Materiais Naturais e Artificiais Unip
Por: Sara • 10/1/2018 • 2.427 Palavras (10 Páginas) • 362 Visualizações
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A figura abaixo mostra um exemplo de um perfil laminado com pilar em forma de H, um perfil em forma de I e tesouras que se acoplam a eles por solda e parafusamento. Os perfis podem se acoplar um ao outro por solda, que é a melhor opção, por parafusamento ou pelos dois. Utiliza-se o parafusamento da viga no pilar por meio da produção de chapuz, ou insert, e depois de montado, este é soldado e ajustam-se os parafusos e porcas.
Figura 5
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Já no exemplo a seguir – uma passarela –, temos um perfil soldado, no qual a base é mais grossa e na parte superior, coberta com vidro, no centro, o perfil torna-se bastante leve. Isso só é possível na nossa indústria com perfis soldados, ou seja, o perfil é produzido na indústria com planejamento, projeto e desenho.
Figura 6
A seguir, um exemplo de como fixar pilares em fundações, o que permite a concretagem de ancoragens juntamente com a fundação.
Figura 7
Outra opção, mais utilizada, é a de se produzir inserts, chapas metálicas, que na concretagem do bloco de fundação ancoram-se e concretam-se conjuntamente. Posteriormente, solda-se o pilar a essa base (ver a figura que segue).
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Figura 8
Utiliza-se da mesma forma, quando se tem o pilar de concreto e a viga metálica. Produz-se o insert – chapa metálica com ancoragem – que se concreta com o pilar. Posteriormente, solda-se a viga nesse insert.
Pode-se produzir o chapuz, como na figura abaixo (em vermelho), em que se utiliza o processo de parafusamento dos perfis, normalmente mais leves.
Figura 9
Os perfis tubulares se apresentam da mesma forma, laminados – produzidos na sua forma final ou dobrados, que podem ser soldados. São muito utilizados nas treliças espaciais, como na imagem abaixo, em estações de metrô ou em pavilhões de exposições (Anhembi). Toda cobertura se faz sobre treliças espaciais metálicas feitas com perfis tubulares.
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Figura 10 - Treliça metálica espacial
Apresentam-se, a seguir, algumas obras que se utilizam de perfis tubulares, como as do arquiteto Santiago Calatrava.
Figura 11 - Arquiteto Santiago Calatrava
Outros projetos, como os dos arquitetos Richard Rogers e Norman Foster, na Inglaterra, utilizam-se de estrutura mista com estrutura metálica de alma cheia e perfis tubulares.
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Figura 12 - Arquiteto Richard Rogers
Figura 13 - Arquiteto Norman Foster
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Apresentamos também o projeto do arquiteto Renzo Piano, com perfis de alma cheia, e outra obra de Norman Foster, com perfis soldados de alma cheia.
Figura 15 - Arquiteto Norman Foster
6 MADEIRAS
6.1 Madeiras para estrutura
A madeira é um material renovável e muito bom no que diz respeito aos momentos de flexibilidade e módulo de resistência. Trabalhando-se o projeto corretamente, podem ser construídas obras de excelência utilizando-se a madeira. Para madeiras destinadas às estruturas, deve-se ter o cuidado na escolha do material. São três os elementos principais: módulo de resistência, que está ligado ao dimensionamento da fibra da madeira – como se compõe a fibra da madeira. Madeiras com fibras longas e justas se apresentam de maneira melhor ao módulo de resistência e flexibilidade. Madeiras nas quais as fibras são curtas e separadas umas das outras normalmente apresentam menor módulo de resistência e flexibilidade. Assim, mede-se primeiramente o módulo de resistência, a flexibilidade. Quanto mais
Figura 14 - Arquiteto Renzo Piano
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flexível o material, mais ele se aproxima do aço na construção, nas estruturas metálicas. Quanto melhor a flexibilidade, melhor é o desempenho do material aos vãos, à resistência – principalmente na parte horizontal das estruturas. Também em relação ao módulo de durabilidade, a madeira precisa apresentar uma durabilidade para que seja viável a sua utilização na construção.
Madeiras que se encontram hoje no Brasil, comercializadas e utilizadas:
Madeiras naturais certificadas
São aquelas retiradas do local onde foram plantadas ou por programas de reflorestamento em fazendas ou por programas de reflorestamento nas próprias florestas. Na floresta amazônica, no Estado do Pará, há um programa muito bem feito entre algumas ONGs e a Universidade Federal do Pará. As madeiras são retiradas das florestas, começando por aquelas que não produzem mais sementes, que produzem somente sombra, e que no chão à sua volta não nascem mais outras mudas de sementes de outras árvores que estão ao seu redor porque o sombreamento não permite. Há um conjunto de fatores para os quais os especialistas entram na floresta marcando as árvores que devem ser retiradas, sem comprometimento da floresta. Tal ciclo demora 50 anos. É a chamada madeira
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