COMO REDIGIR UMA CENA

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-­­ Sobre diálogos: este é o campo do “impreciso” em roteiro, já que muita coisa interfere nas falas. Estado emocional do personagem, situação em que ele se encontra, esTIlo próprio, vocabulário. Basta notar que a maneira que você fala no trabalho, com o seu chefe, é muito diferente daquela que você fala com seus amigos, num carro, à caminho de uma festa. Procure perceber essas suTIlezas e passe-­­as ao texto.

• Evite mudar a grafia das palavras, em diálogo. Seja coloquial, mas mais na seleção do vocabulário. Se um malandro diz : “é nóis na fita, podicrê”, escreva “é nós na fita, pode crê”. Deixe os ajustes para o diretor e o ator.

• Outra boa dica de diálogo: na dúvida, reduza o diálogo ao mínimo possível. Este mínimo pode variar de acordo com a situação (se o personagem esTIver exaltado, talvez ele seja verborrágico), mas use o bom senso.

• Há alguns TIpos de cena que a maneira que se escreve varia. Quando surge no cabeçalho SEQUÊNCIA DE MONTAGEM, ou MONTAGEM ou ainda SUMÁRIO NARRATIVO, normalmente temos uma sequência de cenas com diálogo, agrupadas dentro de uma unidade temáTIca ou dramáTIca. Como quando um ladrão explica os passos do seu plano e a imagem já mostra o plano em execução. Em geral a sequência recebe um número no cabeçalho e as cenas que fazem parte da sequência vem a seguir, indicadas por letras;

• Há outros dois Gpos de cenas comuns, o CLIPE e a SÉRIE DE PLANOS. Ambos são escritos da mesma maneira que a sequência de montagem, mas em geral o clipe se refere a uma sequência de cenas sem diálogo, apenas com fundo musical ou sonoro. Alguns roteiristas não fazem disTInção entre clipe e sequência de montagem. Já a série de planos é uma lista de imagens rápidas (a redação é semelhante a da sequência de montagem).

• Você pode indicar efeitos de edição, mas evite o excesso. Atenha-­­se naqueles que tenham função dramáGca, como fade para black, ou fade in/fade out. Em geral, os efeitos de transição vão no canto direito da página, em maiúsculas.