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Resenha Filme Belle de Jour

Por:   •  5/5/2018  •  940 Palavras (4 Páginas)  •  347 Visualizações

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mesmo que reprimidos, estão muito presentes em nossas vidas, assim como eram muito presentes na vida de Séverine. Esses conteúdos se revelam nos desejos, temores ou ideias preconcebidas que não sabemos exatamente de onde vêm, que não foram escolhas nossas e que simplesmente se manifestam.

Outra questão que o filme traz é o quanto os acontecimentos da infância influenciariam na vida adulta. Séverine tem lembranças ou alucinações que mostram que ela pode ter traumas infantis, que pode ter sido abusada sexualmente quando criança. Segundo o psicólogo francês Alfred Binet (1887), a perversão seria causada por um acontecimento vivido na infância. E sendo assim, as fantasias sexuais e fetiches de Séverine são considerados manifestações de perversões sexuais, visto que há um desvio da finalidade das necessidades genitais, que é a de reprodução da espécie. Dessa forma, o fetiche não seria considerado normal, pois se fixa exclusivamente no prazer do órgão.

Um fato curioso é que em 2006 o diretor Manoel de Oliveira retoma a história do filme "Belle de Jour" com o filme “Belle Toujours”. No filme, depois de 38 anos, Séverine, já viúva, e Henri se reencontram, mas os mistérios do filme continuam não sendo revelados. O que nos faz pensar que as verdadeiras obras de arte não tem uma explicação correta ou um desfecho obvio.

Sendo assim, cada expectador interpreta Belle de Jour de acordo com sua subjetividade e o filme toca cada um de uma forma diferente. Mas causa desconforto a todos, já que põe a prova os valores morais, éticos e religiosos da sociedade e nos faz refletir sobre os nossos próprios lados obscuros e reprimidos.

Bibliografia

Ana Bock, Odair Furtado, Maria de Lourdes Teixeira (2009). Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia

Sigmund Freud (1900). A interpretação dos sonhos

Valas, P. (1990). Freud e a perversão. Jorge Zahar Editor.

Coutinho Jorge, Marco Antonio (1988). Sexo e Discurso em Freud e Lacan.

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