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Alvenaria estrutural e convencional

Por:   •  25/12/2017  •  1.961 Palavras (8 Páginas)  •  471 Visualizações

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Diante do exposto, o objetivo deste trabalho é apresentar a importância e a praticidade da alvenaria estrutural comparando-a com a alvenaria Convencional.

- METODOLOGIA

O presente trabalho se classifica como uma pesquisa básica que objetiva gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Apresenta-se como pesquisa qualitativa exploratória em que se realizou uma revisão bibliográfica do tema proposto.

Palavras chave: Alvenaria; Construção; Alvenaria Estrutural; Alvenaria Convencional.

- REFERENCIAL TEÓRICO

A alvenaria estrutural resulta da colocação em arranjos específicos de peças industrializadas, de dimensões e peso de fácil manuseio, ligadas entre si através de juntas de assentamento ou juntas verticais de argamassa para formar os elementos de alvenaria (produtos da construção) que são as paredes, cintas, vigas, contravergas, e vergas, pilares que juntos formam um conjunto monolítico. Um projeto com boa qualidade reflete positivamente na etapa de construção da obra. Medidas de racionalização e de controle de qualidade na fase de construção dependem diretamente das especificações originadas da etapa de projeto, devendo nelas conter as informações necessárias de forma a ocorrer um planejamento eficiente para a etapa de execução. (Kalil, 2015).

Já a alvenaria convencional resulta de um sistema de vigas e pilares que são montados, e funcionam como o “esqueleto” da construção. As paredes são erguidas em seguida à essa etapa e não possuem função estrutural.

Projetar alvenarias moduladas com blocos vazados de concreto lembra a montagem de um jogo de peças de encaixes, como o “Lego”. Modular é amarrar um elemento ao outro com juntas alternadas e amarrar as alvenarias, encaixando os elementos de uma e de outra em fiadas alternadas. (Santos, 2015)

Especialistas destacam que na concepção dos projetos arquitetônicos em alvenaria estrutural deve-se estar atento a critérios como modulações, tipos de blocos, argamassa e graute. A mão de obra também deve ser treinada para entender as particularidades do sistema construtivo, bem como ter ferramentas adequadas. A fiscalização eficiente das etapas executadas é outro fator decisivo no sucesso desta tecnologia, sem esquecer que a manutenção também é componente relevante para a alvenaria estrutural. A conservação preventiva está prevista em norma, assim como são vetadas alterações arquitetônicas sem autorização do projetista da obra.

Um dos pontos que tornam a alvenaria convencional menos sistemática é que a execução das paredes não precisam seguir um padrão “tão rígido”, por não possuírem função estrutural. Portanto a mão de obra é facilmente encontrada.

Vemos que a construção utilizando o método da alvenaria estrutural requer métodos específicos e tem peculiaridades próprias. As exigências não se limitam apenas no fato de necessitar de mão-de-obra qualificada, ou no fato de que as paredes não podem ser removidas, ou ainda que os vãos não podem ser muito extensos. Existem NBRs que precisam ser seguidas rigorosamente para o processo chegue ao ápice com o sucesso esperado.

Para Kalil (2015) algumas das regras fundamentais são que, nas paredes portantes em edificações executadas em alvenaria estrutural não devem ser empregados rasgos para o embutimento das instalações, pois além do desperdício e do elevado consumo de material e mão de obra empregado nessa operação, temos que levar em conta que nesse sistema as paredes são portantes, com isso fica impossível tal procedimento devido a redução da seção resistente. A passagem da prumada vertical de tubos hidráulicos e sanitários nas paredes tem que constar nas plantas de elevação das paredes (paginação). Segundo a NBR 10837 – Cálculo da Alvenaria estrutural de Blocos Vazados de Concreto é proibida a passagem de tubulações que conduzam fluídos dentro das paredes com função estrutural. Por esse motivo, para a passagem da tubulação hidráulica são utilizadas paredes de vedação, as chamadas paredes hidráulicas. Os trechos verticais de água fria e quente devem descer pelos furos dos blocos até o ponto desejado. Já o trecho horizontal da instalação a passagem da tubulação é feita por baixo da laje de teto e o forro. Como no projeto hidráulico, nos projetos elétricos e de telefonia em alvenaria estrutural é comum os eletrodutos passarem pelos vazados dos blocos, com isso não acarretando em rasgos principalmente horizontais na alvenaria. A tubulação elétrica desce em cada ponto de força/comando ou ponto telefônico. Não são necessários rasgos nos blocos para abertura de caixas de luz, interruptores ou de telefonia, pois são fornecidos pelos fabricantes blocos especiais elétricos, já com a abertura para o embutimento dessas caixas. Quando temos pontos muito próximos um do outro utiliza-se um eletroduto de ligação, onde passa de um bloco para o outro pela região central superior das paredes transversais do mesmo, através de rasgos executados nos locais indicados com o auxílio de serras.

Diferente da estrutural, as instalações elétricas e hidráulicas, elétricas, de telefonia, entre outros não precisam ser necessariamente feitos junto com o levantamento das paredes, pois estes são feitos através de rasgos verticais e horizontais; o que gera resíduo e também desperdício de material.

O uso da alvenaria estrutural garante a redução de no mínimo 20% no custo total da obra, e também reduz significativamente a geração de resíduos. Porém, apesar de todas estas vantagens e de estar sendo cada dia mais adotada, a alvenaria estrutural ainda assim é pouco usada no Brasil. Um dos fatores que podem explicar esta questão, é o simples adepto de que exige mão de obra especializada, e no Brasil não são muitos os profissionais capacitados nesta área. Mesmo parecendo ser prático o método de construção utilizando os blocos, pois os cuidados especiais exigidos necessitam de profissionais capacitados para a execução. O pouco uso se explica também por causa das limitações dos vãos, que não podem ser grandes porque são as paredes que sustentam a obra, que tem por si reduzido o número de vigas e pilares, utilizando assim, as paredes para esta função, e sendo que, se estiverem separadas por vãos longos, fica limitado o seu potencial de sustentação.

Uma grande desvantagem da alvenaria estrutural em relação à alvenaria Convencional, é que o projeto não pode ser mudado futuramente. Nenhuma das paredes podem ser quebradas ou deformadas, e

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