O USO DA ALVENARIA ESTRUTURAL E POSSÍVEIS ERROS NA EXECUÇÃO
Por: Juliana2017 • 19/4/2018 • 2.274 Palavras (10 Páginas) • 448 Visualizações
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Com o desenvolvimento da construção civil, com a exigência de que as construções sejam cada vez mais sustentáveis e com índice baixo de desperdício, a alvenaria estrutural surge como melhor escolha para atender a essas necessidades, e, além disso, apresenta outras vantagens como agilidade, custo competitivo, durabilidade da construção, layout agradável e outras. Contudo para apresentar estas vantagens é necessária e indispensável à execução correta das técnicas bem como elaboração detalhada de um projeto a ser seguido (BARBOSA, 2011).
Por ser uma técnica que muito se cobra a redução de custo, a mão de obra qualificada é imprescindível uma vez que além de racionalizar custos e processos, evitará retrabalhos e contribuirá para a diminuição das patologias que são conseqüências da técnica mal executada (SIQUEIRA, 2007).
E quando se trata de patologias, percebe-se que os erros de execução da técnica tem sido cada vez mais freqüentes. De acordo com Guilherme e Rocha (2012), esses erros geralmente estão associados a projetos mal desenvolvidos, falta de informações técnicas e específicas de materiais e mão de obra sem qualificação técnica.
Além da função de vedação a alvenaria tem função de sustentação e os erros por mais que sejam simples podem ocasionar graves conseqüências como por exemplo a segurança. Souza e Cabral citam exemplo de erros que colocam essa segurança em risco: “falta de prumo, dimensões inadequadas de juntas verticais e horizontais e modulação diferente da planejada”
Para BARBOSA (2011), a qualidade, eficiência do sistema construtivo e a segurança do processo são frutos de uma boa execução da alvenaria estrutural. E para isso certos fatores são indispensáveis, dentre eles a “resistência à compressão do bloco, espessura da junta de assentamento, composição da argamassa, prumo das paredes entre outros” (BARBOSA, 2011, pag. 01).
Levando em consideração o crescimento da alvenaria estrutural, a priorização da segurança e qualidade da técnica, torna-se necessário um estudo amplo a fim de identificar os erros e acima de tudo criar possibilidades para saná-los.
Dessa forma, percebe-se que a conscientização da devida execução da alvenaria estrutural permite maior qualidade na prestação do serviço. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo revisar o uso da alvenaria estrutural, identificar possíveis erros na execução e suas conseqüências bem como estabelecer medidas para prevenir estes erros.
- METODOLOGIA
De caráter descritivo e de revisão bibliográfica, o trabalho foi desenvolvido a partir de um levantamento bibliográfico referente ao que há disponível na literatura acerca do tema. Revisão bibliográfica é uma técnica científica que tem como objetivo pesquisar e analisar artigos de uma determinada área da ciência (CONFORTO, et.al. 2011). Dessa forma, foram utilizados livros, artigos científicos e sites confiáveis. Para a busca na biblioteca virtual foi utilizado idioma português através de algumas palavras chaves: alvenaria estrutural, possíveis erros de execução da alvenaria estrutural, erros na construção civil, dentre outros.
Para a seleção das fontes adotou-se como critério de inclusão as bibliografias que abordem a alvenaria estrutural como tema e que tenham abrangência temporal do estudo entre os anos de 2005 e 2016 e serão excluídas as que não atenderam a temática tão pouca a abrangência temporal.
- DESENVOLVIMENTO
Desde os tempos remotos o homem manifestava a necessidade de construir. Desde então, o aprimoramento do sistema construtivo levou ao aparecimento da alvenaria estrutural que atualmente é uma das técnicas mais utilizadas nas construções (BARROS, 2011).
Antigamente a alvenaria era uma técnica que utilizava blocos maciços e pedras de menor dimensão. Com o desenvolvimento da técnica e consequentemente diminuição dos componentes estruturais tais como vigas e pilares, foi possível construir prédio mais altos e com menor custo (SILVA, ROCHA e COSTA, 2011).
Segundo SILVA (2007), a alvenaria estrutural pode ser classificada em:
- armada, quando é utilizada armadura de fios, barras ou telas de aço com objetivo de reforçar a estrutura.
- não armada, constituída apenas por tijolos e argamassa;
- parcialmente armada, quando é utilizado algumas armaduras e estas são em quantidade mínimas apenas para evitar fissuras.
- protendida, utiliza-se armadura pré- tensionada com intuito de reforçar a alvenaria contra tensões de compressão.
Alvenaria estrutural é, portanto, um sistema construtivo que não utiliza pilares e nem vigas e estes são substituídos por blocos que possuem resistência a compreensão, ao peso da laje e de todos os pavimentos (CANO, 2005).
A alvenaria engloba três quesitos para poder ser considerada estrutural. Primeiramente é necessário que haja dimensionamento: cálculo da estrutura e dos esforços que irá suportar. É preciso também que haja racionalização através de projeto modular compatibilizado e detalhado. E o terceiro quesito é o controle da construção com a caracterização prévia dos materiais, do recebimento dos blocos, controle argamassa, graute e prisma, controle da produção da alvenaria. Quando um dos requisitos não é considerado ou é alvenaria histórica ou irresponsabilidade (BARBOSA, 2011).
3.1 MATERIAIS UTILIZADOS NA ALVENARIA
Com função estrutural e de vedação a alvenaria estrutural conta com alguns materiais necessários para tal.
Blocos, ou tijolos ou unidades podem ser de concreto, cerâmica ou sílico – calcáreas, vazados ou de estrutura maciça que tem como função garantir a resistência da estrutura (SILVA, 2013). Os blocos de cerâmica são compostos basicamente por argila e ao passar por processo de queima lhe é conferido resistência e dureza. Já os blocos de concreto tem como componente básicos o cimento e a brita que após mistura molda-se os blocos de acordo com dimensões já especificadas (figura 1) (SOUZA, 2007). Vale salientar que o correto armazenamento dos blocos evita rachaduras. Caso utilizado danificado pode provocar problemas futuros para a construção.
Figura 1: Ilustração de blocos de cerâmica e concreto.
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