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A Leishmaniose

Por:   •  21/8/2018  •  3.159 Palavras (13 Páginas)  •  362 Visualizações

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É uma zoonose de grande importância pois encontra-se entre as principais endemias consideradas prioritárias no mundo, leva-se a óbito grande parte humana quando não tratada, e é considerada caso de alta letalidade e periculosidade no caso dos animais.

O seu modo de transmissão é através da picada de inseto, mais conhecido por picada de “mosquito palha” ou “birigui” na qual acomete a espécie canina em sua grande maioria, entre os animais silvestres o macacão é alvo da leshimania também, e raramente acomete a espécie felina, porem todos podem entrar no ciclo deste parasita.

Há diferentes espécies de protozoários do gênero Leshimania, a mais comum na espécie canina é denominada Leishmaniose Visceral Canina -LVC.

No Brasil a maior parte dos casos encontrava-se na região Nordeste, porem atualmente vem abrangendo grande parte na região sudeste, e vem crescendo em todo o território nacional.

Na parte clínica, os cachorros apresentam a leishmaniose de forma cutânea e visceral. Onde forma cutânea é notado por grande lesões na pele e na forma visceral acomete órgãos de suma importância como o baço por exemplo.

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2 . LEISHMANIOSE

2.1 - O que é a doença?

As leishmanioses são um conjunto de doenças causadas por protozoários do gênero Leishmânia e da família Trypanosomatidae. De modo geral, essas enfermidades se dividem em leishmaniose tegumentar americana, que ataca a pele e as mucosas, e leishmaniose visceral (ou Calazar), que ataca órgãos internos.

2.2 - A transmissão:

A transmissão acontece quando uma fêmea infectada de flebotomíneos passa o protozoário a uma vítima sem a infecção, enquanto se alimenta de seu sangue. Esses vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamados macrófagos. Não ocorre transmissão direta de pessoa para pessoa!

A leishmaniose cutânea caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior incidência nas partes sem pelo do cao, sendo notadas mais visivelmente nas mucosas onde formam grandes lesões com aspecto ulcerativo.

2.3 – Sintomas:

A diversidade de espécies de Leishmania, associada à capacidade de resposta imunitária de cada indivíduo à infecção, está relacionada com as várias formas clínicas das leishmanioses. As leishmanioses tegumentares causam lesões na pele com maior incidencia nas partes sem pelo do cao,, mais comumente ulcerações e, em casos mais graves (leishmaniose mucosa), atacam as mucosas do nariz e da boca.

Já a leishmaniose visceral, como o próprio nome indica, afeta as vísceras (ou órgãos internos), sobretudo fígado, baço, gânglios linfáticos e medula óssea, podendo levar à morte quando não tratada. Os sintomas incluem febre, emagrecimento, anemia, aumento do fígado e do baço, hemorragias e imunodeficiência. Doenças causadas por bactérias (principalmente pneumonias) ou manifestações hemorrágicas são as causas mais frequentes de morte nos casos de leishmaniose visceral, especialmente em crianças.

3 - QUAIS OS TIPOS DA LEISHMANIOSE?

Existem os 3 tipos da doença, a Leishmaniose Tegumentar ou Cutânea, Leishmaniose Visceral ou Calazar e a Leishmaniose Mucocutânea, sendo a forma mais rara da doença.

3.1 Leishmaniose Tegumentar:

A leishmaniose tegumentar caracteriza-se com feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo esta é a forma mais comum da doença onde tardiamente podem surgir feridas nas mucosas do nariz, boca e garganta. Essa forma de leishmaniose é conhecida como “ferida brava”.

3.2 – Leishmaniose Visceral:

A Leishmaniose Visceral é uma doença sistêmica, pois acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea, podendo ser fatal, pois atinge o sistema imunológico através de danos a esses órgãos. Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos; após esta idade se torna menos frequente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano. É uma doença que se desenvolve rapidamente quando os parasitas chegam as correntes sanguíneas e se espalham pelas células e outros tecidos.

3.3 - A leishmaniose Mucocutânea

A leishmaniose Mucocutânea ocorre a partir de uma lesão cutânea inicial, os parasitas podem se disseminar pela mucosa da boca ou do nariz. Em alguns pacientes, esse tipo de leishmaniose pode levar a desfiguração facial.

O diagnóstico é realizado pela observação direta microscópica dos parasitas em amostras de linfa, sanguíneas ou de biopsias de baço.

4 - CICLO DA DOENÇA

[pic 1]

O ciclo de vida das espécies é ligeiramente diferente mas há pontos comuns. As formas promastigotas (flageladas e móveis) são libertadas na pele junto com a saliva de flebotomíneos, ou flebótomos no momento da picada. Ligam-se por receptores específicos aos macrófagos ou outras células fagocitárias presentes na pele, pelos quais são fagocitadas. Estes parasitas são imunes aos ácidos e enzimas dos lisossomos com que os macrófagos tentam digeri-las, e transformam-se nas formas amastigotas após algumas horas (cerca de 12h). Então começam a multiplicar-se por divisão binária, saindo para o sangue ou linfa por exocitose e por fim conduzem à destruição da célula, invadindo mais macrófagos. Os amastigotas ingeridos pelos insetos transmissores demoram oito dias ou mais a transformarem-se em promastigotas e multiplicarem-se no seu intestino, migrando depois na forma promastigotas metacíclico para a válvula estomodial, que degradam e onde formam um tampão. Este tampão impede a ingestão do sangue durante a refeição sanguínea e é expelido e injetado na pele, infectando assim o mamífero e completando o ciclo.

4.1 - O CICLO DO VETOR

Quando o flebótomo pica um indivíduo infectado ou um hospedeiro reservatório aspira macrófagos parasitados ou amastigotas livres no sangue ou mesmo em tecidos. As amastigotas, ao atingirem o intestino médio do inseto, se transformam em promastigotas.

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