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PANORAMA DE ENERGIA ELÉTRICA DAS OITO MAIORES POTENCIAS MUNDIAIS

Por:   •  7/3/2018  •  5.026 Palavras (21 Páginas)  •  327 Visualizações

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Em relação à energia nuclear, após um acentuado crescimento entre os anos 70 e 80, a geração ficou praticamente estagnada no cenário mundial, principalmente devido à preocupação com a segurança. Até recentemente o crescimento da produção de energia nuclear apresentava um crescimento muito lento. A capacidade instalada em 2005 era de 370 (GW) e em 2010 de 375 (GW). No mundo, a energia nuclear corresponde a 14% de toda energia elétrica produzida, sendo que em aproximadamente 50 países ela representa mais de 25% do total produzido.

PRINCIPAL MATRIZ ENERGETICA DAS OITO MAIORES POTÊNCIAS

EUA

O maior desafio do estado da Califórnia é assegurar o fornecimento adequado de eletricidade reduzindo, simultaneamente, as emissões de gases do efeito estufa, como estabelecem as diretrizes do Assembly Bill 32, que preveem a redução de 33% das emissões até 2020. Desde 2003, a política energética prioriza eficiência, demanda responsável, renováveis e a geração distribuída para suprir as necessidades elétricas dos consumidores. O objetivo é que 33% da geração para 2020 sejam de fontes renováveis.

[pic 2]

A geração de energia elétrica na Califórnia foi de 199,5TWh em 2012. Do total, conforme a Tabela 202, as fontes térmicas foram responsáveis por 61,6%. As fontes hídricas representaram 13,7% da geração e as nucleares, 9,3%. As geotérmicas aportaram 6,3%, praticamente estável durante todo o período analisado, de 2008 a 2012.

Observa-se um forte incremento da participação solar na geração, bem como das eólicas, graças a incentivos governamentais de fomento às renováveis.

[pic 3]

China

Desde 2011 a China é o maior consumidor de energia do planeta. Na estrutura da matriz energética chinesa, observa-se ainda a predominância da utilização do carvão mineral, no entanto o país é o maior produtor de energia hidrelétrica, eólica e solar térmica para o aquecimento de água no mundo, sendo esta 27 vezes superior à capacidade instalada brasileira. Recentemente, a China passou a ser o maior fabricante de painéis fotovoltaicos, alcançando uma participação de 47% do mercado mundial.

Quanto à política energética, ressalta-se que, a partir de 2006, passou a vigorar a Lei de Energia Renovável, posteriormente revisada em 2009. De acordo com essa lei, os geradores de energia elétrica deverão obter uma licença administrativa para implantar os projetos. No caso de haver mais de uma solicitação de licença para o mesmo projeto, realizar-se-á um processo licitatório aberto. Uma vez obtida à licença, o empreendedor terá garantidas da conexão à rede elétrica e a venda da energia produzida à distribuidora, a preços pré-definidos.

As distribuidoras de eletricidade estarão também obrigadas a garantir a compra de uma parcela mínima de eletricidade a partir de fontes renováveis. Essas empresas também deverão contribuir para um fundo destinado a subsidiar as energias renováveis, pagando um valor fixo por quilowatt-hora que comercializarem. Foram também previstas tarifas feed-in para energia elétrica proveniente da biomassa, e sistemas fotovoltaicos foram beneficiados com subvenções diretas.

O 12º Plano Quinquenal de Desenvolvimento Econômico e Social da República Popular da China inclui metas compulsórias relacionadas ao setor energético, com a previsão de que os combustíveis não fósseis atinjam 11,5% do consumo primário de energia em 2015. Foi também aprovado no país o 12º Plano Quinquenal para Energia Renovável, que inclui metas para diversas fontes renováveis. A meta para a energia eólica é atingir 100 GW de capacidade instalada em 2015 e 150 GW de capacidade instalada em 2020. Mesmo devido à desaceleração do crescimento econômico global, onde a China sofreu perdas significativas na exportação de painéis fotovoltaicos principalmente para a União Europeia e os Estados Unidos, o mercado interno deverá crescer menos nos próximos anos. Assim a meta do 12º Plano Quinquenal do país é atingir em 2015, 21 GW de capacidade solar instalada e 50 GW até 2020. A Figura 5.1 representa o crescimento da capacidade instalada das energias eólica e solar na China.

[pic 4]

A China é um dos maiores responsáveis pelo impacto ambiental, devido à intensiva utilização de combustíveis fósseis para a geração de energia elétrica, por outro lado é o país que mais cresce no uso das energias renováveis e no desenvolvimento tecnológico. A rápida expansão das energias limpas na China tem proporcionado à redução dos custos das tecnologias utilizadas em todo o mundo. Esse fato faz com que outros países emergentes, como é o caso do Brasil, possam progredir na produção de energias renováveis, principalmente eólica e solar.

Japão

Com uma grande densidade demográfica e grande quantidade de indústrias, o Japão se localiza em um arquipélago vulcânico no Oceano Pacífico. A origem vulcânica tornou o subsolo japonês pobre em recursos energéticos como o petróleo e o gás natural. Além disso, nos poucos rios com potencial hidrelétrico do país já foram construídos usinas para a geração de eletricidade e não há mais potencial para a instalação de novas usinas. Nesse contexto, o dilema japonês é como produzir energia suficiente para abastecer sua grande demanda de modo contínuo e barato em um local carente de recursos energéticos. A solução encontrada foi a geração de eletricidade por meio de usinas nucleares a base de plutônio e urânio e termoelétricas que funcionam com derivados do petróleo e carvão mineral importados. As usinas nucleares japonesas produzem muita energia a um preço relativamente baixo e são consideradas seguras em situações normais, sendo que por lá existem mais de cinquenta reatores nucleares em funcionamento atualmente.

No entanto, após fevereiro de 2011, quando um grande tsunami atingiu a central nuclear de Fukushima, o uso da energia nuclear no país vem sendo discutido. O governo japonês se comprometeu, a princípio, a substituir grande parte das usinas nucleares por outras fontes menos perigosas, como a eólica e a mare motriz, o que não aconteceu até hoje. Ainda, o governo chegou a conclusão de que a energia nuclear é de fundamental importância para o abastecimento básico da população e autorizou a construção de novos reatores seguindo critérios mais rígidos de segurança. O problema é que no Japão, essas usinas nucleares precisam resistir

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