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A DINÂMICA DA TRANSFERENCIA

Por:   •  20/11/2017  •  1.213 Palavras (5 Páginas)  •  328 Visualizações

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De acordo com tempo de duração da terapia analítica e com a capacidade do analisando de reconhecer que apenas distorções do material patogênico não o protegem de ser revelado, ele irá servir-se cada vez mais do tipo de distorção que claramente lhe oferece as maiores vantagens: a distorção pela transferência. Sendo então, todos os conflitos decididos no âmbito desta. Assim, a transferência na análise aparece de imediato, apenas como a mais poderosa arma da resistência, e pode-se concluir que sua intensidade e duração são efeitos e expressões da resistência. O motivo pelo qual a transferência se presta a servir como meio de resistência está relacionada ao fato de que a confissão de todo desejo proibido é dificultada, especialmente quando deve ser feita à própria pessoa à qual ele diz respeito.

Freud propõe uma distinção entre transferência “positiva” – que se constitui dos sentimentos amigáveis ou ternos que são capazes de consciência e no prolongamento destes no inconsciente que remontam as fontes eróticas – e transferência “negativa” - sentimentos hostis –, ressaltando que se deve tratar diferentemente os dois tipos de transferência. Nessa perspectiva, a transferência para o analista presta-se para resistência na terapia somente na medida em que é transferência negativa, ou transferência positiva de impulsos eróticos reprimidos. Ao se abolir a transferência, tornando-a consciente, apenas desligam-se da pessoa do analista esses dois componentes do ato afetivo (transferência negativa e de impulso eróticos?acho que sim), enquanto o outro componente (transferência positiva?restante da tranf positiva que não é de impulsos eróticos?), capaz de consciência e não repulsivo subsiste e é o veículo do sucesso na psicanálise, assim como em outros métodos de tratamento. Freud admite que os resultados da psicanálise se baseiam na sugestão, desde que essa seja entendida como a influência sobre um indivíduo por meio dos fenômenos de transferência nele possíveis.

Nas formas curáveis de psiconeuroses, a transferência negativa se acha ao lado da transferência afetuosa, com frequência dirigida simultaneamente à mesma pessoa — para esse fato Bleuler cunhou a expressão “ambivalência”. Tal ambivalência de sentimentos parece normal até certa medida, mas um alto grau de ambivalência dos sentimentos é sem dúvida uma peculiaridade dos neuróticos. A ambivalência nas inclinações afetivas é o que melhor explica a capacidade de os neuróticos porem suas transferências a serviço da resistência. Quando a capacidade de transferência torna-se essencialmente negativa, como nos paranoicos, acaba a possibilidade de influência e de cura.

Enfim, é inegável que o controle dos fenômenos da transferência oferece as maiores dificuldades ao psicanalista, mas, são justamente eles que prestam o inestimável serviço de tornar atuais e manifestos os impulsos amorosos ocultos e esquecidos dos pacientes, pois afinal é impossível liquidar alguém in absentia ou in effigie.

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