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CULTIVO DE PALMA FORRAGEIRA SOB DIFERENTES LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO COM ÁGUA SALINA ASSOCIADA A DIFERENTES TURNOS DE REGA

Por:   •  26/9/2018  •  2.499 Palavras (10 Páginas)  •  365 Visualizações

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Trabalhos com a utilização de água salina na irrigação de palma forrageira na região semiárida são escassos. Neste contexto, pesquisas com irrigação com água salina é de extrema importância, pois, além do aproveitamento de água de qualidade inferior, promove o maior rendimento da cultura.

2. JUSTIFICATIVA

A região semiárida é caracterizada por baixa quantidade e irregularidades das precipitações pluviométricas durante o ano. Isso dificulta o manejo de animais ruminantes em determinada época, pois limita a produção de pastagens naturais de qualidade nutricional para suprir a necessidade alimentar desses animais (ALMEIDA, 2011).

Uma das formas de conviver de forma sustentável nesta região é investir no plantio e condução da palma forrageira (Opuntia fícus-indica Mill), pois é uma cultura de grande importância, devido a sua adaptação às condições edafoclimáticas da região semiárida e por ser uma excelente fonte de alimentação animal no período de escassez de outras forragens.

Apesar de toda sua importância, a palma ainda é cultivada de forma indiscriminada pelos produtores, com baixa adoção de práticas agrícolas adequadas para um maior desenvolvimento da cultura, principalmente no que se refere ao manejo da cultura.

Tendo em vista a importância da palma forrageira para suprir as necessidades nutricionais dos animais no período de baixa disponibilidade de outros alimentos, torna-se de grande importância a adoção de tecnologias que permitam uma produção mais eficiente desta forrageira.

Por isto, a utilização da técnica de irrigação pode ser uma alternativa viável para aumentar o desenvolvimento da palma nas propriedades rurais com criação de animais. Considerando a predominância de águas salinas na região semiárida, sua utilização na irrigação seria uma alternativa altamente viável para produção dessa forragem.

Desta forma, irrigação com água salina da palma pode contribuir de forma significativa, com aumento da disponibilidade desta forrageira para alimentação animal e diminuir a dependência do agricultor com gastos para adquirir outras forragens.

De forma geral, estudos utilização de água salina na irrigação da palma forrageira são escassos, o que torna a pesquisa nesta área imprescindível. Esta estratégia de irrigação torna-se fundamental na região semiárida, pois promove a inserção de uma água de qualidade inferior na pequena propriedade, favorece o desenvolvimento das plantas, aumentando assim a produtividade da palma, tornando o sistema produtivo mais sustentável e economicamente viável.

3. OBJETIVOS

3.1 GERAL

Avaliar o desenvolvimento e rendimento de palma forrageira submetida à irrigação com diferentes lâminas e turnos de rega utilizando água salina.

3.2 ESPECÍFICOS

Avaliar o efeito das diferentes lâminas de irrigação e dos turnos de rega no rendimento e nas variáveis de crescimento de palma forrageira: altura da planta, número de cladódios por planta, comprimento, largura e área de cladódios e o índice de área do cladódio.

- Avaliar a influência das diferentes lâminas de irrigação e dos turnos de regas nas características bromatológicas da palma: matéria seca (MS), cinza, proteína bruta (PB), proteína insolúvel em detergente neutro (PIDN), proteína insolúvel em detergente ácido (PIDA), extrato etéreo (EE), carboidratos totais (CT), carboidratos não fibrosos (CNF), CNF corrigido para cinza e proteína (CNFcp), fibra em detergente neutro (FDN), FDN corrigido para cinza e proteína (FDNcp), fibra em detergente ácido (FDA), hemicelulose, celulose, lignina, e nutrientes digestíveis totais (NDT).

- Avaliar a influência das lâminas e dos turnos de rega na extração/exportação de nutrientes.

- Avaliar os atributos químicos do solo em função das lâminas de irrigação e dos turnos de rega.

4. METODOLOGIA DA PESQUISA

O experimento será conduzido em área experimental do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Baiano - Campus Guanambi, localizado no Município de Guanambi, Micro Região da Serra Geral, Sudoeste da Bahia, com latitude de 14°1330 sul, longitude de 42º4653 oeste de Greenwich, altitude de 525 m, precipitação de 664 mm e temperatura média de 26ºC .

A palma forrageira utilizada será a (Opuntia fícus-indica Mill) cultivar Gigante. O experimento será em blocos casualizados com sete tratamentos: T1, sem irrigação; T2, 7% da evapotranspiração de referência (ETo) com turno de rega (TR) de 15 dias; T3, 15% da ETo com TR de 7 dias; T4, 33% da ETo com TR de 3 dias; T5, 50% da ETo com TR de 2 dias; T6, 100% da ETo irrigado diariamente e, T7, 5 litros de água por metro linear a cada 15 dias, ambos os tratamentos com 4 repetições, totalizando 28 unidades experimentais. Cada unidade experimental será constituída de três fileiras de plantas com 8 m de comprimento, em que as plantas úteis serão utilizadas aquelas localizadas nas três fileiras e nos 4 metros centrais.

A água utilizada nos tratamentos T2 a T6 apresenta condutividade elétrica (CEa) de 3,2 dS m-1, com classificação C4S1 e, a água utilizada no tratamento T7 apresenta CEa de 0,64 dS m-1, com classificação C2S1.

Antes do início do experimento, será coletada uma amostra de solo para posterior caracterização físico-química conforme metodologia da Embrapa (1997).

A área para implantação do experimento receberá uma aração e uma gradagem para posterior plantio. Os sulcos de plantio serão feitos com sulcador a uma profundidade de 20 cm onde serão acomodados os cladódios. Será realizado o plantio de palma gigante no espaçamento de 0,10 m entre plantas e 1 m entre fileiras, dispostas em fileiras triplas, espaçadas 3,0 m uma da outra.

Será realizada adubação orgânica de fundação com aplicação da dose de 30 ton ha-1, e outra adubação de cobertura após o plantio com a dose de 60 ton ha-1, totalizando 90 ton ha-1 no momento de implantação da cultura. Na implantação também será realizada uma adubação química com a aplicação 300 Kg ha-1 de K2O utilizando como fonte o cloreto de potássio e 150 Kg ha-1 de P2O5 utilizando como fonte superfosfato simples.

As duas águas utilizadas serão provenientes de poços tubulares. As linhas principais e de derivação para ambas as águas serão de PVC

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