Produção de Espinafre da Nova Zelândia
Por: Rodrigo.Claudino • 14/3/2018 • 1.907 Palavras (8 Páginas) • 280 Visualizações
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MATERIAL E MÉTODOS
O espinafre foi plantado na área experimental da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus de Chapecó, SC, o qual tem localização 27°07’09’’ de latitude Sul e 52°42’28” de longitude Oeste, sua latitude é de 610 metros.
O clima da região é do tipo Cfa, segundo a classificação de Köeppen, ou seja, subtropical úmido mesotérmico, verões quentes e invernos apresentando geadas freqüentes, com tendência de concentração das chuvas nos meses de verão, sem estação seca definida (DENARDIN apud SANTA CATARINA, 1991).
O cultivo foi realizado em canteiros, mais especificamente em um com 1,20 metros de largura e 3 metros de comprimento, totalizando 3,6 metros quadrados, tais medidas também correspondem às proporções da encanteiradeira que será usada.
O primeiro passo quando se pensar em plantar qualquer cultura e ter em mãos o histórico da área, desta forma é possível saber se já houve alguns cultivos de plantas da mesma família e que possivelmente poderá deixar doenças que poderão atacar a nova cultura. Neste caso usaremos uma aérea onde nunca foi plantado nenhum tipo de hortaliças, prevenindo assim possíveis patógenos.
O passo seguinte é verificar quais as exigências da planta, como pH, drenagem do solo, tipo de solo, e outros fatores. Com base nisso deve ser realizada uma analise do solo, para que se possa corrigir o pH de acordo com o que a planta melhor se desenvolve. O espinafre requer um solo com pH entre 6 e 7,5, saturação de bases do solo aproximada de 80% e teor de magnésio próximo de 9 cmolc/dm³, não sendo necessário a correção do solo da área experimental, pois o mesmo possui pH entre 5,9 à 6,2 e saturação de bases 73,92%.
Com o solo pronto é chegada à hora de escolher a cultivar, nós utilizaremos o Espinafre da Nova Zelândia, pois a mesma é mais bem adaptada a região. A propagação ocorrerá por sementes, as quais serão semeadas em bandejas, onde serão produzidas as mudas, para que a germinação ocorra mais rapidamente as sementes foram colocadas imersas na água e posteriormente colocada na geladeira por 1 dia. O substrato que será utilizado deverá conter todos os nutrientes que a planta necessita para ter seu desenvolvimento inicial sem problemas.
O transplante foi realizado quando as mudas estiverem com três a quatro folhas verdadeiras, não é estipulado um tempo em dias, pois a germinação pode variar de duas até três semanas. O espaçamento das mudas no transplante deve ser de 30 a 40 centímetros, neste caso utilizaremos 30 cm entre plantas e 30 cm entre filas, totalizando assim 40 plantas. Desde o momento da semeadura até a colheita a irrigação do espinafre deve ser realizada cuidadosamente, pois o solo precisa ficar molhado, mas não encharcado, neste caso usaremos a irrigação manual, com o uso de regadores, será realizada uma irrigação por dia, para manter a umidade utilizaremos uma cobertura morta de tifton, gigs e amendoim forrageiro.
A fertilização do canteiro após o transplante foi feita usando de 30 a 40 gramas de sulfato de amônia ou nitrocâlcio por metro quadrado.
A principal doença do espinafre é a cercosporiose, causada por Cercospora tetragoniae, é uma doença que ocorre com bastante frequência, no entanto não é muito severo. Os sintomas são caracterizados por manchas circulares e amarronzadas nas folhas, com o centro deprimido e de coloração acinzentada. O patógeno é disseminado pelo vento, em climas com alta umidade e temperatura altas o ocorrência desta doença é mais frequente. Seu controle pode ser realizado destruindo os restos culturais após a última colheita, não iniciar o cultivo próximo a lavouras velhas, adotar sistemas que não promova o molhamento foliar, fazer rotações de culturas e utilizar fungicidas cúpricos como a calda bordalesa (EMBRAPA, 2010).
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RESULTADOS E DISCUSSÕES
Durante a execução do projeto ocorreram alguns problemas como a não germinação das sementes nas bandejas e a geada que matou os espinafres antes de se obter uma produção.
A semeadura foi realizada em uma bandeja, a qual foi coloca em uma estufa, mesmo com a quebra de dormência realizada as sementes não germinaram, um dos possíveis motivos da não germinação é que a estufa era muito baixa, o que proporcionava temperaturas muito altas, secando muito rápido o substrato, ambas as situações não propiciam a germinação do espinafre.
A segunda semeadura foi realizada diretamente no canteiro, no dia 18 de abril de 2016, e desta vez após uma e semana e meia as sementes já haviam germinado, no entanto o potencial germinativo foi baixo, tal fato pode ser explicado pelo potencial germinativo das sementes ser baixo, em torno de 80%.
Como o espinafre é uma hortaliça que não dispõe de grandes exigências nutricionais não foi realizado nenhum tipo de adubação, seria apenas feita a cobertura de solo com tifton, gigs e amendoim forrageiro.
A irrigação foi feita diariamente e manualmente, este manejo para o espinafre se faz de grande valia uma vez que o espinafre precisa de solo úmido para um ótimo desenvolvimento.
O controle de plantas daninhas foi realizado manualmente, arrancando as plantas invasoras, isso foi possível porque a área do canteiro era pequena, no entanto se a produção fosse em uma área maior a cobertura verde desde o inicio da produção poderia contem a incidência destas plantas sobre o canteiro.
O controle sobre os inseto-praga principalmente Diabrótica speciosa foi feito através da eliminação das plantas hospedeiras aos arredores do canteiro (nabos), e também controle manual matando os insetos encontrados, caso a produção estivesse sendo realizada em uma área grande o uso de plantas repelentes poderia se tornar um controle alternativo eficiente.
A colheita do espinafre é iniciada após 60 a 70 dias após a semeadura, produzindo aproximadamente 40 a 50 molhos por 10m2, no entanto não foi possível realizar a colheita dos mesmos, pois geadas mataram todas as plantas do canteiro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
AZEVEDO, F. L. A. Valor nutricional, capacidade antioxidante e utilização de folhas de espinafre (Tetragonia tetragonoides) em pó como ingrediente de pão de forma. Universidade Federal de Paraíba, João Pessoa, PB. 2012.
BISCARO, A. G. et al. Produtividade e análise econômica da cultura do espinafre em
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