O Antipsicóticos
Por: Rodrigo.Claudino • 12/12/2018 • 1.499 Palavras (6 Páginas) • 318 Visualizações
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Sobre sua farmacocinética e farmacodinâmica, os antipsicóticos possuem Biodisponibilidade oral de 25% (Clorpromazina) a 65% (haloperidol), a lipossolubilidade é alta, sendo a ligação à proteínas de alto volume de distribuição e alta afinidade aos receptores, o que traduz uma ação mais longa que a estimada pela meia-vida.
São altamente metabolizados e não formam metabólitos ativos importantes. Atuam no bloqueio de uma ampla gama de receptores, estes são os Adrenoreceptores, receptores muscarínicos, receptores histamínicos H1, receptores de serotonina e receptores da dopamina.
Nos Sistemas dopaminérgicos, agem pela via Mesolímbica-mesocortical mediando ações no comportamento. Pela via Nigroestriatal resultam na manutenção do movimento voluntário, na via Tuberoinfudibular age inibindo a secreção de prolactina e na Medula-periventricular atua no nervo motor vago.
Ainda, os fármacos antipsicóticos agem como antagonistas da dopamina, ou seja, bloqueiam a dopamina no sistema mesolímbico e mesocortical, atuando sobre os sintomas positivos e negativos. No Receptor dopaminérgico acontece a ativação do receptor D2 que aumenta atividade motora e alteração de comportamento.
No que diz respeito à atuação nas sinapses e seu mecanismo de funcionamento, os antipsicóticos são medicamentos inibidores das funções psicomotoras, a qual pode encontrar-se aumentada em estados, por exemplo, de excitação e de agitação. Paralelamente eles atenuam também os sintomas neuro-psíquicos considerados psicóticos, tais como os delírios e as alucinações. São substâncias químicas sintéticas, capazes de atuar seletivamente nas células nervosas que regulam os processos psíquicos no ser humano. Os antipsicóticos têm sua primeira passagem pelo fígado, portanto, sofrem metabolização hepática. o uso contínuo dos antipsicóticos resulta num acúmulo progressivo no organismo, até que o nível se estabilize depois de alguns dias. O equilíbrio ideal seria atingir uma situação onde a quantidade absorvida seja igual à excretada. Neste momento ocorre chamado de Equilíbrio Plasmático.
Apesar dos neurolépticos tradicionais bloquearem ora os receptores adrenérgicos,serotoninérgicos, ora receptores colinérgicos e histaminérgicos, todos eles têm em comum a ação farmacológica de bloquear os receptores dopaminérgicos. É em relação a estes últimos que os estudos têm demonstrado os efeitos clínicos dos neurolépticos. O bloqueio dos outros receptores, além dos dopaminérgicos, estaria relacionado mais aos efeitos colaterais da droga do que aos terapêuticos.
Atualmente, uma das hipóteses mais aceitas como sendo relacionadas na patogenia da esquizofrenia fala de uma combinação de hiperfunção da dopamina e hipofunção dos glutamatos no sistema neuronal, juntamente com um envolvimento pouco esclarecido dos receptores da serotonina (5HT2) e um balanço entre esses receptores com os receptores dopamínicos (D2).
Os receptores da dopamina mais conhecidos são o D1 e o D2 (ambos pós-sinápticos), além dos receptores localizados no corpo do neurônio dopamínico e no terminal pré-sináptico. A atividade terapêutica dos antipsicóticos parece estar relacionada, principalmente, com o bloqueio da dopamina nos receptores pós-sinápticos do tipo D2.
Os antipsicóticos tradicionais, tais como a Clorpromazina e o Haloperidol, são eficazes em mais de 80% dos pacientes com esquizofrenia, atuando predominantemente nos sintomas chamados produtivos ou positivos (alucinações e delírios) e, em grau muito menor, nos chamados sintomas negativos (apatia, embotamento e desinteresse).
Duas vias, mesolímbicas e mesocorticais, são as envolvidas nos efeitos terapêuticos dos antipsicóticos. As vias mesolímbicas e mesocorticais confundem-se anatomicamente e ambas se originam no segmento ventral do mesencéfalo. A via mesolímbica inerva diversos núcleos subcorticais do Sistema Límbico: amígdala, núcleo acumbens, tubérculo olfatório e o septo lateral. A via mesocortical tem suas terminações sinápticas localizadas no córtex frontal, na parte anterior do giro do cíngulo e no córtex temporal medial.
As primeiras suspeitas de que este era o sítio da atuação terapêutica surgiram pela observação da semelhança sintomatológica entre determinadas patologias dos lobos frontais e temporais com a esquizofrenia, além da notável importância do sistema límbico nas emoções e na memória.
A dopamina liberada próxima aos capilares da circulação porto-hipofisária chega à hipófise anterior e acaba, dentre outros efeitos, por aumentar a liberação secundária de prolactina. Mais um efeito colateral indesejável.
A hipotensão, sedação e tontura, efeitos colaterais comuns aos neurolépticos tradicionais, normalmente acontecem devido à capacidade desses medicamentos bloquearem também os receptores alfa-adrenérgicos.
- quais regiões cerebrais atua e causando que efeitos, associando à(s) funções da área afetada.
Os Antipsicóticos exercem a sua acção em certas regiões do cérebro, modificando a acção dos Neurotransmissores (substâncias químicas que permitem a comunicação entre as células nervosas). Pensa-se que a causa da Esquizofrenia esteja na alteração do normal funcionamento destes Neurotransmissores. Assim, os Antipsicóticos em certa medida conseguem contrabalançar estes desiquilíbrios químicos, reestabelecendo o normal funcionamento cerebral.
Os Antipsicóticos Típicos exercem a sua acção no neurotransmissor Dopamina, bloqueando a sua acção. É desta forma que se controlam os sintomas positivos da Esquizofrenia. Os Antipsicóticos Atípicos além de bloquearem a Dopamina, bloqueiam ainda outro neurotransmissor, a Serotonina. Desta forma se explica a acção destes Antipsicóticos nos sintomas negativos da Esquizofrenia
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