Disponibilidade hídrica no Município de Massinga (2005 - 2015)

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aumento expressivo da população e sua necessidade no uso da água, teve início a preocupação de uma possível falta deste recurso, acarretando acções com vista ao uso racional dos recursos hídricos.

Portanto, o presente trabalho objectiva avaliar a disponibilidade da água no Município de Massinga de 2005 a 2015, onde espera-se dar um contributo significativo na compreensão das questões da disponibilidade de água neste espaço geográfico, com maior foco às águas superficiais que têm mostrado indícios de estar a rarear neste local.

Para o efeito, foram identificados numa primeira fase os reservatórios naturais de águas superficiais deste município, de seguida determinou-se o Balanço Hídrico – (BH), e, posteriormente, procurou-se descobrir as causas que concorrem para a fraca disponibilidade deste recurso para que, efectivamente, se estabeleçam as possíveis medidas que irão envolver diversas esferas sociais no processo da gestão, distribuição e do consumo do mesmo, de modo a minimizar o cenário.

No intuito de atender aos objectivos delineados, o presente estudo está organizado em 3 capítulos. Além desta introdução, no capítulo I deste trabalho, procurou-se contextualizar os conteúdos em estudo através dos conceitos da DH, BH entre outros, factores condicionantes à DH, influência das mudanças climáticas na DH, no capítulo II, descrevem-se as características físico-geográficos e socioeconómicas do local de estudo, no capítulo III são apresentados e discutidos dados do estudo. Finalmente, apresenta-se a conclusão, bibliografia, anexos e apêndices do trabalho.

Tema: Disponibilidade hídrica no Município de Massinga (2005 - 2015).

0. 1. Problema

A água tem sido um elemento de disputa e regulação na vida das sociedades, em particular nas civilizações com características eminentemente agrícolas, tendo-se tornado neste início do século XXI, um recurso escasso que, dada a procura excessiva em relação à oferta e disponibilidade tem levantado constantes preocupações tendentes á minimização desse problema em diversas esferas sociais.

No Município de Massinga – (MM), o cenário da disponibilidade das águas superficiais mostra alguns indícios de ser fraco verificando-se uma grande mobilidade dos munícipes em busca de água e terrenos húmidos próximos das margens dos rios ou mesmo no seu leito. Outros recorrem aos sistemas de abastecimento de água implantados pelos fornecedores privados e da rede pública baseados em perfurações das águas subterrâneas em profundidades muito altas dificultando desta forma a expansão da rede de abastecimento da água em alguns bairros e, por conseguinte, dificultando na satisfação da demanda por água por parte dos munícipes, facto este que culmina com a falta de água nesse espaço geográfico de forma global.

Apesar de este município ser atravessado por um curso de água (rio Chicamba), este não satisfaz a procura de água dos munícipes nas suas variadas actividades e isto faz com que os munícipes em alguns bairros, nomeadamente (Cape-cape, Mudaúca, Malembane, Malovecua, Xitsuko e Conze) percorram longas distâncias para adquirirem água para beber junto as baixas. De referir que os rios deste município e os seus afluentes maioritariamente são de regime periódico, facto esse que vem agravar a situação da falta de água na época seca em alguns rios pois, estes secam provocando sofrimento aos residentes.

Face a este cenário, partindo do princípio de que a disponibilidade da água é fundamental para o desenvolvimento da agricultura, sobretudo na irrigação dos terrenos marginais e adjacentes ao rio e para o abastecimento de água às populações e a questão técnica fundamental para uma adequada gestão dos recursos hídricos de uma bacia hidrográfica é perfeito o conhecimento da disponibilidade hídrica de uma determinada região. Assim, surge a seguinte pergunta de partida:

Qual é o nível da disponibilidade das águas superficiais no Município de Massinga?

0.2. Hipótese

O nível da disponibilidade das águas superficiais no MM é baixo facto que pode estar na origem da falta de água nesta urbe.

0.3. Objectivos

Geral

Avaliar o nível de disponibilidade das águas superficiais no Município de Massinga de 2005 a 2015.

Específicos

Descrever os aspectos físico-geográficos do Município de Massinga;

Identificar as causas da fraca disponibilidade das águas superficiais no Município de Massinga;

Explicar os factores que influenciam na fraca disponibilidade das águas superficiais no MM.

Determinar o balanço hídrico dos rios do Município de Massinga;

Propor medidas de mitigação à falta de água no Município de Massinga.

0.4. Justificativa

O estudo sobre a disponibilidade hídrica, insere-se nas linhas de pesquisa da Universidade Pedagógica, “Educação e desenvolvimento sustentável – estudos ambientais”. Sendo que, a escolha do tema “Disponibilidade hídrica no município de Massinga (2005 -2015) ”, para o presente trabalho de Monografia, surge como resposta a escassez de informação detalhada relacionada com a DH do Município de Massinga, querendo desta forma contribuir na comunidade académica trazendo a tona informação virada a questão de água nesta urbe com vista a procurar-se formas de minimizar os impactos dos problemas relacionados á falta de água neste Município.

É bem sabido que a questão técnica fundamental para a adequada gestão dos recursos hídricos de uma bacia hidrográfica, é o perfeito conhecimento da disponibilidade hídrica e a capacidade de suporte da mesma, dai que com este trabalho permitir-se-á o conhecimento das potencialidades hídricas deste local em estudo para um adequado uso sustentável.

A escolha do MM para o estudo prende-se com o facto de o autor durante os seus anos de formação ter vivido neste município, convivendo com os munícipes desta vila e por ter-se dado conta de que um dos problemas que clamavam os munícipes desta vila era a falta de água, suscitando assim curiosidade para procurar perceber os factores que influenciam na falta de água neste município e que para tal era necessário partir por uma pesquisa para poder se avaliar o nível da disponibilidade hídrica