ARTIGO CIENTIFICO - A IMPORTANCIA DE INTEGRAR AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÕES AO ESTUDO DOS GÊNEROS TEXTUAIS

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A escola, na sua concepção tradicional, não tem como assumir sozinha o papel de propulsora do desenvolvimento e do conhecimento. Faz-se necessário que novas formas de abordagem da difusão do saber sejam utilizadas para atender à forte demanda da sociedade atual, cujas perspectivas sociopolíticas, econômicas, pedagógicas e tecnológicas, entre outras, apresentam, por sua própria dinâmica, novos enfoques (LADIM, 1997, p.04).

É importante considerar que “num mundo como o atual, de tão rápidas transformações e de tão difíceis contradições, estar formado para a vida significa mais do que reproduzir dados, denominar classificações ou identificar símbolos” (BRASIL, 1999, p. 9). Pois cotidianamente os indivíduos se deparam com desafios que exigem deles:

• saber se informar, comunicar-se, argumentar, compreender e agir; • enfrentar problemas de diferentes naturezas; • participar socialmente, de forma prática e solidária; • ser capaz de elaborar críticas ou propostas; e • especialmente, adquirir uma atitude de permanente aprendizado. (BRASIL, 1999, p. 9).

Por isso é importante levar em conta de que para a educação forneça aos indivíduos todas as ferramentas, que o possibilitem a interagir nesses momentos de exigências são necessários:

Métodos de aprendizado compatíveis, ou seja, condições efetivas para que os alunos possam: • comunicar-se e argumentar; • defrontar-se com problemas, compreendê-los e enfrentá-los; • participar de um convívio social que lhes dê oportunidades de se realizar como cidadãos; • fazer escolhas e proposições; • tomar gosto pelo conhecimento, aprender a aprender. (BRASIL, 1999, p. 9).

Diante dessa realidade, esse trabalho foi desenvolvido, objetivando encontrar as respostas para o questionamento que, principalmente para o professor de Língua Portuguesa e de Línguas Estrangeiras, tem no momento de elaborar o seu planejamento, sempre procurando integrar os instrumentos tecnológicos e mediáticos em sua metodologia.

Partindo do objetivo supracitado, e procurando apresentar propostas de atividades, que contemplem os questionamentos propostos, este trabalho foi organizado em dois capítulos, sendo que o primeiro foi elaborado a partir da necessidade de se investigar a diferença entre usar e incluir as tecnologias no cotidiano dos alunos. E o segundo partiu na necessidade de integrar o ensino das disciplinas de linguagem às tecnologias de informações.

2 OS BENEFICIOS DE INTEGRAR A TECNOLOGIA COM A PRÁTICA PEDAGÓGICA

Ao se observar o contexto social atual, é fácil definir que o individuo está inserido na era da comunicação, isso devido à chamada “revolução dos meios de comunicação”. Porém, o que se percebe, é que, a escola ainda se encontra a margem dessa integração. “Pois esta não foi preparada para usar meios e mecanismos tecnológicos de nosso tempo na educação” (MONTEIRO, 2012, p.9). Na realidade, é mais comum encontra escolas “desprovidas de infraestruturas adequadas a essa nova concepção de ensinar e aprender; professores despreparados e resistentes a essa realidade; pouca ou nenhuma formação para o uso das mídias na sala de aula” (MONTEIRO, 2012, p.9).

A falta de preparo dos professores fica evidente, quando eles são desafiados a reverem a sua prática pedagógica, principalmente no que diz respeito a integrar as novas tecnologias que poderão agregar valores às suas aulas. Porém, muitas vezes pela falta de conhecimento, muitos profissionais da educação não conseguem identificar as divergências entre incluir e simplesmente usar os meios tecnológicos em sua metodologia cotidiana.

O fato de as mudanças na Educação não ocorrerem de forma tão rápida quanto na tecnologia gera um distanciamento entre o processo de captura, armazenamento e manipulação da informação e o produto final, que é o conhecimento. Esse hiato precisa ser superado, visando a assegurar condições mínimas para a efetiva aprendizagem. (BRASIL, 1997, p.20).

Pois é constante ver nas escolas, muitos professores se utilizarem desses meios sem um prévio planejamento, sem o objetivo específico de auxiliar na explicação do conteúdo que está sendo estudado. Exemplo muito comum, é o momento em que o professor faltou ao trabalho e a sua turma é levada ao laboratório de informática, para jogarem, ou assistirem vídeos sem o direcionamento adequado. Sendo que se houvesse um planejamento prévio, a tecnologia ao se considerada um instrumento metodológico, poderia ser um facilitador da aprendizagem. Visto que, “a informática encontra-se presente na nossa vida cotidiana e incluí-la como componente curricular significa preparar o estudante para o mundo tecnológico e científico, aproximando a escola do mundo real e contextualizado”. (BRASIL, 1997, p. 208). Isso, consequentemente, despertaria um interesse maior dos alunos pelos conteúdos estudados. Conforme defende Monteiro (2012, p, 10), o uso da tecnologia:

Como recurso de aprendizagem será capaz de proporcionar tanto ao professor quanto ao aluno novas formas de ver, analisar e ter experiências no conteúdo curricular, fornecendo ao docente, novas possibilidades de abordagem e intervenção pedagógica, constituindo-se como instrumento que pode auxiliar em soluções eficientes para as dificuldades encontradas na aprendizagem dos alunos.

Como outro momento de uso incorreto da tecnologia, pode-se citar o seu uso esporadicamente, por exemplo, quando é usada com o propósito de levar algo “diferente”, para a sala de aula, ou até mesmo em dias festivos. Muitas escolas têm como prática comum, presentear as crianças com filmes em datas como Dia das crianças ou Dia dos estudantes. Diante disso, seria mais frutífero se a tecnologia fizesse parte da rotina dos alunos.

Por exemplo, o filme poderia ser utilizado como uma ferramenta de ensino da Língua Estrangeira, como afirmam Thiel, Thiel (2009, p. 12): “cremos que o cinema auxilia na aquisição do vocabulário, da sintaxe e da pronúncia de uma língua estrangeira e ainda estimula o aprendizado de leitura de um suporte único, em termos de representação e recriação do mundo”. Mas, é importante lembrar de que para o cinema contribuir no ensino da Língua Estrangeira, “o professor reduza a atividade a somente “passar um filme” para seus alunos, e que os alunos não somente indiquem se dele gostaram ou não” (THIEL; THIEL, 2009, p. 12).

Na tabela abaixo, é visível perceber as diferenças entre o uso e a integração da tecnologia em sala de aula:

Tabela 1 diferenças entre