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O Empreendedorismo Feminino

Por:   •  4/10/2018  •  7.356 Palavras (30 Páginas)  •  258 Visualizações

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Neste aspecto, percebe-se a ascensão da mulher e, juntamente com esta conquista, veio o equilíbrio de sua capacidade técnica em relação às competências masculinas. No entanto, este equilíbrio é ainda bastante subjetivo. Apesar do discurso atualmente dito sobre as habilidades da mulher, existe, ainda, muito preconceito, principalmente quando se fala em remuneração. Grande parte das empresas define-se como híbridas, onde as oportunidades são iguais para os dois sexos, mas na prática, a situação é diferente.

Assim, o panorama atual contribuiu para o crescimento de uma nova demanda: a mulher empreendedora. Esta nuance tem crescido expressivamente sob dois contextos considerados particulares e fundamentais, sendo o primeiro deles a necessidade da mulher de sustentar a família, principalmente aquelas que criam seus filhos sem o apoio de um marido, e o segundo relacionado àquelas que não obtiveram a valorização adequada no mercado, principalmente em empresas privadas.

Atualmente, o empreendedorismo feminino não se trata mais de uma novidade, mas, sim, de um assunto que chama a atenção, em especial, pela forma peculiar da mulher em lidar com os negócios. A sensibilidade, fragilidade, intuição, compreensão, flexibilidade, justiça entre outras qualidades inerentes a esse gênero associaram-se à rapidez, à praticidade, à competitividade e à força, antes vistas como características intrínsecas aos homens. E é justamente esta junção de especialidades que tornam o trabalho da mulher algo único, o qual lhes proporciona a capacidade de realizar todos os tipos de tarefas, ainda que estas tenham sido historicamente associadas ao sexo oposto. O público feminino consegue provar que é capaz de fazê-lo com a mesma qualidade, e muitas vezes, até melhor.

Dessa forma, o desenvolvimento deste estudo faz-se admirável para a constatação empírica de tópicos discutidos em sala de aula, visto que se sabe, num contexto histórico, sobre o longo percurso encarado pela mulher, no intuito de assegurar seu reconhecimento não apenas no papel de esposa, como, também, de indivíduo economicamente ativo.

Além disso, esta pesquisa propõe uma percepção por parte das organizações em relação às competências femininas e sua singularidade, o que sugere, então, uma melhor valorização do seu trabalho.

O estudo sugere, ainda, uma alternativa profissional, no sentido de ampliar as opções de atuação conforme cada formação acadêmica, principalmente para quem planeja formar o próprio negócio e, de fato, empreender.

Nesse contexto, o objetivo geral desta pesquisa é identificar os desafios enfrentados de acordo com as vivências diárias das mulheres empreendedoras da Associação das Mulheres Empreendedoras – AME, do município de Betim.

Os objetivos específicos são:

- Mapear o perfil das mulheres pesquisadas;

- Conhecer as características profissionais do empreendedorismo feminino;

- Verificar o nível de realização pessoal e profissional deste público;

- Analisar o empreendedorismo feminino num paralelo ao papel de esposa e mãe.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Este capítulo divide-se em duas partes. A primeira delas traz conceitos e abordagens sobre a Gestão de Pessoas, e a segunda apresenta a visão de diversos autores sobre o Empreendedorismo e, por conseguinte, as nuances deste fenômeno em relação ao público feminino.

2.1 Gestão de Pessoas

Entre as subdivisões das empresas, existe um departamento cuja especificidade era, a princípio, basicamente contratar e desligar funcionários, resolver questões relacionadas a férias, pagamentos de salários e organização de horários. Este, então, era o Departamento Pessoal, popularmente designado como DP.

Posteriormente, o termo foi alterado, e passou a ser denominado como Departamento de Recursos Humanos, ou simplesmente RH. Essa nova expressão passou a ser utilizada com base na visão que as organizações adquiriram sob o departamento, considerando os empregados mais um dos recursos necessários à rotina de trabalho. De acordo com Campos (2013) “a denominação de Recursos Humanos (RH) trouxe uma nova postura, mais aberta e dinâmica, em relação aos funcionários, considerando-os como o mais importante recurso organizacional.”

Com o tempo, termo passou a ser utilizado pelas as empresas como um todo e ganhou popularidade. Contudo, mais uma vez, a designação começou a gerar controvérsias, em vista das funções englobadas por este setor.

Sob a ótica humana, “Recursos Humanos” não se apresentava como um vocábulo apropriado, em função da palavra “recurso”. Neste sentido, afirma Campos:

A utilização do termo recurso causa certa aversão, uma vez que pode-se entender esta nomenclatura como algo que designa meio, expediente de que se lança mão para alcançar um fim ou ainda auxílio. (CAMPOS, 2013).

E conclui:

A partir dessa definição, considerar pessoas como um recurso, isto é, um meio para se alcançar metas, lucros e resultados, deve ser revisto, lembrando que antes de ser um meio esse recurso é um ser humano. (CAMPOS, 2013).

Ainda conforme a autora, “na década de 90, fruto da queda do muro de Berlim, do fim da Guerra Fria e do abalo das ideologias, o renascimento do indivíduo liberal trouxe consigo a multiplicação das críticas à visão de pessoa como recurso.” (CAMPOS, 2013).

Este cenário, bem como a interferência cada vez mais visível do então RH nos demais setores organizacionais, contribuiu para a reflexão da necessidade de algo que realmente designasse o que, fato, representa o departamento no contexto corporativo.

Deste modo, nesta última década, os Recursos Humanos vêm recebendo, em diferentes organizações, denominações e definições distintas, em decorrência das indispensáveis mudanças, incluindo o surgimento de novas filosofias, modos de pensar, modelos e visões para com os seres humanos. (CAMPOS, 2013)

A autora enfatiza, também, que há empresas que alteraram a nomenclatura do RH para Talentos Humanos (TH), Gestão de Talentos (GT), Capital Humano (CH) ou Capital Intelectual (CI). O destaque para estas definições está no objetivo que, independente de qual delas seja utilizada, é único: administrar de uma única maneira, em parceria com as pessoas, que saem daquele mero papel de recurso empresarial, reconhecendo

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