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Logística Humanitária

Por:   •  17/4/2018  •  2.381 Palavras (10 Páginas)  •  240 Visualizações

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De acordo com Leandro (2013), o aumento da população e os ataques da natureza com relação ao desenvolvimento dela, torna a gestão de desastres ambientais um fator necessário e importante, pois trata como deverá ser mobilizado um país a partir de uma possível situação de desastre natural. Inicialmente o autor explica que alguns países como Canadá, Austrália, Estados Unidos e Nova Zelândia tratam a gestão em três estágios como mostra a figura abaixo:

[pic 2]

Imagem: Modelo de três fases

Fonte: http://www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2013/XI-046.pdf

As três fases são:

- “Preparação - abrange atividades de planejamento que antecedem a ocorrência do evento e objetivam melhorar a capacidade de resposta operacional durante uma emergência, visando à prevenção do desastre” (Leandro, 2013)

- “Resposta – refere-se ao evento em progresso, a qual abrange a coordenação dos recursos disponíveis de forma imediata antes, durante ou após a emergência, visando reduzir perdas materiais e humanas” (Leandro, 2013)

- “Recuperação – caracteriza-se pelo restabelecimento dos sistemas afetados e o retorno às atividades no nível anterior ao desastre, se possível com melhorias” (Leandro, 2013)

Porém de acordo com Leandro (2013), a logística humanitária não pode ser tratada como um assunto linear, principalmente pelo fato que deve-se aprender com os desastres e tornar isso um ciclo. Como mostra a figura abaixo.

[pic 3]

Imagem: Ciclo contínuo de gestão de desastres

Fonte: http://www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2013/XI-046.pdf

As atividades de toda uma logística humanitária muitas vezes parecem ser dispersas, porém todas estão ligadas para uma melhor prevenção ou melhor atendimento aos necessitados, com enfoque sempre nas áreas mais afetadas e sempre que possível haverá um aprendizado a cada desastre que ocorreu para melhorar sua logística humanitária.

2.1 Características

Este ramo da logística difere em muitos aspectos de todos os outros, pois o objetivo principal da logística humanitária é a minimização do sofrimento das pessoas que se encontram em estado vulnerável.

- A sua implementação é constituída por três fases: preparação, resposta imediata e reconstrução.

- A natureza da maioria dos desastres exige uma resposta imediata e como tal, as cadeias de abastecimento precisam de ser conhecidas e implantadas de uma só vez, apesar da falta de conhecimento que possam ter sobre a situação.

- A diversidade de fornecedores não é muito vasta, tendo muitas das vezes de se optar por fornecedores que não seriam escolhidos em condições normais, mas neste tipo de situações, o tempo também é um fator determinante e qualquer minuto a mais pode significar a perda de uma vida.

- Normalmente, as infraestruturas locais encontram-se completamente destruídas, dificultando o acesso de pessoas e de recursos (Figura 3), tornando-se difícil garantir a qualidade dos alimentos e de medicamentos.

- Os recursos humanos podem ser também um problema, pois a maior parte das vezes existe um excesso de voluntários sem formação ou sem conhecimento do idioma local.

- De uma forma geral existe uma falta de controlo sob as operações devido a ser uma situação de emergência

2.2 Centrais de Distribuição

As centrais de distribuição encontram-se espalhadas por todo mundo de forma a auxiliar as áreas necessitadas, facilitando o transporte, as compras e o armazenamento. No entanto, estes centros de distribuição quando associados podem ter ainda mais vantagens, nomeadamente, redução de custos e facilidade nos processos logísticos. Estas vantagens, associadas ao fato da logística ser o eixo central das missões humanitárias, levam à criação de softwares que permitem melhorar a tomada de decisões, aumentar a rapidez das operações e até mesmo conseguir uma melhor coordenação na ajuda humanitária

- Técnicas

Uma técnica que pode também melhorar a logística quando acontecerem catástrofes humanitárias é o inventário pré-posicionamento. Esta técnica consiste no estudo de uma localização ótima para armazenamento. Esta localização é estabelecida por estimativa, tendo em conta fatores como perturbações atmosféricas e outras catástrofes naturais. É utilizada ainda para estimar quantidades de acordo com os níveis de stock existentes e com a frequência de encomenda

2.4 Avaliação de desempenho

A ajuda para os casos de catástrofes necessitando da logística humanitária deve ser rápida e ágil, evitando assim maiores danos. No entanto, é difícil mensurar o sucesso de uma operação de logística humanitária da mesma forma como é difícil levantar indicadores de desempenho para um hospital: se houve uma morte, é possível considerar o desempenho da operação como um sucesso? (Logística Descomplicada, 2011). Ainda assim, um conjunto de 4 indicadores de desempenho para este tipo de operação foi desenvolvido (Davidson, 2006):

1) Cobertura dos recursos: mostra o percentual dos bens necessários em relação ao que foi arrecadado;

2) Tempo entre doação e entrega: similar ao lead time funciona na logística empresarial;

3) Eficiência financeira;

4) Exatidão da avaliação: mede as divergências entre aquilo que de fato era necessário e aquilo que foi divulgado.

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- ESTUDO DE CASO

Em nosso estudo de caso iremos comparar três desastres de três países diferentes e como foi aplicada sua logística humanitária.

O primeiro desastre foi o furacão Katrina que ocorreu em 23 de Agosto de 2005, no Sul dos Estados Unidos, principalmente na cidade de New Orleans. O furacão deixou milhares de pessoas desabrigadas, inundou boa parte da cidade devido ao fato de que ela está abaixo do nível do mar, junto ao rio Mississipi.

Um dia antes da chegada do furacão foi emitido

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