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Clarice Lispector

Por:   •  21/1/2018  •  1.681 Palavras (7 Páginas)  •  321 Visualizações

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Janeiro, filho de Mozart e Maria José Gurgel Valente. Depois de casada seu nome passou de Clarice Lispector para Clarice Lispector Gurgel Valente e se separou em 1959.

Teve um filho chamado Pedro, nome de seu pai.

Mesmo depois de casada vivia apertada de dinheiro, em 1976 foi convidada para fazer uma palestra em Recife no Bandape a convite do Banco de Desenvolvimento de Pernambuco.

Foi colaboradora da Agência JB em 1968. Teve outras profissões que não foram registradas em documentos mas em obras como, entrevistadora, colunista, cronista, contista, escritora, pintora, e não era profissional em nenhuma dessas áreas.

Não se pode acreditar em tudo que ela falava, pois por muitas vezes ela dissimulava e inventava, não se da para identificar com certeza o que é real e o que é ficção.

O nucleo familiar é um eixo fundamental em torno de seus textos.

A pratica do inventar outras ou de dramatizar-se em inumeras mascaras é a condição da própria produção ficcional de Clarice

O apego a cenários imaginários, com oscilações sofridas entre o universo da fantasia e o da triste realidade, sob a forma de histórias inventadas, sempre marcou o trajeto de Clarice. E ainda numa pré-história de sua arte, quando nem sabia ler e escrever.

A família tinha vocação para a arte e erudição: o pai gostava de ler, apreciava música, tinha tendência para matemática e ficava triste por não ter estudado; a mãe escrevia diários e poemas; uma das irmãs ( Elisa Lispector) escrevia romances; outra irmã (Tania Kaufmann) livros técnicos.

Clarice gostava muito de ouvir histórias e visto que sua mãe era doente, ela ficava atrás das empregadas para lhe contarem histórias. Ela gostava muito de inventar histórias, antes mesmo de aprender ler e a escrever já fabulava, o ideal dela eram histórias que nunca acabavam, tanto que ela inventou com uma amiga uma forma de contar histórias que não acabavam nunca, quando a história ficava impossível de ser contada como, por exemplo, quando todos os personagens morriam a outra continuava: " Não estavam bem mortos" e continuavam a história.

O fio temático - o da história que não acaba nunca - reapareceu em 1977 quando Clarice tinha 14 anos e leu Hermann Hesse, O lobo da estepe, e depois disso começou a escrever uma história que não acaba mais, ela terminou rasgando e jogando fora.

Ela gostava de observar as pessoas e imita-las, mas as imitava percebendo como cada uma era, como se comportavam, com gestos engraçados.

Era engraçada, tinha uma percepção sensível e se mantinha alerta a como se comportavam as pessoas. Foi precoce em muitas coisas, em sentir um ambiente, em aprender a atmosfera de uma pessoa íntima.

Assim que aprendeu a ler com 7 anos, começou a ler muitos livros e achava que eles eram como árvore que eles nasciam, não sabia que tinham um autor, e essa descoberta lhe deu o desejo de escrever também. Ela começou a fazer pequenos contos - histórias naturalmente ingênuas, baseadas nas que lia e com pretensões moralistas; descobriu uma seção infantil num jornal de Recife e decidiu enviar alguns de seus contos, mas seus contosn unca foram escolhidas, ela diz que era porque todas as histórias relatavam fatos verdadeiros e as dela continham somente sensações e emoções vividas por personagens fictícias.

Desde os primeiros textos, Clarice atesta o apego a "sensações" ou "impressões", ao não acontecimento. Não guarda nada que escreve, esses textos, que representam sensações, têm o destino que tais sensações tem: somem, desaparecem, sem registro escrito.

Aos 9 anos assistiu a uma peça de teatro romântica e entusiasmada, resolve escrever uma peça também, a peça era uma história de amor e tinha por título ’pobre menina rica’ e o escondia atrás da estante pois tinha vergonha de escrever.

Quando tinha de treze para quatorze anos era professora particular de matemática.

Não gostava de português, mas amava matemática, e com o tempo começou a gostar de português e depois não sabia mais nem resolver uma raiz quadrada.

Decidiu o que queria ser depois de ler o livro "O Lobo da estepe".

Começou a faculdade de direito em 1939, viu que não se daria bem em direito, mas terminou a faculdade mesmo assim, pois uma amiga disse que ela era daquelas que começa muitas coisas mas não termina nenhuma e por pirraça fez a faculdade até o fim em 1943.

Na época em que fazia faculdade trabalhou como secretária num escritório de advocacia, num laboratório em Botafogo, fez traduções de textos científicos para revistas, trabalhou como redatora na Agência Nacional, lá começou como tradutora, depois passou para a reportagem, foi transferida da Agência Nacional para o jornal A Noite, trabalhava como reporter e esse trabalho lhe agradava pelo imprevisto e pela aventura. Seus primeiros trabalhos foram publicados por Magalhães Junior, no Jornal Dom Casmurro.

Começou escrevendo contos e só depois passou para a crônica, suas crônicas tem traços

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