Sistema de drenagem

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INTRODUÇÃO

O crescimento e a expansão da população urbana, nas últimas décadas tem se definido por um ritmo particularmente acelerado, e com esse efeito resultou na criação de profundas alterações no ciclo hidrológico natural e movido a sucedidas situações ameaçadoras da evolução equilibrada do habitat humano. Podemos citar algumas situações, tais como:

- O sub-dimensionamento de dispositivos interceptores de águas pluviais, principalmente dos sumidouros de grades e das sarjetas de passeio, com resultantes inundações. Não aproveitamento total da capacidade de transporte dos sistemas de drenagem enterrados;

- A entrada constante em funcionamento de descarregadores de tempestade, com a descarga de caudais para o meio ambiente e acréscimo de poluição dos meios receptores;

- Descarga de escorrências pluviais caídas em zonas pavimentadas, em meios receptores sensíveis.

- E a conduta hidráulica defeituosa das redes de drenagem pluvial, devido ao subdimensionamento e obstruções das seções de escoamento, com resultantes entradas em carga de colectores e inundação dos pontos baixos das bacias drenadas;

A obtenção de consciência dessas situações acima trouxe uma intensa alteração dos conceitos de dimensionamento e análise dos equipamentos urbanos de drenagem, ampliando a própria concepção e cálculo dos sistemas, de maneira a um ajuste adequado às formas diversificadas de crescimento urbano e de ocupação do solo.

Os pontos quantitativos da drenagem pluvial formam, no entanto, uma fração do domínio da hidrologia urbana, atribuindo a importância progressiva de todos os aspectos relativos com a gestão da água e da análise dos aspectos de qualidade relacionados com a negação de cargas poluentes veiculadas pelas águas pluviais.

Os sistemas de drenagem podem ser classificados em relação as suas dimensões, em sistemas de microdrenagem, também são denominados de sistemas iniciais de drenagem, e de macrodrenagem.

A microdrenagem engloba o afastamento e a coleta das águas subterrâneas ou superficiais por meio de pequenas e médias galerias, fazendo parte ainda do sistema todos os componentes do projeto para que possa ocorrer. A macrodrenagem contém, além da microdrenagem, as galerias de grande dimensão (D > 1,5m) e os corpos receptores tais como rios canalizados e canais.

Este projeto tem como objetivo principal abordar sobre instalações atribuídas à drenagem urbana do bairro João Wincler, na cidade de Xanxerê-SC, na qual consiste em um conjunto de medidas que tem como o propósito reduzir os impactos consequntes pelas intemperes (chuvas), tais como construções de uma serie de galerias, bocas de lobos e tubulações, com o objetivo de levar as águas pluviais e levá-la para um córrego determinado ou um rio e assim minimizar os prejuízos causados por inundações, e proporcionar o desenvolvimento urbano de forma harmônica, sustentável e articulada. Isto é, a drenagem é o gerenciamento da água da chuva que passa no meio urbano.

Tem conhecimento que o estudo da viabilização hidráulica tem uma ampla importância, porque através dele podem-se calcular a dimensão das redes pluviais, dando um fim apropriado para água da chuva, com o objetivo de evitar alagamentos, sendo assim possibilitando uma melhor qualidade de vida aos moradores locais, fluência no transito no local e contribuindo com o meio ambiente.

1. CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE ESTUDO

O memorial atual tem como objetivo retratar o terreno onde será executado um projeto de drenagem urbana, situado no bairro João Wincler, na cidade de Xanxerê/SC.

A zona de estudo é denominada como uma área de densidade baixa, isto é, possui residências e comércio de médio porte e a movimentação de pedestre e veículos não é alta. É uma zona, na qual em sua redondeza possui bastante área verde, é perto de uma rodovia e de um aeroporto, por conta disso faz com que a sua movimentação seja maior. Esta é uma imagem de satélite do local de projeto (Figura 1).

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Figura 1: Mapa da área estudada no projeto

Situado em uma sub bacia do Rio Uruguai. Com uma área de 3668264,93 m², e comprimento de talvegue de 3286,36 metros, que apresenta um fator de forma (Kf) de 0,33, que indica uma menor tendência a enchentes na região, e um coeficiente de compacidade de 1,23 o que nos ajuda concluir que o risco de cheias é baixo.

O projeto abrange as ruas do bairro João Winckler e o objetivo é canalizar a água da chuva através de galerias para que ela chegue até um ponto que possa ser dada o seu destino. Esta é uma região de zona mista de baixa densidade, ou seja, possui residências e comercio de pequeno porte, com baixa movimentação de pedestres e veículos.

A área delimitada para realização do projeto de drenagem urbana será de 19,45 hectares.

2. CARACTERÍSTICA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO (DEFINIÇÃO DO C)

O coeficiente de Runoff é definido como a razão entre o volume de água escoado superficialmente e o volume de água precipitado. Esse coeficiente pode ser relativo a uma chuva isolada ou relativo a um intervalo de tempo aonde várias chuvas ocorreram.

C = volume total escoado / volume total precipitado

Sabendo o coeficiente de Runoff para uma certa chuva intensa de uma certa duração, podemos determinar o escoamento superficial de outras precipitações de intensidades diferentes, desde que a duração seja a mesma.

A área do projeto que é a do bairro João Winckler caracteriza-se por edificações não muito densas, edificações com poucas superfícies livres. Pode ser definido como: 0,50

3. ESTUDO DAS CHUVAS INTENSAS

Para o cálculo de intensidade de chuvas, usamos a equação IDF de Chapecó, na qual é um município situado a mais ou menos 45 km de Xanxerê. Com uma população aproximadamente de 206000 habitantes, na inserção da bacia hidrográfica do rio Uruguai, cujo curso define a divisa com o estado do Rio Grande do Sul, sua extensão territorial é estimada em 626.060 km².

Abaixo está o trajeto entre a cidade de Xanxerê e Chapecó (figura 2).

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Figura 2: trajeto entre Xanxerê e Chapecó.