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O Pleuropneumonia bacteriana em equinos

Por:   •  29/11/2018  •  2.860 Palavras (12 Páginas)  •  245 Visualizações

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[pic 1] [pic 2]

Figura 1. Percussão da área pulmonar Figura 2. Toracocentese

Tratamento:

O tratamento consiste em estabilizar o paciente, deixando-o em repouso e bem abrigado das mudanças bruscas de temperatura. Entrar com antibioticoterapia para combater o agente etiológico, podendo ser penicilinas, ampicilinas, trimetoprim sulfadiazinas, metronidazol, cefalosporina, fenilbutazona, enrofloxacina ou de acordo com o antibiograma. O tratamento de suporte com Broncolíticos, mucolíticos, suplementos vitamínicos, fluidoterapia, oxigenioterapia, anti-inflamatórios com efeito de

reduzir a inflamação, controle da dor, febre e dose anti-endotoxemico como o Flunexim Meglumine ,um anti-inflamatório não esteróide,ou um anti-inflamatório esteróide associado com dose anti-endotoxemico. O uso da heparina no soro auxilia na prevenção dos problemas circulatórios evitando as laminites. Na fazer crônica realizam-se lavagens mecânicas com Toracocentese seriada sempre que o volume de líquido aumentar. Em casos refratários realizam-se a toracotomia ( HOFFMAN et al.,1993;BARR,2003;RADOSTITS et al.,2007; apud PIEREZAN,2009).

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Relato de caso:

Um potro chegou à escolinha do Jockey para treinamento. Em 18 de julho de 2017, vindo do Paraná, após sua chegada apresentou o quadro de febre, tosse, prostração, intolerância ao exercício, descarga nasal. Realizou-se o diagnóstico através de exame físico de pleuropneumonia com efusão pleural bilateral. A toracocentese foi realizada, foi verificado na analise do liquido pleural a presença de bactérias gram positivas e gram negativas. Entrou-se com antibióticoterapia, fluidoterapia intensa com suplementos através de cateter fixo com extensor suturado a pele como demonstrado na figura 3 . Nebulizações com mucolíticos, broncolíticos e antiinflamatórios. No dia 01 de setembro deste ano, encontrou-se o paciente recuperado da pleuropneumonia do lado esquerdo, porém, o lado direito continua acumulado liquido de aspecto purulento, apresenta fistulas e coleção de fibrina. A toracocentese seriada e lavagens com soro fisiológico seguem, devido à presença de fibrina, estando o mesmo na fase crônica da doença. Assim o tratamento continua para recuperação total do animal. O prognóstico neste caso é reservado.

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[pic 3]

Figura 3. Cateter com extenso

2.1 Tenossinovite

A inflamação das membranas sinovial da bainha tendínea é chamada de Tenossinovite. É caracterizada pelo aumento da bainha tendínea pela efusão sinovial, e possui diferentes etiologias e manifestações clínicas; Podem ainda ser classificadas em tenossinovite idiopática, tenossinovite traumática aguda, tenossinovite traumática crônica e tenossinovite séptica (WCILWRAITH, 2006 apud DIAZ, 2014). As bainhas tendíneas que podem ser atingidas são as cárpicas, pré-cárpicas, sesamoidais, tárcicas, pré-tarsica, cuneanas, calcâneas, metacarpo - falângicas e metatarso – falângicas (FAZER, 1997;THOMASSIAM,2005;STASHARK,2006 apud OLIVEIRA,2008).

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2.1.1 Tenossinovite Idiopática:

A tenossinovite idiopática tem origem desconhecida, caracteriza-se por efusão sinovial, com ausência de sinais da inflamação, ausência de dor e de claudicação. Apresenta ovas entre ligamentos suspensos e os tendões flexores que podem ser palpados tanto na face palmar ou plantar dos membros na altura da quartela (WCILWRAITH, 2006 apud DIAZ, 2014). O diagnóstico muitas vezes é realizado com facilidade devido ao aumento das bainhas tendíneas e ausência dos sinais clínicos realizados no exame físico do paciente (ROBINSON, 1997; STASHAK, 1998; COLAHAN et al, 1999 apud LAPA, 2009).

O tratamento nesses casos não se faz necessário, a não ser que incomode o proprietário em relação à estética do paciente. O tratamento consiste em aspiração da efusão sinovial e administração de corticosteróides torna-se um bom aliado em doses baixas, porém, temporário em alguns casos. Compressas e Exercícios de baixa intensidade ajudam na recuperação (WCILWRAITH, 2006 apud DIAZ, 2014).

2.1.2 Tenossinovite Traumática Aguda:

Na tenossinovite aguda o paciente apresenta a efusão sinovial de rápido desenvolvimento apresentando sinais de calor e dor a palpação, podendo ou não apresentar claudicação. Está relacionada a um traumatismo direto, relacionado a atrito das camadas parietal e visceral da bainha, compressão ou estiramento da bainha, que podem ser resultante de

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exercícios (STASHAK, 1998 apud LAPA,2009). A tenossinovite pode está associada com a tendinite, outras causas também pode provocar injuria na bainha sinovial (WCILWRAITH, 2006 apud DIAZ, 2014).

O diagnóstico de tenossinovite traumática aguda realiza-se através do exame físico e dos sinais clínicos, como a presença de efusão da bainha tendínea e os sinais da inflamação aguda acompanhada de claudicação de leve a grave. Para o diagnóstico podem ser usados a ultrassonografia e a radiografia, sendo esses os mais utilizados. Para o tratamento inicial incluem o repouso, crioterapias, curativos com anti-sépticos, ligas ou bandagens. Em casos não responsivos ao tratamento em sete dias, faz-se a aspiração do fluido sinovial e injeção de corticosteróide é uma opção. Se tratamento iniciado rapidamente e não houver lesão tendínea o prognóstico torna-se favorável. Caso contrário uma tenossinovite traumática crônica pode se estabelecer (WCILWRAITH, 2006 apud DIAZ, 2014).

2.1.3 Tenossinovite traumática crônica:

A tenossinovite crônica caracteriza-se por uma efusão sinovial instalada que resulta no espessamento de fibroso da bainha tendínea. Podendo haver estenose na bainha ou junção entre as camadas da bainha e do tendão. A tenossinovite crônica pode ser desenvolvida após a uma tenossinovite aguda que não tratada adequadamente, mas pode ser causada por trauma múltiplo. O diagnóstico da tenossinovite crônica faz-se através dos sinais clínicos, como a efusão sinovial persistente acompanha por estenose ou aderências. Apresentando inchaço extremo, frio e ausência de dor. Na

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ultrassonografia

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