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Erosão costeira

Por:   •  3/9/2017  •  1.312 Palavras (6 Páginas)  •  295 Visualizações

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pela Escola Australiana de Geomorfologia Costeria, nas praias do sudeste australiano, apresentadas no trabalho de Calliari et al. (2003), onde foram identificados seis estágios morfológicos diretamente relacionados aos regimes de ondas e marés, sendo dois estágios extremos (dissipativo e refletivo) e quatro estágios intermediários (banco e calha longitudinal, banco e praia de cúspides, banco transversal e/terraço de baixa-mar). Tal modelo utilizado pela escola australiana contribuiu para uma avaliação e compreensão da morfologia praial.

Além dos processos energéticos, é importante destacar os fatores antrópicos no processo de alteração da morfologia costeira, a partir da ocupação desordenada sobre o ambiente praial, bem como sobre as dunas e falésias (típicas do litoral cearense), interferindo diretamente na disponibilidade de sedimentos. Destaca-se, também, a instalação de equipamentos urbanos (Portos) que interferem diretamente no fluxo de sedimentos. Assim, as construções feitas pelo homem próximo à praia somado aos processos naturais tendem a intensificar os processos erosivos nesses ambientes.

Na perspectiva de compreender os processos regem a dinâmica litorânea destaca-se o papel fundamental das técnicas de geoprocessamento, que de acordo com Xavier da Silva (2001 apud Xavier da Silvas, 2009) “é um conjunto de técnicas computacionais que opera sobre bases de dados (que são registros de ocorrências) georreferenciados, para os transformar em informação (que é um acréscimo de conhecimento) relevante...”

O Ceará possui um litoral de aproximadamente 573 km e sua planície litorânea constitui uma faixa de terra de 2,5 km de largura, em média, resultado da grande disponibilidade de sedimentos por diversos processos, como os eólicos, marinhos e fluviais que combinados criam grandes feições praiais com largos estirâncios, (MORAIS et al. (2006). A praia da Barreira da Sereia, localizada em Icapuí, no litoral leste do Estado do Ceará (divisa com o Estado do Rio Grande do Norte) vem sofrendo problemas com o avanço do mar. De acordo com reportagem publicada pelo Jorna O Povo (29/09/2015) os sinais de erosão são visíveis e vem destruindo casas na vila de pescadores na praia da Barreira da Sereia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho busca ampliar os conhecimentos sobre os processos litorâneos, assim como compreender como esses processos afetam a zona costeira, especificamente a linha de costa, pois o mesmo vem sofrendo fortes alterações tanto por processos naturais, bem como antrópicos. O litoral cearense (com uma linha de costa de aproximadamente 573 km) tem como característica belas paisagens naturais, com grande potencialidade turística, que vem sento impactada pela instalação de diversos equipamentos urbanos (empreendimentos imobiliários, portos, etc). A instalação desses equipamentos compromete o fluxo de sedimentos, tanto marinhos como eólicos, causando alterações ao longo da linha de costa, diminuído seu atrativo turístico.

As praias são ambientes bastante impactados pela instalação de edificações, diretamente relacionados ao uso irregular dos espaços litorâneos, que comprometem o fluxo de sedimentos e a hidrodinâmica costeira. Considerando o histórico de usos e ocupação do litoral brasileiro, torna-se necessário a elaboração de políticas uso e preservação dos espaços litorâneos, que torne possível o equilíbrio da relação entre sociedade e natureza.

Nessa perspectiva, em virtude de seu grande potencial turístico, bem como paisagístico, as praias tornam-se ambientes bastantes vulneráveis a instalação de empreendimentos imobiliários que podem comprometer sua dinâmica natural, ocasionando diversos processos erosivos. Assim, o presente estudo procura compreender a dinâmica do ambiente praial, especificamente a praia da Barreira da Sereia, servindo de instrumento para a tomada de decisões por parte do poder público quanto à elaboração de políticas ambientais.

Para o desenvolvimento desse estudo faz-se necessário à utilização da extensão Digital Shoreline Analysis System – DSAS 3.2, que de acordo com Thieler et al.(2005 apud Farias; Maia, 2009) “amplia as funcionalidades do software ArcGIS 9.1, permitindo a automatização de grande parte das tarefas relacionadas com a análise quantitativa da evolução das tendências de erosão e deposição através de uma série estatística de tempo e posições múltiplas da linha de costa”. Cabe ressaltar, também, o papel do geoprocessamento na análise e compreensão da presente área de estudo.

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