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A Psicose 1988

Por:   •  12/9/2018  •  2.217 Palavras (9 Páginas)  •  256 Visualizações

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hotel resolve passar a noite. Nele encontra o administrador do local chamado Norman Bates, o rapaz é atencioso e risonho, aparenta ter um grande respeito por sua mãe e fortalece a ideia de que ela seria sua melhor amiga mesmo o tratando de forma dura. Norman convida Marion para jantar em sua casa, mas sua mãe o proíbe de leva-la até lá então o mesmo serve algo para comer em uma saleta na recepção do hotel mesmo.

Após uma conversa com o simpático, porem estranho rapaz, Marion resolve voltar ao quarto e tomar um banho, onde sem mais é esfaqueada no chuveiro por alguém que aparentava ser uma mulher dando-se a ideia que seria a mãe de Norman, apoderada de uma longa faca, sem piedade vários golpes

com a faca são disparados contra Marion matando-a. Logo Norman corre ao quarto e percebe que algo esta errado e ao entrar no banheiro vê seu sangue sobre o Box e a garota deitada com os talhos feitos pelos golpes no corpo. O rapaz com uma estranha reação de espanto e nojo retira-se para pegar equipamentos para fazer a limpeza do local e coloca o cadáver no porta-malas do carro da própria vitima, o mesmo despacha o carro em um lago que fica bem próximo do hotel.

A irmã da vítima ao dar conta de seu desaparecimento resolve procura Sam em sua loja de conveniências, e logo questiona sobre seu sumiço e se o mesmo teria algo a ver com isso. Um detetive particular aparece e apresenta-se a eles informa que Marion teria roubado os 40 mil dólares, juntos então resolvem procurar a garota.

O detetive Arbogast vasculha os hotéis da região e acaba passando no hotel de Norman, interrogando-o desconfia de suas atitudes desordenadas e nervosismo. Sem mandato para entrar na casa o detetive retira-se, porem não satisfeito em outro momento retona para o hotel e não encontrando Norman na recepção entra na casa para tentar falar com a mãe do rapaz. Encontrando-a, a mesma com suas próprias mãos esfaqueia Arbogast em sua casa. A irmã e o ex-namorado de Marion vão até o xerife da cidade e descobrem que a mãe de Norman morreu há 10 anos, então surge a dúvida de quem então estaria causando todos estes fatos e quem é a mulher vista na janela da casa do hotel? Os mesmos resolvem voltar ao local e fingir interesse em hospedar-se e descobrem algo e em um deslize do rapaz, onde aproveitam para vasculharem inclusive a casa.

Dentro da casa Lila descobre um porão e dentro dele estava o cadáver da mãe de Norman, o corpo estava conservado e em seguida algo muito inusitado acontece, eles são atacados por o que parece uma mulher, mas tratava-se de Norman com roupas femininas inclusive uma peruca, o casal Sam e Lila conseguem dominar o rapaz e entrega-lo para a policia. O psiquiatra entrevista o rapaz e descobre que ele sofre de uma espécie de transtorno de identidade, a personalidade de sua mãe viria a luz em momentos de seu dia, o assassinato de Marion seria fruto de um ciúmes da mãe para com Norman, mesmo tratando de uma única pessoas existiam duas personalidades habitando seu psiquismo. Por fim, após ser pego pela policia a personalidade da mãe de Norman assume a luz desta vez para sempre. Ao ser interrogada confessa os assassinatos, Norman a dez anos atrás estava perturbado pela morte de seu pai,

sua mãe era possessiva e exigente viviam como se não houvesse mais ninguém no mundo, até ela encontrar um homem que parecia-se com Norman e o “trocar” por este, frustrado isso levou-o a matar os dois. Ele teria que apagar o crime em sua mente, então roubou o cadáver e o guardou em seu porão tratando-o para que não se deteriorasse enterrando apenas um caixão vazio. Ela estava lá mas não era o bastante, assim que ele começou a falar e pensar por ela. Ele nunca era ele mesmo, mas sempre poderia ser somente a mãe, era em momentos de perigo, insegurança e ameaça a sua ilusão a personalidade da mãe tomava o controle da situação, em fim tudo se passou por crimes de paixão.

DESENVOLVIMENTO

Dentro do modelo edipiano a psicose se dá pelo não reconhecimento da mãe, para o psicótico, fora da sua própria subjetividade, e a exclusão da figura paterna. O lugar do pai na neurose é aquele que entra como corte na relação mãe e bebê, para que o último entenda que a mãe não é só dele. Que existe algo externo que corta e dá limites a essa relação. Assim, dará início a dualidade psíquica, e portanto, ao sujeito dividido. A criança entenderá que existem leis e limites para o gozo. Está instância de dualidade desencadeará o processo de estruturação psíquica da neurose - quando não ocorre de forma saudável.

Norman perdeu seu pai quando era ainda pequeno e foi criado pela mãe, que manteve uma relação bastante simbiótica com Norman. Essa relação simbiótica fez com que Norman perdesse sua própria identidade, ficando fundido com a personalidade da mãe. Quando ele já estava crescido, sua mãe arranjou um novo marido, fato que quebrou a relação de simbiose existente entre Norman e sua mãe. Na psicanálise, esse fato é foi denominado por Freud como “castração”; ocorre na fase do complexo de Édipo, quando a criança descobre a presença de uma nova pessoa na relação entre ela e a mãe, a presença do pai, e se sente angustiado com essa interferência na relação. Essa nova estrutura de relação faz, num primeiro momento, a criança sentir raiva pelo pai por ele ter “usurpado” o lugar que até aquele momento pertencia a ela. Num segundo momento, quando a criança descobre que a mãe gosta do pai e o apoia, como ela não pode enfrentar o pai devido à diferença física entre eles, então ela passa a se identificar com o pai e imita-lo, com o objetivo de reconquistar a mãe só pra ela novamente. Esse fato ocorre especificamente com os meninos. Nas meninas o complexo de Édipo se dá de forma oposta.

Norman, como já era grande quando sua mãe casou- se com outro homem, ele já podia enfrentar o padrasto fisicamente, e foi o que ele fez, matando o padrasto. Porém, junto com o padrasto ele também matou sua mãe e o embalsamou, para eximir-se da culpa de tê-la matado e para manter ela para sempre com ele.

Porém, o lugar simbiótico continua a existir dentro de Norman, mesmo fora do plano da realidade. A psicose se concretiza nesse momento e cria uma nova realidade. Para não entrar em contato com a realidade da morte da mãe, seu lugar se torna assegurado dentro do próprio Norman, que passa a personaliza-la, mantendo diálogo constante com ela e em alguns momentos a personalidade da mãe assume totalmente o controle da personalidade de Norman. Nesses momentos ele usa as roupas da mãe e também uma peruca, e passa a agir como se fosse ela. Esse fato faz com que ele não

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