A história da eletricidade
Por: Rodrigo.Claudino • 1/10/2018 • 10.762 Palavras (44 Páginas) • 2.923 Visualizações
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No início, muitos classificaram o tremelga como ocultismo. Alguns disseram que era apenas a mordida do peixe. Outros que não podia ser um choque pois, sem uma faísca, não era eletricidade. Seria preciso um dos mais estranhos e geniais personagens da ciência britânica para começar a desvendar os segredos do peixe tremelga.
Henry Cavendish ao saber do peixe tremelga elétrico, ele ficou intrigado. Um amigo escreveu para ele... "Quanto a isso, minha primeira experiência do efeito do tremelga, "eu exclamei que sem dúvida é eletricidade, mas ficou a dúvida, por que ele não soltava faísca, isso deu início ao experimento de Henry Cavendish, ele decidiu fabricar seu próprio peixe artificial com duas Garrafas de Leiden em formato de peixe enterradas na areia. Ao tocar-se na areia, elas descarregavam, proporcionando um choque desagradável, a sacada de Henry Cavendish foi conseguir apontar a diferença entre a quantidade e a intensidade de eletricidade, e ele concluiu que o peixe soltava choque com menos intensidade, e assim hoje conhecemos esse fenômeno como carga elétrica e diferença de potencial, a garrafa de Leiden tinha alta voltagem e carga baixa, já o peixe possuía baixa voltagem e carga alta, o peixe emitia um choque semelhante a uma tomada residencial, já a garrafa vezes maior.
A etapa seguinte veio à tona por causa da rivalidade pessoal e profissional entre dois acadêmicos italianos. Um dos maiores destaques da universidade era o anatomista Luigi Aloisio Galvani. Mas, em uma cidade vizinha, um eletricista rival estava prestes a criticar severamente Galvani. Em uma cidade próxima um eletricista rival iria questionar Galvani, Alessandro volta não podia ser mais diferente de Galvani. De uma antiga família da Lombardia, ele era jovem, arrogante, adorava polêmica. Ao contrário de Galvani, ele gostava de exibir suas experiências em um palco internacional para qualquer público, ele era a favor do pensamento racional “ a superstição era o inimigo a razão o futuro” esses dois acadêmicos tinham um fascínio pela eletricidade, suas diferentes visões contrarias moldaram a forma como eles a estudaram.
Galvani se interessou pelo uso da eletricidade em tratamentos médicos. Por exemplo, em 1759, aqui, em Bolonha, a eletricidade foi usada nos músculos de um homem com paralisia, galvane provou que seus experimentos em humano provaria que o corpo humano pode funcionar usando eletricidade animal. Para provar esta hipótese, ele criou uma série de experimentos com sapos usando a máquina de Hauksbee para gerar carga eletrostática, que se acumula e desloca por esta haste e sai por este fio de cobre, depois, ele conectou o fio condutor da carga ao sapo e um outro ao nervo logo acima da perna, as pernas do sapo se contraem com o contato. Para Galvani, o que acontecia era que havia uma entidade estranha e especial no músculo animal, que ele denominou eletricidade animal. Não era como as demais. Era intrínseco dos seres vivos. Mas, para Volta, a eletricidade animal cheirava à superstição e magia. Ela não tinha lugar na ciência racional iluminista.
Volta via a experiência completamente diferente de Galvani. Ele acreditava que ela revelava algo totalmente novo. Para ele, as pernas não estavam pulando como consequência da liberação de eletricidade animal dentro delas, mas por causa da eletricidade artificial externa. As pernas eram apenas sinalizadores. Elas só se contraíam devido à eletricidade da máquina de Hauksbee. Em Bolonha, Galvani reagiu furiosamente às ideias de Volta. Ele
Acreditava que Volta havia cruzado o limite fundamental, das experiências elétricas para o reino de Deus, o que equivalia à heresia.
Em 30 de outubro de 1786, ele publicou suas descobertas em um livro, "De Animali Electricitate", Da Eletricidade Animal. Galvani estava tão confiante em suas ideias, que mandou um exemplar do seu livro para Volta. Mas Volta não conseguia aceitar a ideia de eletricidade animal de Galvani. Ele achava que a eletricidade devia vir de um outro lugar.
Na década de 1790, aqui na Universidade de Pavia, que ostenta seu nome, Volta começou sua busca pela nova fonte de eletricidade. Suas suspeitas se concentraram nos metais que Galvani usara para contrair as pernas do sapo. Ele descobriu que se pegasse duas moedas de metais diferentes e as colocasse na ponta de sua língua, e, depois, pusesse uma colher de prata em cima de ambas... ele sentiria uma sensação de formigamento, parecido ao obtido da descarga de uma Garrafa de Leiden.
Volta concluiu que poderia saborear a eletricidade e que ela devia vir do contato entre os metais distintos nas moedas e colher. Sua teoria contrariava a de Galvani. A perna do sapo contraía, não devido à sua própria eletricidade animal, mas porque ela estava reagindo à
Eletricidade dos metais. Mas a eletricidade que suas moedas geravam era incrivelmente fraca.
Então, uma ideia ocorreu a ele ao revisitar os trabalhos científicos do grande cientista britânico, Henry Cavendish, e, sobretudo, a sua famosa obra sobre o peixe tremelga elétrico.
Ele observou mais de perto o peixe tremelga e, sobretudo, o padrão repetitivo de cavidades em suas costas. Ele imaginou se esse padrão repetitivo continha o segredo do seu poderoso choque elétrico. Talvez cada cavidade fosse como as suas moedas e colher, cada uma gerando uma pequena quantidade de eletricidade. Com confiança crescente em suas novas ideais, Volta decidiu revidar construindo sua própria versão artificial do peixe elétrico. Ele copiou o peixe tremelga, repetindo seu padrão, mas usando metal.
Eis o que ele fez. Ele pegou uma placa metálica de cobre, depois, colocou sobre ela um pedaço de papelão embebido em ácido diluído. Depois, sobre isto, ele pegou outro metal e colocou em cima. O que ele tinha aqui era o mesmo dos dois fios de Galvani. Mas Volta repetiu o processo. Ele estava construindo uma pilha de metal. Na verdade, sua invenção ficou conhecida como "pilha." Mas é o que ela podia fazer que foi uma revelação incrível.
Volta testou a pilha em si mesmo, pegando dois fios, prendendo-os em cada uma das extremidades da pilha e pondo as outras extremidades em sua língua. Ele podia realmente saborear a eletricidade. Desta vez, ela foi mais poderosa do que o normal e constante. Ele havia criado a primeira pilha.
Ele provou que uma máquina imitando o peixe funcionaria, que o que ele chamou de eletricidade por contato de diferentes metais podia funcionar, que ele considerou como seu golpe vitorioso na polêmica com Galvani.
A pilha de Volta mostrou que é possível desenvolver todos os
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