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O TIJOLO ECOLÓGICO .

Por:   •  22/11/2018  •  4.278 Palavras (18 Páginas)  •  297 Visualizações

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Confecção dos tijolos de solo-cimento

Nesta etapa foram realizadas as moldagens dos tijolos vazados, com a utilização de uma prensa manual. Essas moldagens seguiram as especificações pré-estabelecidas das quantidades de cada material, respeitando a dosagem definida. A mistura dos materiais foi feita manualmente, assim como o teor de umidade utilizado. As especificações da NBR 8491 (1984) foram seguidas para as moldagens. Após a mistura dos materiais e depois de atingir a umidade adequada, a massa de solo-cimento foi colocada no dosador da prensa, para posteriormente ser colocada no molde, e ser realizada a prensagem manual, que apresenta baixa pressão, pois é feita por apenas uma pessoa. Posteriormente à prensagem os tijolos foram tirados com muito cuidado da prensa, pois logo após essa parte do processo eles apresentam baixíssima resistência, e depois foram todos colocados sobre um suporte fixo, para que recebessem a cura úmida por um período de 7 dias, por meio de molhagens sucessivas.

Para cada uma das composições foram confeccionados 10 tijolos, sendo 4 para o ensaio de compressão simples aos 7 dias, 4 para o ensaio de compressão simples aos 28 dias, e 2 para o ensaio de absorção de água. Devido à dificuldade da retirada dos blocos recém-moldados da prensa, como já frisado anteriormente, a moldagem M3b, que corresponde a 33,3% de solo, 66,7% de RCC e teor de cimento de 1:8, se mostrou inviável. Após várias tentativas de desmolde desses tijolos, mesmo com a prática gerada pela confecção de todas as outras misturas, pois esta foi a última a ser moldada, não foi possível retirar os blocos da prensa sem que os mesmos se fragmentassem imediatamente. Portanto, essa mistura se mostrou impraticável para o uso.

Vários fatores podem influir nas características do produto final e entre eles podemos citar: dosagem de cimento, natureza do solo, teor de umidade e compactação ou prensagem. A coesão do solo-cimento é determinada pela constituição do cimento, sua finura, a quantidade de água e temperatura ambiente. As impurezas que podem aparecer na água de mistura podem ser agressivas ao cimento (como por exemplo, sulfatos e matéria orgânica). As quantidades mais adequadas dos componentes são determinadas através dos ensaios de laboratórios ou ensaios solicitados de acordo com os tipos de solo e cimento a serem usados. Os ensaios de resistência à compressão podem ser executados em corpos de prova cilíndricos, ou ainda diretamente sobre tijolos (ou blocos) de solo-cimento.

Solo

O solo é componente de maior proporção na mistura, devendo ser selecionado de modo que se possibilite o uso da menor quantidade possível de cimento. De maneira geral, os solos mais adequados para a fabricação de tijolos e blocos de solo-cimento são os que possuem as seguintes características: Passando na peneira 4,8 mm (n° 4) 100 % Passando na peneira 0,075 mm (n° 200) 10% a 50% Limite de liquidez ≤ 45% Índice de plasticidade ≤ 18% O índice de plasticidade e o limite de liquidez são limites entre os quais o solo se encontra na sua fase plástica. Já o limite de liquidez é o valor que determina se um solo se apresenta com uma umidade muito elevada a ponto de ficar num estado de um fluido muito denso. Este limite é determinado através do ensaio feito pelo aparelho de Casagrande, onde colocamos uma amostra de solo e fazemos um sulco na mesma através de uma espátula e logo após aplicamos golpes com altura de 1 cm e intensidades constantes; daí o Limite de Liquidez (LL) se dará com o teor de umidade do solo para o qual o sulco acima citado, se fecha com 25 golpes. Os solos que contenham quantidade de argila e silte superior a 50% em sua composição não são aconselháveis. A argila é um componente importante porque, tendo propriedades aglomerantes, promove a resistência inicial do material e melhora a sua trabalhabilidade. Porém, os solos predominantemente argilosos podem provocar fissuras, trincas ou rachaduras no material depois de seco, em consequência da sua retração característica. Estes solos, geralmente, apresentam pouca resistência, apesar de que a presença da argila na composição do solo e necessária para dar à mistura de solo e cimento, quando umedecida e compactada, coesão suficiente que permita a desmoldagem e o manuseio dos tijolos logo após a prensagem. A areia caracteriza-se por sua boa resistência e, por ser um material inerte, contribui para maior estabilidade e resistência finais. Entretanto os solos com grande predominância de areia exigem mais tempo de espera para que adquiram suficiente resistência e possam suportar bem a compactação de outra camada de solo-cimento. A composição areia e silte melhoram a resistência inicial. A escolha do solo pode ser realizada no próprio canteiro da obra por ensaios simples, práticos, baseados na consistência e plasticidade de amostras. Os solos arenosos requerem, quase sempre, menores quantidades de cimento do que os argilosos e siltosos; devem ser evitados solos que contenham matéria orgânica, pois esta pode perturbar a hidratação do cimento e, consequentemente, a estabilização do solo, matéria prima. Embora existam solos que não podem ser utilizados por si só na fabricação, há possibilidade de se misturar dois ou mais deles para que resulte um solo de características enquadráveis, nas especificações. Os ensaios necessários para a seleção de solo são:

- Preparação da amostra de Solo para Ensaio de compactação e Ensaio de Caracterização (NBR 6457);

- Determinação da Massa Especifica dos Grãos de Solo (NBR 6508);

- Solo – Determinação do Limite de Liquidez (NBR 6459);

- Solo – Determinação do Limite de plasticidade (NBR 7180);

- Solo – Analise Granulométrica (NBR 7181).

Ensaio de compressão simples realizado com os tijolos

Os ensaios de resistência à compressão simples foram realizados nos tijolos aos 7 e 28 dias de idades, seguindo as recomendações da NBR 10836 (1994). A preparação dos tijolos para ensaio começou com a serragem dos mesmos ao meio, com o auxílio de uma serra circular.

Posteriormente foi feito o capeamento das faces inferior e superior, utilizando-se argamassa composta de cimento Portland CP V-ARI e argamassa pronta, na proporção de 1:1, em bancadas com chapas de metal, para garantir o correto nivelamento dos corpos de prova, com o auxílio de uma colher de pedreiro e uma faca de corte.

A etapa seguinte foi à junção das duas partes do corpo

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