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Lajes Nervuradas: custo x benefício

Por:   •  2/6/2018  •  1.517 Palavras (7 Páginas)  •  392 Visualizações

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Origem

Um fabricante, inglês, de gesso e argamassa foi o primeiro a patentear um “sistema” de lajes em concreto armado em 1854, seu nome: William Boutland Wilkinson. Através deste esquema, Wilkinson construiu uma casa de campo com dois pavimentos de alvenaria onde ele aplicou um reforço com barras de ferro e arames nos pisos e telhado. Essa patente é o registro oficial mais antigo em termos de efetiva utilização do concreto armado em âmbito estrutural (VASCONCELLOS, 2004).

- Desenvolvimento dos Métodos de Aplicação

Enquanto as lajes eram construídas com vãos relativamente pequenos e sujeitas apenas a cargas distribuídas, o emprego de laje maciça não trazia maiores problemas (SILVA et al., 2003). À medida que os vãos aumentaram e as alvenarias foram sendo apoiadas diretamente sobre as lajes, o emprego de lajes maciças foi levando à espessuras antieconômicas.

A solução mais eficiente para tal dificuldade foi o uso de lajes com nervuras. De acordo com Silva et al. (2003) tal uso foi decorrente da concepção estrutural das lajes com nervuras, que uma parte significativa do concreto da zona tracionada por flexão pode ser simplesmente eliminada, ou então substituída por materiais leves que permitam tornar plana a face inferior das lajes, ou seja, este sistema foi idealizado visando um alívio no peso próprio da estrutura e um aproveitamento mais eficiente do concreto e do aço.

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LAJES NERVURADAS

As lajes nervuradas são um sistema em concreto armado de pequenas vigas regularmente espaçadas que se cruzam ao longo do seu comprimento. Os vazios entre as nervuras são obtidos pela colocação de moldes, sejam eles de gesso ou plástico, sendo uma fina capa de concreto executada como plano de piso.

- Implantação no Brasil

A laje nervurada já vem sendo utilizada no Brasil desde as primeiras construções. Inicialmente eram utilizadas fôrmas de madeiras para moldagem da laje, em seguida, evoluíram para inertes e fôrmas de fibra de vidro, porém todas com pouca produtividade. Atualmente fôrmas de gesso e plástico são as escolhidas, tornando-se a solução mais popular entre as construtoras.

- Vantagens e Desvantagens

Segundo DACOL (2013), as lajes nervuradas são sempre bem empregadas quando os vãos do pavimento são grandes, porque ocorre um aumento na inércia da peça estrutural e uma diminuição do consumo de concreto e do aço, tornando a estrutura mais econômica. Assim, os gastos com materiais e mão-de-obra são reduzidos aumentando a viabilidade do sistema construtivo.

Em contrapartida, as nervuras comprimidas apresentam baixa resistência à flexão para os momentos negativos nos apoios. Aumentam a altura total da edificação; aumentam também as dificuldades de compatibilização com outros subsistemas, como instalações e vedações; durante a etapa de concretagem um cuidado extra é necessário para que vazios nas nervuras sejam evitados, mantendo a integridade da peça (PORTAL AECWEB, 2016).

CONCLUSÃO

O método utiliza pouco concreto e aço no fundo da laje em relação às lajes maciças, abraçando a armadura localizada entre as nervuras e consumindo até 30% menos materiais e mão-de-obra (PORTAL AECWEB, 2016). Mesmo possuindo sua deficiência quando se trata da flexão, esse tipo de laje mostra-se mais resistente aos momentos positivos dos vãos e à compressão.

As lajes nervuradas tem a capacidade de simplificar a execução da obra gerando uma redução de perdas, tanto de material quanto de tempo e aumento da produtividade, dando à construção uma característica mais racional.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto: Procedimento. Rio de Janeiro, 3 ed. 2014. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgmq8AA/nbr-6118-2014-versao-corrigida-07-08-2014 >. Acesso em: 27 out. 2016.

ARCELORMITTAL. Guia completo de Lajes: tudo sobre lajes maciças, pré-fabricadas e mistas. 2014. ArcelorMittal. Disponível em: . Acesso em: 21 out. 2016.

BASTOS, P.S.S. Lajes de Concreto. Bauru, SP, Universidade Estadual Paulista-UNESP, 2015.

BOROWSKI, G.C. Cálculo de deslocamentos em lajes nervuradas. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria, 2005.

BRITTO, D. Lajes Nervuradas. 2009. ENGENHARIA CIVIL NA NET. Disponível em: . Acesso em: 06 set. 2016.

DACOL, K., Tecnologia, Forma e Função. Téchne, São Paulo, 192 ed. mar. 2013, Disponível em: http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/192/artigo288026-1.aspx>. Acesso em: 08 set. 2016.

FIGUEIREDO FILHO, J.R.; CARVALHO, R.C.; FURLAN JUNIOR, S. Punção nas lajes sem vigas: a proposta da revisão da norma brasileira e resultados experimentais. In: Congresso Técnico-Científico de Engenharia Civil, 1996, Florianópolis. Anais. V. 5, p. 830-839.

PINHEIRO, L.M.; RAZENTE, J.A. Lajes nervuradas. In: PINHEIRO, L.M. Fundamentos do concreto e projetos de edifícios. São Paulo, Universidade de São Paulo (USP), Escola de engenharia de São Carlos, Departamento de engenharia de estruturas, 2007. Cap. 17.

PORTAL AECWEB. Vantagens e desvantagens das lajes nervuradas. 2016. BlogAEC. Disponível em: . Acesso em: 15 nov. 2016.

SILVA, M.C.R.; ANGELIS NETO, G.; DONATONI,

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