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A Existência de hierarquias sociais influencia a diferenciação social numa dimensão universal

Por:   •  25/12/2018  •  2.551 Palavras (11 Páginas)  •  450 Visualizações

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- Nascimento: Nas primeiras etapas, na qual passamos por crianças, o indivíduo é dependente da progenitora e de outros adultos à sua volta. A sua autonomia vai-se acentuando à medida que cresce.

Exemplo: Um bebé que não anda! A criança que já anda, ao qual já pode brincar com os outros, pode afastar-se mais da mãe, pode frequentar a escola…

- Da puberdade ao Casamento: A passagem biológica é demarcada pela puberdade até à fase adulta, encontrando-se então um indivíduo de ambos os sexos aptos a completar as suas devidas funções. No entanto, em sociedades primitivas, a fase de transição, designada de puberdade, é reconhecida como o período que separa o estatuto de criança e o estatuto de adulto. Um exemplo do referido anteriormente pode ser, a realização do serviço militar, os estudos académicos, e o casamento. O adulto independente da família, transmite na vida coletiva toda a sua plenitude, o que o torna uma pessoa responsável e um bom cidadão.

- Envelhecimento: O período envelhecimento, marca o acréscimo de prestígio, mas também perdas de influência. Muitas das sociedades, em que o culto da tradição tem uma grande relevância social, a fase da velhice, está ligada à sabedoria feita da experiência e é a fase da vida que tem maior influência.

Na sociedade industrial e urbana a posição dos idosos é também, uma posição diminuída. A velhice envolve sempre uma perda de influência e por múltiplas vezes um progressivo isolamento em relação aos filhos e outros parentes. Porém, a sociedade procura garantir, a subsistência dos velhos, o seu conforto e o apoio na doença através, de pensões de aposentação e de esquemas de assistência.

Em todas as populações há uma proporção de crianças, jovens, adultos e idosos. Nas proporções relativas de cada conjunto registam-se no entanto variações, que se interligam com o dinamismo demográfico de cada população.

As classes de idade

A existência de classes etárias como forma de organização social encontra-se em muitas sociedades tribais. A formação de classes etárias resulta em regra das cerimónias que marcam a puberdade.

Quando os rapazes e as raparigas começam a revelar as características físicas próprias da puberdade, realizam-se cerimónias e consagram-se ao mesmo tempo esta passagem para o estado adulto.

As cerimónias variam consoante o povo, como por exemplo, na Tribo indígena canadense, os jovens são levados para uma área separada do restante do povo onde são enjaulados. Os jovens recebem uma dose de uma substância chamada de wysoccan (altamente alucinógenea). A intenção do ritual é fazer com que os jovens se esquecessem de todas as suas lembranças da infância, para puderem tornar-se adultos.

A tribo do Quénia, faz as cerimónias com adolescentes de 14 a 16 anos. Começa com a circuncisão dos órgãos sexuais, depois os jovens ficam separados de adultos do sexo oposto durante algumas semanas. Os jovens que participam no ritual pintam-se com argila branca e carvão, para ficarem com uma aparência selvagem, e passam a receber conhecimento dos anciãos. Na tribo Tukuna, que vive na região norte da Amazónia, as jovens mulheres iniciam o ritual quando estão menstruadas e ficam durante 4 a 12 semanas isoladas num local construído na casa da família. Julga-se que a jovem está no submundo, correndo perigo na presença de um demónio conhecido como Noo. No final do ritual, outras pessoas utilizam máscaras e tornam-se reencarnações do demónio, e a jovem fica durante dois dias com o corpo pintado de preto para se proteger do Noo. Seguidamente, ela é levada por parentes para as festividades, em que dançam até o amanhecer. Neste momento, a jovem recebe uma lança de fogo e deve jogá-la sobre o demónio. Assim, a tribo considera que a mulher pode entrar para a vida adulta com segurança.

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Bandos de jovens

Em muitas sociedades em que não existem estas classes de idades verificam-se diversos casos em que as circunstâncias se combinam para modelar numa mesma atitude as pessoas de categorias etárias próximas, levando-as a comportar-se como um grupo social.

Quando os jovens começam a ter autonomia, isto é, começam a ser independentes leva a um afastamento das famílias e tendem com efeito, a juntar-se em bandos, constituindo em regra, na base da vizinhança, ou pelo menos a partir da frequência habitual de certos locais.

Trazerz , no seu inquérito pioneiro de 1927, no que diz respeito, a este fenómeno na cidade de Chicago, observou e indicou com resultado nas estatísticas relativas a existência de mais de mil e duzentos bandos de jovens, mostrando que 37,5 por cento dos bandos tinham membros de onze a dezassete anos e 25,2 por cento membros de dezasseis e vinte cinco anos.

Bandos que contam na maioritariamente dos casos uns dez a vinte jovens que se juntam habitualmente nos mesmos locais. Desenvolvem, modos de ser comuns, usam uma linguagem própria, vestem-se semelhantes uns aos outros, usam o mesmo tipo de penteados e ornamentos.

A estabilização da união do bando é o resultado do auxílio do convívio e de alguns atritos com a vizinhança que leva, a criar um meio fechado á penetração de adultos e do exterior.

Lewis Yablonsky, sintetizando os resultados das suas próprias observações do meio juvenil das cidades americanas, concluiu que a diversidade dos casos conhecidos pode reconduzir a três tipos básicos de bandos de jovens:

O bando social é essencialmente uma uniformidade de convívio onde, os seus membros criam laços de amizade entre si e dedicam-se a atividades comuns, usam peças de vestuário que os identifica com o grupo, as suas atividades são socialmente aceites e raramente dão origem a conflitos. Os membros são jovens emocionalmente estáveis.

O bando delinquente é um grupo em que atividades expandem para domínios ilícitos. Apesar de os jovens também serem emocionalmente estáveis, foram criados em ambientes com condições marginais.

O bando violento é um bando onde, o que se faz é uma descarga emocional e violenta. O bando varia muito a sua composição, pois estão sempre a sair a entrar membros e muitos dos jovens que entram são pessoas emocionalmente cheias de tensões.

Yablonsky observou este tipo de bandos violentos nas zonas da cidade de Nova Iorque habitadas por negros e porto-riquinhos de cor, são em regra zonas degradadas, marcadas por diversos fenómenos de marginalidade social. Estes, são desenquadrados do meio urbano e as suas famílias

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