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A LEISHMANIOSE

Por:   •  3/12/2018  •  1.522 Palavras (7 Páginas)  •  345 Visualizações

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É uma doença sistêmica crônica cujos sintomas são febre, anemia, trombocitopenia, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia, leucopenia e emaciação de fraqueza progressiva. A febre é de inicio gradual ou súbito, persistente e irregular, freqüentemente com dois picos diárias, com períodos alternados de apirexia e febre baixa. Lesões na pele podem ocorrer após a cura aparente da doença sistêmica (CHIN et al., 2002) (LEVINSON, 2016).

O ciclo da leishmania visceral se da quando o mosquito-pólvora suga sangue, injetando promastigotas na pele. Promastigotas são fagocitados pelos macrófagos, transformando-se em amastigotas no interior dos macrófagos. As amastigotas multiplicam-se nas células (incluído macrófagos) de vários tecidos. Quando o mosquito-pólvora pica uma pessoa contaminada ele suga o sangue, ingerindo macrófagos infectados com a forma amastigotas. Amastigotas transformam-se em promastigotas no intestino médio, ocorrendo a divisão no intestino médio e migração para a proboscide do inseto, conforme Figura 1, a seguir (LEVINSON, 2016).

Figura 1: Ciclo evolutivo da Leishmaniose.

[pic 7]

Fonte: (LEVINSON, 2016).

Na leishmaniose visceral os órgãos do sistema retículoendotelial, que são o fígado, baço e medula óssea são os mais gravemente afetados. Ocorre a redução da atividade da medula óssea, associada a destruição celular no baço, o que resulta em anemia, leucopenia e trombocitopenia. Podendo levar a infecções secundarias com sangramentos (LEVINSON, 2016).

A transmissão ocorre através da fêmea de insetos flebotomineos das espécies Lutzomyia longipalpis e L. cruzi, infectados. A transmissão acontece enquanto houver o parasitismo na pele ou no sangue periférico do hospedeiro. Alguns autores sugerem a transmissão entre a população canina através da ingestão de carrapatos infectados, ou através de mordeduras ou ingestão de vísceras contaminadas, porem não existem evidencias cientificas sobre estes mecanismos de transmissão (BRASIL, 2010).

O diagnostico se da pela detecção de amastigotas de uma biopsia de medula óssea, baço ou linfonodo ou por uma preparação por “toque”. Os organismos também podem ser cultivados. Testes sorológicos (imunoflorescência indireta) são positivos na maioria dos pacientes. O aumento e IgG é indicativo de infecção, embora não seja diagnostico. Um teste cutâneo utilizando um homogeneizado bruto de promastigotas como antígeno esta disponível. O teste cutâneo é negativo durante a doença ativa, mas positivo em paciente recorrente (LEVINSON, 2016).

O fármaco de escolha para o tratamento pode ser tanto a anfotericina B lipossomal quanto o estibogliconato de sódio, sendo que com a utilização da terapia apropriada a taxa de mortalidade é reduzida em quase 5%. A recuperação resulta em imunidade permanente (LEVINSON, 2016).

A prevenção da leishmaniose visceral envolve a proteção contra a picada do mosquito-pólvora através da utilização de redes, roupas protetoras, repelentes e aplicação de inseticidas. Outras medidas preventivas são eliminar os monturos e outros criadouros de flebotomineos, eliminar as cobaias e controlar os cães em áreas especificas, utilizar um manejo ambiental apropriado e limpar florestas (CHIN et al., 2002) (LEVINSON, 2016).

3.2 LEISHMANIOSE CUTÂNEA E MUCOSA:

É uma doença da pele e membranas mucosas, polimórficas, causadas por protozoários da espécie L. tropica e L. mexicana, sendo a L. tropica encontrada no velho mundo e L. mexicana é encontrada somente nas Américas. A espécie L.braziliensis causa leishmaniose mucocutanea, a qual ocorre somente nas o obrigatórios em seres humanos e outros hospedeiros mamíferos (CHIN et al., 2002) (LEVINSON, 2016).

A lesão inicial da leishmaniose cutânea consiste numa pápula vermelha no local da picada, que aumenta vagarosamente e forma múltiplos nódulos-satélites que ulceram. Em pacientes imuno comprometidos geralmente ocorrem uma única lesão que regridem de forma espontânea. Porem em certos indivíduos as lesões podem disseminar-se em envolver grandes áreas da pele. Já a leishmaniose muco-cutânea inicia com uma pápula no local da picada, formando-se lesões metastáticas, geralmente na junção mucocutânea do nariz e boca, sendo que a cicatrização dessas lesões, quando ocorrem é lenta devido a destruição da cartilagem nasal (LEVINSON, 2016).

A doença se inicia com uma pápula que aumenta tornando-se ulcera indolente. As lesões podem ser múltipla ou única, podendo curar espontaneamente dentro de semanas a meses, ou durar um ano ou mais (CHIN et al., 2002).

A transmissão ocorre pela picada de flebotomineos fêmeas que se infectam ao picar reservatórios, transmitindo-o ao homem. Após se alimentos de hospedeiro infectado, promastigotas moveis se desenvolvem se multiplicam no intestino da mosca-da-areia, em 8 a 20 dias, de desenvolvem os parasitas infecciosos, que são injetados durante a picada. Em seres humanos e em outros mamíferos, os organismos são capitados pelos macrófagos e transformados em formas amastigotas, que se multiplicam dentro dos macrófagos ate que a célula se rompa e permita a disseminação a outros macrófagos. Não há transmissão de pessoa para pessoa (BRASIL, 2010) (CHIN et al., 2002).

Em média o período de incubação varia de 2 a 3 meses, podendo apresentar períodos mais curtos ( 2 semanas) e mais longos ( 2 anos) (BRASIL, 2010).

São reservatórios do protozoário, os seres humanos, roedores selvagens, preguiças, marsupiais e carnívoros, incluindo freqüentemente os cães domésticos (CHIN et al., 2002).

O diagnostico é realizado por microscopia, pela demonstração da presença da forma amastigotas em um esfregaço obtido a partir da lesão cutânea. O teste cutânea torna-se positivo quando surge a ulcera cutânea, e Pode ser utilizado no diagnostico de casos externos a região de infecção endêmica (LEVINSON, 2016).

O tratamento baseia-se na utilização do estibogluconato de sódio, porém, os resultados são freqüentemente insatisfatórios (LEVINSON, 2016).

As medidas profiláticas envolvem o uso de repelentes, mosquiteiros de malha fina, telas em portas e janelas, bem que evitar se expor nos horários de atividades do vetor, sendo no crepúsculo e noite. Limpeza de terrenos e quintais, limpeza periódica de abrigo de animais domésticos (BRASIL, 2010).

- 4 CONCLUSÃO

De acordo com o trabalho

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