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Estamos perdendo a razão?

Por:   •  18/4/2018  •  954 Palavras (4 Páginas)  •  277 Visualizações

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Para Vattimo, assim como para seus precursores que formaram a vanguarda desta forma de pensar, apresentar uma receita existencial do que se pode e o que não se pode como legítimo, que deve ser adotado como base para todos viverem e que serve de condição para possibilitar a convivência, sendo considerado que em sua ausência esta convivência se torna inviável, é uma busca totalitária que serve para tornar o mundo à concretização do imaginário de alguém, aniquilando a liberdade humana de escolher e deliberar sobre a própria vida.

Em partes a visão pós-modernista do autor procura, assim como Nietzsche, a desconstrução de visões únicas de viver e conviver, retomando a responsabilidade ao individuo de que ele próprio deve “construir as pontes para atravessar o rio da vida”. Porém, vale alertar que assim como as visões doutrinárias podem ser radicalizadas, a retomada da responsabilidade de deliberar acerca da própria conduta ao indivíduo, também pode. Diante deste quadro, isso pode levar ao extremo caos da convivência, uma vez que se o individuo deve seguir suas próprias vontades de viver ignorando todas as outras, não refletirá sobre os possíveis efeitos nefastos causados pelos seus atos de racionalidade isolada.

Por fim, deve-se levar em consideração os possíveis riscos de entregar ao indivíduo a responsabilidade de escolher incondicionalmente a forma de como se deseja viver, podendo leva-lo a completa indiferença por regras básicas de convivência. A possível solução para essas contradições talvez assente sobre a capacidade humana de ter uma postura mais humilde diante da complexidade da existência, de que o mundo é muito mais complexo do que nossa capacidade de diagnosticá-lo e que a nossa percepção depende inteiramente de nossa trajetória, do que passamos, do que lemos, do que sofremos, do que desfrutamos, do que vimos, e sendo toda trajetória diferente, ninguém será igual ou pensará igual, cabendo ao homem apenas a virtude de respeitar. Respeito à diversidade cultural que possibilite a existência em comunhão, para que todos em comunhão possam deliberar sobre valores para a formação de uma ética capaz de permitir a diversidade de consciência.

Carlos Eduardo Carneiro Castro, Acadêmico de Administração da Universidade Estadual do Maranhão.

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