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A Memória Behavorista

Por:   •  21/3/2018  •  1.384 Palavras (6 Páginas)  •  234 Visualizações

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Há também uma subdivisão dentro das memórias de longo prazo. Esta divisão consiste na diferenciação entre Memória Declarativa ou Explícita e Memória Não Declarativa ou Implícita. A primeira é concentrada no hipocampo e nas áreas corticais; é a memória episódica (lembranças de eventos acontecidos conosco, que descrevem episódios de nossas vidas, como a lembrança de uma situação ocorrida no ensino médio, de uma conversa tida ontem, fatos da infância) ou memória semântica (que descreve nosso conhecimento organizado sobre o mundo, incluindo o conhecimento o conhecimento das palavras e de outras informações não pessoais). Já a Memória declarativa ou implícita é concentrada no estriado e nas amigdalas. Podendo também ser dividida em dois grupos, a Memória de Procedimentos não precisa ser expressa com palavras, pois caracteriza-se pelo conhecimento sobre o modo de fazer algo, como dirigir, jogar bola, etc. Já as Memórias Emocionais Aversivas ocorrem em situações em que o medo está envolvido, fazendo com que os sistemas implícito e explícito geralmente funcionem em associação. Desta maneira, o indivíduo se lembrará da situação que lhe causou medo, com quem estava e o que estava fazendo no momento, pois através do sistema da amigdala, o estímulo que lhe causou medo irá produzir as reações autonômicas como aumento da pressão sanguínea, sudorese, entre outras reações corporais.

Por último, temos a memória de trabalho. Esta memória é considerada uma parte da memória de curto prazo, sendo imediata e se relacionando com o que estamos fazendo no momento. Ela é responsável também por coordenar atividades mentais e contém apenas informações que estão ativas.

III. HIPOCAMPO E AMNÉSIA

É importante ressaltar que mesmo depois de adquiridas, as memórias não estão livres de sofrerem alterações mesmo em suas primeiras horas em decorrência de drogas, outras memórias, lesões, entre outros possíveis fatores. Lesões no hipocampo, por exemplo, podem afetar o armazenamento da memória de longo prazo e a geração de novas memórias. Esta perda de memória em decorrência de lesões no hipocampo pode inclusive afetar nossas emoções na medida em que podemos ficar, por exemplo, desamparados em uma situação de risco caso não soubermos qual caminho seguir devido a falta de vivências passadas.

As amnésias (perda total ou parcial de informações), são dividias em termos cronológicos. A Amnésia Retrógrada é a incapacidade de recordar acontecimentos ocorridos antes de um trauma, a Anterógrada é a incapacidade de armazenar novas informações em longo prazo, ocorrendo após a lesão no hipocampo ou nas estruturas relacionadas. Há ainda a Amnésia Infantil, que devido a não formação completa do hipocampo até os três anos de idade, a criança não possui a capacidade de recordar memórias explícitas. Entretando, a Amigdala já está formada, logo, mesmo não possuindo a memória, a criança pode ter emoções passadas.

IV. ESQUECIMENTO

Graças ao esquecimento somos capazes de reter novas informações. Ele é um processo inerente à memória, uma vez que por tal processo podemos selecionar as informações mais significativas e afastar as que não são necessárias ou são geradoras de conflitos, evitando assim que fiquemos sobrecarregados. Podemos afirmar então que o esquecimento é uma função seletiva e adaptativa.

O esquecimento ocorre em consequência da interferência, que por sua vez, pode ser dividida em retroativa e proativa. A primeira diz respeito a novas aprendizagens que afetam a capacidade de recordar os materiais memorizados anteriormente, e a segunda a recordações anteriores que afetam a capacidade de recordar as novas aprendizagens.

Existem outros fenômenos que não são a perda real de memórias, mas são supressões reversíveis da evocação: habituação e extinção. Quando uma memória está habituada ou extinta, ela não está definitivamente esquecida, mas sim suprimida no que diz respeito à sua expressão. Logo, um aumento da intensidade do estímulo já é suficiente para reverter a habituação, enquanto a apresentação do estímulo condicionado já reverteria a extinção.

. V. CONCLUSÃO

Como aprendido durante as aulas apresentadas na disciplina de Aprendizagem e Memória, vimos que a memória tem papel imprescindível em nossas vidas uma vez que se apresenta como um processo ativo e é base para novos aprendizados, nosso comportamento e adaptação ao meio.

Estudos acerca do tema visam compreender como o processo ocorre e quais os sistemas envolvidos que possibilitam o armazenamento de informação. Os resultados obtidos até o momento nos revelam os diferentes tipos de memória e nos mostram a complexidade do processo e a diversidade em seu funcionamento.

A perda de informações por lesões ou amnésias podem ocorrer e não são favoráveis ao indivíduo, entretanto, o esquecimento que se dá de forma natural é essencial para evitar a sobrecarga e possibilitar que armazenemos novas informações que servirão de base para novas aprendizagens.

VI. REFERÊNCIAS

CARDOSO, Silvia Helena. MEMÓRIA: O que é e como melhorá-la? Disponível em: http://www.cerebromente.org.br/n01/memo/memoria.htm> Acessado em 19 de julho de 2016.

IZQUIERDO, Iván. Memória. Porto Alegre: ARTMED, 2002

MATLIN,

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