, p.36), consiste numa série repetida de esforços simultâneos que estão delicadamente equilibrados entre si, e este equilíbrio brinda um prazer estético, como a disposição das cores em um quadro ou a harmonia dos sons da música; ainda conforme Langer (1980, p.36), a expressão do sentimento na arte não se faz de maneira direta, mas sim por uma forma simbólica. A arte é a visualização do sentimento.

A arte da dança em todas as especificações, mais essencialmente no ambiente educativo, deve levar em conta a diferença entre um bailarino ou bailarina que dança movendo seu próprio corpo e a responsabilidade do professor e da professora de dança em fazer mover os corpos de alunos e alunas. Ensinar e trabalhar com danças em outros corpos requer muita responsabilidade. Para tal é fundamental o conhecimento deste corpo que vai ser trabalhado. De acordo com Dantas, 1996, p.68),

A dança é a manifestação artística do corpo em movimento. Ela se revela através de movimentos que se instauram no corpo, surgem e desaparecem continua e rapidamente, criando infinidades de formas corporais transfigurando este corpo. A dança é, pois, criação, reinvenção e transformação dos movimentos corporais humanos, através de um fazer técnico, que resulta na criação de obras coreográficas. (DANTAS, 1996, p.68)

Na dança temos uma sucessão de figuras plásticas expressadas pelos movimentos corporais dentro de um padrão rítmico normal que o caracteriza como uma arte.

A educação busca formar seres humanos completos que absorvam o mundo e que o incorporem à sua personalidade estendendo seu interior a uma existência comunitária para converter sua individualidade em sociedade. O conteúdo artístico cumpre a função de contribuir para que o homem chegue a sentir-se comprometido emocionalmente com os objetos de seu ambiente social e cultural.

A dança merece compartilhar o tempo disponível para as atividades físicas e inclusive como matéria cultural a ser ensinada e aprendida por seu valor próprio. A escola pode buscar a educação completa dos alunos e alunas, dando mais atenção às artes. Os ensinamentos artísticos são um avanço importantíssimo com referência à educação integral dos alunos. Através da dança busca se resgatar a educação global do ser humano e a educação estética.

As atividades que utilizam o movimento têm função de interagir, propor possibilidades de encontro consigo, com o mundo e com o conhecimento. A criança toma conhecimento de um universo de informações e sensações através dos movimentos, pelas mãos inicia-se este processo de interação que se estende até a utilização do corpo todo.

Ao abordar a importância das mãos para o desenvolvimento da criança, Levin (1997, p.140) diz que:

As mãos manejam as coisas, mas nesse mesmo momento deixam de ser a coisa em si porque valem como representação para esse sujeito. Seu uso não depende exclusivamente a mecânica motora, mas de sua condição imaginária e simbólica. Para uma criança será sempre um brinquedo

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