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O Empreendedorismo

Por:   •  31/8/2018  •  3.602 Palavras (15 Páginas)  •  245 Visualizações

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O empreendedorismo tradicional, inovador ou não, é medido e testado pela sua capacidade de criar organizações com fins lucrativos, viáveis e sustentáveis ao longo do tempo. Já o empreendedorismo social deve ser testado pela sua capacidade de provocar mudança social duradoura, conforme pensamento de Alvord, Brown e Letts (2004). Trata-se de um processo caracterizado pelo aumento do nível de conhecimento e consciência da comunidade, mudanças de valores das pessoas sensibilizadas e encorajadas em sua autoestima. Processo que estimula o aumento da participação em ações empreendedoras locais, aumento do sentimento de conexão das pessoas com sua cidade, terra e cultura, e o surgimento de novas ideias. Inclusive de alternativas sustentáveis para o desenvolvimento, inclusão social, maior autossuficiência e melhoria da qualidade de vida dos habitantes e da comunidade (MELO NETO e FROES, 2002).

O empreendedorismo social pode ter diferentes abordagens. Pode ter foco na combinação de viabilidade comercial com transformação social gradual, tanto partindo de ONGs que criam subsidiárias comerciais quanto de empresas privadas que apoiam programas de geração de renda. Pode ter foco na inovação social e no impacto social desta inovação, com menor atenção para a viabilidade econômica das iniciativas. Pode ainda focar na catalisação de transformação social, com pequenas mudanças no curto prazo se transformando em grandes mudanças em prazos maiores (ALVORD, BROWN e LETTS, 2004).

Para Dees (1998) o termo empreendedorismo social significa coisas diferentes para pessoas diferentes, o que pode muita das vezes gerar confusões. Dees (1998) afirma que muitas pessoas associam o empreendedorismo social às organizações sem fins lucrativos que dão início a uma atividade lucrativa. Já outras, usam o termo para descrever qualquer pessoa que possua uma organização sem fins lucrativos.

Para Brinckerhoff (2000, p. 11):

O centro do empreendedorismo social é uma boa administração. [...] os empreendedores sociais são pessoas que estão constantemente procurando novas maneiras de servir seus colaboradores e adicionar valor aos serviços existentes. [...] os empreendedores sociais devem: a) estar dispostos a correr riscos razoáveis em favor das pessoas as quais a organização serve; b) entender a diferença entre precisar e querer; c) entender que todos os recursos alocados são realmente investimentos administrados; d) pesar o retorno social e financeiro de cada um dos investimentos; e, e) sempre possuir uma missão, mas saber que sem dinheiro, não há missão que se conclua. (BRINCKERHOFF, 2000, p. 11).

Segundo Rouere e Pádua (2001) os empreendedores sociais são inovadores cujo protagonismo na área social produz desenvolvimento sustentável, qualidade de vida e mudança de paradigma de atuação em benefício de comunidades menos privilegiadas. Os empreendedores sociais são aqueles que criam valores sociais por meio da inovação e da força de recursos financeiros, independente da sua origem, visando ao desenvolvimento social, econômico e comunitário. Assim, o empreendedorismo social é conduzido por duas fortes correntes: primeiramente, o desejo social natural muda frequentemente os benefícios de uma inovação, de uma organização empreendedora e de uma organização baseada na solução. Em segundo lugar, a sustentabilidade da organização e a diversificação dos seus serviços requerem capital, frequentemente incluindo a criação de lucro ou uma sociedade com organizações lucrativas. (VIEIRA, 2001).

Melo Neto e Froes (2002) apresentam o empreendedorismo social como um paradigma emergente de um novo modelo de desenvolvimento: um desenvolvimento humano, social e sustentável. Para os autores, muda-se o foco do negócio, que tem nas empresas, sobretudo nas grandes transnacionais e nas grandes instituições financeiras, o seu principal eixo de atuação, para o negócio do social, que tem na sociedade civil o seu principal foco, e na parceria envolvendo comunidade, governo e setor privado. Para os autores citados, a comunidade autossustentável será viabilizada através do fomento de ações empreendedoras de cunho social e de novas estratégias de inserção social e de sustentabilidade. Uma comunidade “empoderada” é terreno fértil para a criação, o gerenciamento e o desenvolvimento de empreendimentos. Portanto, as ações de empoderamento proporcionam uma base econômica capaz de assegurar o surgimento de novos empreendimentos, bem como sua sustentabilidade.

De acordo com Dornelas (2008) o empreendedor social tem um forte desejo de mudar o mundo, criando assim, oportunidades para aqueles que não têm acesso às mesmas, ou seja, o empreendedorismo social visa construir um mundo melhor para as pessoas.

De forma a ser entendida, pode-se colocar que o empreendedorismo social visa o trabalho coletivo e não individual, seus produtos e serviços são destinados a comunidade, seu foco é na busca de soluções para os problemas sociais causando assim um desempenho de impacto social e visa sempre respeitar e ajudar as pessoas da sociedade que se encontram em situação de risco promovendo-as ao convívio em sociedade.

2.1 Características do empreendedor social

Segundo Dornelas (2010), empreendedor é um indivíduo que apresenta características como:

Iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz utilização de recursos disponíveis de forma criativa transformando o ambiente social e econômico, que tem potencial para saber os riscos calculados e a possibilidade de fracassar. Ou seja, o empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização.

O empreendedorismo social apresenta basicamente as mesmas características, sendo que, de acordo com Oliveira (2004), a ideia de empreendedorismo social tem que apresentar algumas características fundamentais.

A primeira é ser uma ideia inovadora, a segunda uma ideia que seja realizável, terceiro que seja autossustentável, quarto que envolvam várias pessoas e segmentos da sociedade, principalmente a população atendida, quinto que provoque impacto social e que possa ser avaliada os seus resultados. Os passos seguintes é colocar esta ideia em prática, institucionalizar e gerar um momento de maturação até ser possível a sua multiplicação em outras localidades, criando assim um processo de rede de atendimento ou de Franquia Social, e até se tornando em política publica.

Podemos destacar como objetivos dos empreendedores sociais:

- Elaborar

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