História Econômica
Por: eduardamaia17 • 12/10/2018 • 834 Palavras (4 Páginas) • 315 Visualizações
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Já no que se refere ao Brasil, Furtado, um dos maiores economistas deste país, embora não parta de Marx, deve muito a Caio Prado na sua caracterização de um capitalismo subdesenvolvido, marcado pela não geração de tecnologia, pobreza de massa, heterogeneidade estrutural, subordinação às grandes filiais de empresas produtivas internacionalizadas e à banca internacional. Assim, fazer uma boa história econômica e social significa escrever sobre as estruturas maiores da vida de um país, ou seja, de toda a sua história.
Segundo Leão e Carvalho, em síntese, refletir sobre a história econômica, resgatar as utopias, e com elas a noção de que se precisa lutar para a superação do sistema mercantil do capital. Para tais autores, lutar contra o capital não é rivalizar com alguns indivíduos, mas é lutar para recuperar o que de mais humano e racional perdemos com o reinado do dinheiro: a afetividade das e nas relações humanas. Em outras palavras, de forma bem pueril, resgatar o amor. Argumentam, ainda, que Marx nunca quis que fôssemos contra o ser humano, mas contra aquilo que o ser humano criou: o dinheiro como fim em si mesmo, o capital, as coisas pelas coisas, o trabalho como fim em si mesmo, a voracidade do ter e do dominar.
Portanto, segundo Leão e Carvalho, é importante e urgente repensar a própria teoria econômica e seus paradigmas. Num sentido forte, retomar o humanismo que caracterizou o liberalismo smithiano e o marxismo generoso de suas origens. Torna-se, destarte, imperativo reconfigurar as relações que os indivíduos estabelecem entre si e com a natureza. Assim, talvez se possa construir a introdução de uma nova história econômica.
Referência
LEÃO, Igor; CARVALHO, Ana Luiza. Introdução à História Econômica. Economia e Sociedade, Campinas, v. 17, n. 3 (34), p. 539-548, dez. 2008.
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