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Ergonomia e Desenho Universal - Cozinhas

Por:   •  6/3/2018  •  2.471 Palavras (10 Páginas)  •  507 Visualizações

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Na idade em muitas casas medievais a cozinha ou o lugar de cozimento ficava para o lado de fora da casa junto ao celeiro e adega, com isso foi criado algumas leis onde a pessoa que roubasse a cozinha e a despensa pegava uma dura pena, dependendo se o lugar era fechado com chave ou não. Os utensílios usados daquela época eram panelas de barro onde eram cozinha do sobre o varão de ossos suspensos ao fogo. Somente famílias muito ricas usavam pratos de prata e copos de vidro, com o tempo foi se substituindo os instrumentos de madeira por cobre e a madeira por ferro.

O próximo passo era aproximar a cozinha do resto da casa trazendo o fogo para dentro, com a lareira já dentro de casa, o duplo uso do fogo provocou de início alguns acidentes domésticos, mas nada como a evolução natural do homem para sanar esse problema. A lareira costumava ficar na parte central da casa na forma octogonal com uma abertura no teto para exaustão da fumaça, a ideia da chaminé foi um avanço graças as grandes cozinhas dos mosteiros. A partir desse ponto não demorou muito para a cozinhar ser inserida na parte de dentro da casa, normalmente a cozinha e a lareira sempre ao lado de uma na outra.

Após toda essa evolução, a cozinha sofre um retrocesso em sua história, com os senhores feudais e suas mansões a cozinha, assim como outras partes da casa, acabam sendo áreas destinadas ao serviço onde era ocupada por serviçais

Outro exemplo de evolução da cozinha foi quando o ferro começa a ser manipulado com mais domínio pelo homem e acrescentado a lareira, uma chapa de ferro era usado no fundo das lareiras e descobriram que pode se esquentar alimentos, panelas e pratos sem a ação direta do fogo, o que começa a surgir um esboço de fogão, que facilitou a vida dos cozinheiros da época e chegou até nossos lares. Com o passar dos anos, a sofisticação foi chegando a todos os utensílios que conhecemos hoje, a panela de pressão foi uma pioneira nesse sentindo apesar de sua versão mais primitiva ter uma certa facilidade para explodir, a combustão também evoluiu com troca-se a madeira (lenha) por carvão vegetal que faz menos fumaça, gera pouca cinza e oferece um calor mais abundante.

O inglês Benjamin Thompson, conde Rumford no século XVIII deu um passo importante para as cozinhas, já se sabia como acender, mantê-lo e o problema agora foi saber dosa-lo. Sua meta era que o custo para o preparo dos alimentos fosse menor, ela com toda a sua engenhosidade foi responsável por regular a intensidade do calor dos fogões. Ainda em condições muito precárias os fogões eram sujos com excesso de gordura dos alimentos cozinhados, tempos depois por volta de 1840, é criado o fogão a gás, outro eletro que começa a evoluir junto com o fogão são as geladeiras, que até então eram chamadas de fresqueiras eram depósitos ou caixas com gelo onde se mantinha a temperatura de alimentos e bebidas. A partir daí começa uma nova fase dos eletros domésticos.

Final do século XVIII, as grandes exposições universais onde diversos países expõem suas novidades e o mundo começa a descobrir e aprimorar a tecnologia ainda mais. A| exposição de Chicago em 1893 que trouxe aparelhos para cozinhas mais compactos, exposição de Paris com fornos aquecidos a vapor e a feira de Londres em 1912 começa a inovar usando a eletricidade.

Em 1930 a cozinha moderna é definida por sua arquitetura e não pela sua tecnologia, onde começam a ser levado em conta o posto de trabalho e ergonomia para uma melhor funcionalidade, Le Corbusier emprega o uso desse estudo em suas obras. Esse estudo e trabalho de ergonomia é assinado por Chatharine Beecher e por Christine Fredrick que foram as pioneiras no quesito de racionalizar o trabalho na cozinha, a evolução desse estudo chegou anos depois a cozinha de Frankfurt criado por Margareth Schutte-Lihotzky. O Problema da cozinha de Frankfurt, acabou sendo uma questão mais social do que um problema ergonômico, que mais incomodaram as mulheres da época foi que a cozinha deixou de ser integrada com o restante da casa e com isso acaba excluindo o espaço da mulher junto com a família. A busca de integrar a cozinha com a sala, começa a partir desse ponto pois a cozinha já não é mais um lugar apenas para cozimento de alimentos. Walter Gropius junto com outros professores notáveis da escola nascida em Weimar a Bauhaus estudam e aprimoram a cozinha, a proposta era o máximo de aproveitamento possível das superfícies de trabalho, iluminação e ventilação natural por portas basculantes.

A comunicação entre a cozinha e casa foi o grande tema de desenvolvimento pelos arquitetos na segunda metade do século XX, com os novos materiais e eletrodomésticos tornaram a cozinha o lugar com o maior investimento em um imóvel. Com a redução no espaço dos apartamentos a integração dessas áreas nunca esteve tão necessária unir a cozinha e a sala diante de toda essa falta espaço faz com que voltamos a ter um único cômodo (exemplo dos kitnets)

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- MEDIDAS ERGONOMICAS PARA A COZINHA

As cozinhas devem ser projetadas para atender as necessidades da habitação e dos moradores, isso deve se levar em conta o espaço a ser projetado com as características físicas dos moradores a fim de estabelecer melhor relação entre homem X trabalho facilitando e racionalizando o uso da cozinha.

No estudo de ergonomia, já existe medidas denominadas como padrão que foram desenvolvidas através dos anos com o estudo físico de homens e mulheres de diferentes alturas. Hoje a cozinha deixou de ser pratica exclusivamente das mulheres e os homens assumiram esses postos, a grande vantagem de cozinhas planejadas é que você tem a liberdade de poder personalizar e adaptar as medidas em relação a sua estatura e necessidade

- ARMARIOS

As medidas adotadas como padrão para bancadas e balcões variam entre 85 cm a 105 cm em relação ao nível do piso, algumas pesquisar que foram desenvolvidas relacionando o tamanho das pessoas com a altura do posto de trabalho, como por exemplo na tabela abaixo;

[pic 3]fonte: http://images.arquidicas.com.br/wp-content/uploads/2013/11/tabela.jpg

Esse estudo também cita que os armários superiores em relação aos gabinetes podem varias de 40 cm a 70 cm com profundidade de 60 cm a 65 cm para os gabinetes e de 20 cm a 40 cm para os armários superiores. Outra medida que é desprezada por muitos profissionais é a profundidade do roda-base ou base de apoio do armário afastado na profundidade de 10 cm para acomodação

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