TRABALHO DE HIDROLOGIA E MANEJO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
Por: SonSolimar • 8/6/2018 • 2.507 Palavras (11 Páginas) • 406 Visualizações
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3 FORMAS DE CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA
A contaminação da água pode ocorrer por vários meios, partindo desde poluentes aplicados no solo, quanto diretamente nos corpos hídricos. dentre alguns poluentes compreendemos que existem os mais comuns e com uma grande capacidade poluidora.
3.1 Óleo vegetal e graxas
Substâncias que tem sua origem mineral, vegetal ou animal, sendo sua estrutura química formada por hidrocarbonetos, gorduras, ésteres. Essas substâncias quando localizadas em corpos hídricos, lençóis freáticos, ou qualquer outro ambiente aquático, são em sua maioria provenientes de resíduos industriais, esgotos domésticos, esse cujo as pessoas tem por seu hábito, despejar nos ralos de pias, o que acaba acarretando no despejo do óleo na rede de esgoto. Graxas são por sua vez oriundas de oficinas, postos de gasolina, entre outros(Berti et al, 2009). Quando entram em contato com a água, o óleo e a graxa tem um grande potencial poluidor, afetando características físicas, químicas e biológicas. A presença dos mesmo modifica a área de contato que existe entre a superfície da água e o ar atmosférico. Por causa desse acontecimento acaba diminuindo a quantidade de oxigênio que chega para a água. Fatores biológicos como a demanda bioquímica de oxigênio(DBO) e a demanda química de oxigênio(DQO) são reduzidas devido a presença do poluente, causando a eutrofização do ecossistema(Berti et al, 2009) Essa eutrofização faz com que ocorra um crescimento de algas, que acabam utilizando do oxigênio disponível, ocasionando gradativamente a perda da biodiversidade do ambiente aquático.
3.2 Agrotóxicos
Fertilizantes são utilizados comumentes na agricultura moderna, o grande cuidado que se deve ter ao escolher qual aplicar, é no composto do mesmo. Segundo SANCHES et al (2003) as partículas de alta resistência, ou seja aquela que apresenta uma baixa taxa de degradação, podem ser levadas aos lençóis freáticos a partir do processo de lixiviação. Se o terreno não possuir cobertura vegetal, ou a mesma estiver em fase de crescimento, a probabilidade de uma contaminação é maior (Veiga et al, 2006) isso ocorre porque a cobertura vegetal consegue reter uma parte do contaminante. Os agrotóxicos mais comuns utilizados na agricultura brasileira são os inseticidas, que agem no controle de insetos, os herbicidas que agem no controle de ervas daninha e os rodenticidas que combatem os roedores, dentro de cada categoria de agrotóxicos existem os que são possuem compostos menos contaminadores e os que têm maior potencial poluidor.
3.3 Esgoto doméstico
O tratamento correto do esgoto doméstico evita que o processo de poluição dos corpos hídricos ocorreram, porém devido a grande quantidade de cidades brasileiras com situações precárias de saneamento básico, faz com que esse esgoto doméstico, seja despejado de forma incorreta, acarretando em um aumento da matéria orgânica nos corpos, gerando um processo de eutrofização, que segundo(HUTCHINSON, 1957)é um fenômeno associado ao aumento excessivo da produção de biomassa de produtores primários, geralmente causada pela elevada concentração de nutrientes (apud MACEDO e TAVARES, p.2. 2010). Ocasionando como supracitado uma criação excessiva de algas e alterando a cor da água para um tom verde, esse processo acaba acarretando a depredação da biodiversidade, tanto animal, quanto vegetal do corpo hídrico.
3.4 Petróleo
A extração do petróleo é um grande debate, devido a alta capacidade de poluir em poucos instantes. Assim como dito por óleos e graxas, ele cria uma camada entre a água e o ar atmosférico, que impede a passagem de oxigênio para o ambiente aquático, impedindo que os peixes e mamíferos possam respirar, além que impede com que haja passagem de luz para o corpo, afetando os plânctons no seu processo de fotossíntese, assim fazendo com que a biodiversidade vegetal diminuia. A contaminação também afeta aves que ficam cobertas pelo óleo, impossibilitadas de voar, ou regular a sua temperatura corporal, o mesmo que ocorre ao mamíferos. O vazamento tem que ser controlado rapidamente para que a contaminação não se espalhe, assim devido a alguns acidentes, órgãos ambientais e ongs vêm lutando para que a legislação de extração do petróleo seja cada vez mais rigorosa, para que possa se evitar contaminações.
4 NORMAS DE UTILIZAÇÃO DE ÁGUA PARA ABASTECIMENTO URBANO
Segundo a Portaria nº 2914 DE 12/12/2011 do Ministério da Saúde, toda água de consumo humano e distribuída para a população, por meio de sistema ou solução alternativa de abastecimento, deve ter o controle e vigilância da qualidade da água e cabe à Secretaria de Saúde Municipal exercer a vigilância bem como inspecionar o controle da água produzida e distribuída (BRASIL, 2011).
Em Cascavel o abastecimento público de água é feito pela empresa SANEPAR, através da captação superficial dos rios Cascavel, Peroba e Saltinho, Bacia do Baixo Iguaçu, e também com captação subterrânea de 15 poços, com profundidade superior a 114 metros, do Aquífero Serra Geral, sendo que a rede de abastecimento de água tratada está disponível para 100% da população urbana (SANEPAR, 2015).
Cabe ao responsável pela produção e distribuição da água à população, manter a qualidade da água distribuída dentro dos padrões de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde, no que diz respeito ao padrão microbiológico, analisando a presença de coliformes totais, que é um indicador utilizado para medir contaminação por bactérias provenientes do meio ambiente e E. Coli, que indica a presença de bactérias de origem animal, conforme o Quadro 01 (BRASIL, 2011; SANEPAR, 2015).
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Tabela 01: Padrão Microbiológico de água para consumo humano.
Fonte: Portaria MS Nº 2914 DE 12/12/2011.
Para garantir a qualidade microbiológica da água, deve-se também atender o padrão de turbidez (Tabela 02), que ocorre devido às partículas em suspensão deixando a água com aparência turva, efetuando-se análise mensal (MS, 2011; SANEPAR, 2015).
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Tabela 02: Padrão de turbidez para água pós-filtração ou pré-desinfecção.
Fonte: Portaria MS Nº 2914 DE 12/12/2011.
Os valores de Cloro
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