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Armazenamento de produtos químicos

Por:   •  28/4/2018  •  1.546 Palavras (7 Páginas)  •  303 Visualizações

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Foram produzidas 2200 seções separadas, que chegavam a pesar 90 toneladas cada, e tinham 22 metros de comprimento. Sua estrutura era medida com laser, que tinha precisão de 1 milímetro, pois aqui também não poderia haver erro.

Para cumprir o prazo apertado, o processo teve que ser automatizado com robores soldadores, e com maquinas para cortar as peças, estas maquinas eram programadas e isso agilizou o processo.

O transporte dessas seções gigantescas de aço para a construção foi a parte mais difícil, o percurso devia ser calculado perfeitamente para evitar danos, eles eram escoltados pela polícia, que fazia a segurança, e abria caminho. Foram necessários mais de 2000 comboios para o transporte de todas as partes.

O planejado era colocar o passadiço de 2 quilômetros e meio, sobre duas peças de aço. O engenheiro responsável por isso foi Jean Marie Crémer, ele propôs que os passadiços deveriam ser colocados um de cada lado do vale, e depois empurrados afim de se encaixarem em meio aos pilares, isso seria feito a partir de soquetes hidráulicos com força para empurrar os passadiços.

Mas devido a distância entre os pilares, a ponte acabaria se partindo. As soluções encontradas foram encaixar um pilar para que os cabos sustentassem a parte frontal do passadiço e colocar torres de aço provisórias entre os pilares, para sua sustentação. Essas medidas reduziram a envergadura em 171 metros, evitando um desastre.

As torres de aço, eram um feito por si só, a que media 170 metros de altura, foi também a mais alta já construída. O peso que cada uma tinha que suportar era cerca de 7000 toneladas.

[pic 1]

Figura 1: Esquema representando as torres temporárias.

Para que ao empurrar os passadiços, sua envergadura não acabasse derrubando os pilares, um sistema hidráulico teve de ser desenvolvido pelos engenheiros. Em cada pilar, eram instalados quatro desses soquetes, e o resultado é que juntos, eles tinham força para levantar toda a ponte, e a empurrar para frente ao mesmo tempo. Todo esse sistema empurrava os passadiços 600 milímetros a cada 4 minutos.

[pic 2]

Figura 2: Esquema explicando o sistema hidráulico.

Há medida que passava pelos primeiros pilares, a ponte ficava mais vulnerável ao vento que podia alcançar facilmente os 130km/h por conta do vale. Com isso a movimentação da ponte ficava a mercê da verificação do vento, que não poderia passar dos 80km/h.

Para construções desse porte, o vento é um fator que deve ser analisado com bastante cuidado, para isso são feitos uma série de testes em túneis de vento, para analisar como a estrutura se comporta, os testes revelaram sérios problemas, que o vento poderia derrubar os passadiços de cima da estrutura, que na época estava em movimentação.

Os dois passadiços a cada lado do vale continuaram sua movimentação durante 14 meses, se aproximando um do outro, até chegar ao único local onde era impossível instalar um pilar temporário, que era em cima do rio.

Neste local, as duas partes do passadiço deveriam se encontrar perfeitamente, caso contrário a obra estaria acabada, para isso acontecer, nenhum cálculo poderia estar errado, e os passadiços deveriam ter sido cortados com extrema precisão.

Também foi usado neste caso o auxílio do GPS para medir a posição real da ponte em relação a posição dos cálculos. O alinhamento estava dentro de uma margem de 1 centímetro de altura, um sucesso pois foi alcançado 99,999% de precisão.

Depois dessa fase, os engenheiros perceberam uma demasiada ondulação nos passadiços de aço, pois não sabiam que eram tão flexíveis, levantando a questão sobre a integridade estrutural da construção.

Para a resolução disso, foram instalados pilares e cabos sobre a ponte para que pudessem empurrar os passadiços para frente, os pilares tinham uma altura de 90 metros cada, e pesavam cerca de 700 toneladas. Para levantar esses pilares, foram montadas duas enormes torres sobre a ponte, sustentadas por cabos e equipadas com sistemas hidráulicos com força para levantar até 1000 toneladas.

Após a montagem e ancoragem dos sete pilares sobre a ponte, se deu início ao ligamento dos cabos, que tinham função de fortalecer o passadiço e aumentar a força de sustentação para que pudesse receber o tráfego. Com o término dessa instalação, as ondulações que eram um problema, acabaram se tornando imperceptíveis.

Foi adicionada ainda cerca de 10000 toneladas para o termino da superfície da estrada com o asfalto, sinalizações, e barreiras de proteção.

Antes de sua inauguração, foram feitos os testes de resistência, sobrepondo 28 caminhões com um peso combinados de 900 toneladas, no ponto mais crítico da ponte, a envergadura central, a ponte cedeu apenas 26 centímetros e foi aprovada, pois é projetada para suportar até o dobro desse peso naquele ponto, a ponte finalmente foi inaugurada no dia 14 de dezembro de 2004.

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Viaduto_de_Millau

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