QUESTÕES NABUCO

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Além disso, a industrialização no Brasil constituiu alguns organismos estatais, como a Diretoria Geral da Produção Mineral, Instituto de Pesquisas Tecnológicas e Instituto de Tecnologia. Os principais atores envolvidos são a Associação Brasileira de Ensino e Academia Brasileira de Ciências. Todos os citados acima tiveram um "papel fundamental na sedimentação da racionalidade da política científica e tecnológica brasileira, delineando padrões a serem observados e legitimados pela sociedade", sendo que a ciência passa a fazer parte do discurso político e uma série de medidas tomadas, tornando-a mais produtiva e eficaz.

5. Como o autor explica a formulação dos diferentes planos de desenvolvimento científico e tecnológico durante o regime militar?

Durante o período que marcou o Regime Militar (1964-1985) ficou muito claro a visão estratégica que se tinha com relação ao desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil e sua posição de grande importância nos planos dos militares se mostra verdadeira quando nos deparamos com o imenso montante de recursos destinados à área de ciência e tecnologia durante o regime.

O autor deixa claro que houve momentos em que os recursos destinados à área oscilaram, porém afirma que isso não pode ser visto como resultado da dúvida com relação à importância ou necessidade do desenvolvimento científico e tecnológico, mas sim como resultado das incertezas, crises e instabilidade econômicas do período.

Durante o regime ficou claro o entendimento que os militares tinham sobre a importância do desenvolvimento científico e tecnológico ao considerar este como principal impulsionador da promoção do desenvolvimento nacional. Entre 1973 e 1985, durante os governos Médici e Geisel, houve a criação de três planos denominados de Plano Básico de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PBDCT), cujo objetivo era fortalecer as habilidades industriais e comerciais, e também promover a modernização da sociedade brasileira. Simultaneamente foi criado o I Plano Nacional Desenvolvimentista sustentado em dois pilares principais: o primeiro referia-se a necessidade de fortalecimento do poder de competição nacional e de incorporação de novas tecnologias, e a superação de problemas tecnológicos internos; e o segundo pilar referia-se à necessidade de adoção de um caráter estratégico à política científica e tecnológica, priorizando setores industriais de alta intensidade tecnológica.

Ambos os planos tiveram suas continuidades ao longo dos governo militares, e isso se deve à necessidade de reforçar alguns pontos centrais apresentados nos primeiros planos e também à complementariedade destes, visando sempre o aprimoramento das estratégias de desenvolvimento.