PIM II - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

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INTRODUÇÃO

O mundo moderno passa por uma série de transformações, que vão dos costumes à tecnologia, incluindo aí uma crescente preocupação com o meio ambiente. Hoje existe a consciência de que o modo de vida moderno causa um impacto considerável no planeta e que os recursos naturais encontram-se perigosamente escassos, não atendendo ao crescimento populacional da Terra.

Porém, o homem possui a tecnologia como aliada nessa tarefa de preservação e uso consciente dos finitos recursos que o planeta ainda dispõe. Não apenas no desenvolvimento de técnicas de reciclagem e reaproveitamento, ou de métodos de produção que minimizam a emissão de poluentes, mas também na geração de produtos e, consequentemente, riquezas, de forma menos agressiva ao meio ambiente.

É ilusão acreditar que a indústria de TI não é poluente: diversos elementos tóxicos são utilizados para a produção do hardware, além de considerarmos o uso de energia para sua manufatura e posterior utilização. A indústria de software é uma voraz consumidora de recursos energéticos. E a produção de energia ainda se dá através de intervenções no ambiente, seja através de hidrelétricas, termelétricas ou até mesmo de usinas nucleares.

Desta forma, como a tecnologia pode reduzir seus próprios impactos e possibilitar que outras atividades reduzam seu potencial poluente? A partir dessa preocupação, nasceu o conceito de TI Verde, que envolve as práticas sustentáveis na produção, na utilização e até mesmo na destinação final de equipamentos de informática e na utilização racional da energia elétrica, com vistas a evitar desperdícios.

Inúmeras empresas, no Brasil e no Exterior, já incluem a preservação ambiental como parte de suas preocupações empresariais, movidas tanto por uma consciência genuinamente verde quanto pela valorização obtida quando se associa a marca da empresa às ideias e práticas de desenvolvimento sustentável.

No setor de TI, a utilização de equipamentos mais eficientes energeticamente, o reaproveitamento ou o descarte correto do hardware ultrapassado, a redução de impressões desnecessárias (enfatizando o uso de arquivos digitais e criando a cultura para sua disseminação), chegando até mesmo a utilização de softwares mais eficientes, que diminuem o tempo computacional de um equipamento, com a consequente economia de energia, são apenas algumas das ideias que surgem.

Tecnologias e tendências recentes, como a virtualização e a cloud computing, apontam como soluções não apenas para a redução do impacto ambiental que decorre da produção de equipamentos e consumo de energia, mas também como importante recurso para a redução de investimentos, permitindo uma lucratividade maior sem causar impactos negativos, tanto no ambiente quanto nas finanças da empresa. Para tanto, tal projeto deve considerar a adoção de uma tecnologia que dispensa o investimento em um grande número de equipamentos (computadores) similares, além da opção por softwares que não onerem os órgãos públicos, como os softwares proprietários.

Esses equipamentos, conhecidos como terminais leves ou terminais remotos conectam-se ao servidor, utilizando o sistema operacional e os aplicativos instalados no mesmo. Os thinclients são um exemplo perfeito de "computação verde" - seu consumo de energia corresponde a apenas 10% do consumo de um PC tradicional. Por não possuírem uma série de componentes tradicionais (discos rígidos e drives de CD/DVD, por exemplo), os terminais consomem uma quantidade menor de energia, evidenciando uma preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade de tal iniciativa.

A metodologia adotada para o desenvolvimento deste estudo é a análise interpretativa de dados coletados junto às diversas fontes, fundamentados nas teorias aplicadas.

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1 ANÁLISE DA SITUAÇÃO DA EMPRESA

A Univen Petróleo localiza-se em Itupeva, interior de São Paulo, e possui mais de 10 anos de atuação na produção e comercialização de derivados de petróleo para diversas finalidades, atendendo vários segmentos de mercado. Até 2007 a Univen era parte do grupo Vibrapar, uma holding que atua no comércio varejista, transporte e logística de combustíveis. Com a separação, o departamento de TI teve que ser recriado e a Univen optou pela virtualização com o VMware.

Iniciando em janeiro de 2010 e sendo finalizado em junho do mesmo ano, efetuaram a migração do ERP do SAP para o ambiente virtualizado, sem paralisar aplicações críticas, como a emissão da Nota Fiscal Eletrônica.

Na antiga infraestrutura, havia 15 servidores para processamento das transações empresariais, em ambiente 100% Microsoft. Na nova estrutura, virtualizada, são apenas 4 servidores que processam as transações, gerando uma economia na ordem de 150 mil reais quando se consideram os gastos com atualização de equipamentos. Outra economia é observada quando se consideram as licenças de software, reduzidas de 15 para 4.

Numa expansão do projeto, pretende-se efetuar a adoção de equipamentos thinclients, virtualizando um parque instalado de 150 máquinas, o que gerará uma economia com a aquisição de licenças de softwares.

Outro aspecto a ser observado é a redução de tempo de manutenção dos sistemas, anteriormente em torno de 2 a 3 dias, e atualmente entre 2 e 3 horas, além da redução de pessoal envolvido no departamento de TI.

1.1 Analisando o Processo de Virtualização da Univen

Contrariamente ao usual, onde inicialmente se procede à virtualização de sistemas menos essenciais para depois se proceder à virtualização de sistemas de missão crítica nas empresas, a Univen elaborou e programou um ousado projeto de migração de um sistema de ERP.

Adotando uma tendência corrente no ambiente de TI corporativo, onde mais da metade das empresas utilizam a virtualização de servidores, a Univen iniciou sua migração justamente pelos sistemas considerados críticos na empresa. Com isso, reduziu sua margem de erro e necessitou de um eficiente gerenciamento de riscos.

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Figura 1 - Tempo de uso da tecnologia de virtualização de servidores; dados de pesquisa realizada pela Impacta Tecnologia (Fonte: MBI, 2010)

A redução