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Titulometria de Precipitação

Por:   •  1/4/2018  •  2.267 Palavras (10 Páginas)  •  453 Visualizações

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Métodos Argentimétricos

O método mais comum para a determinação da concentração de haletos em soluções aquosas é a titulação com uma solução padrão de nitrato de prata (AgNO3). Os métodos titulométricos com base no nitrato de prata são às vezes chamados métodos argentimétricos.

Os métodos argentimétricos compreendem os métodos diretos na qual a solução titulante (AgNO3) adicionada à bureta e transferida diretamente para a solução titulada e o método indireto na qual a solução de AgNO3 é adicionada em excesso ao erlenmeyer e o excesso é titulado com solução de tiocianato de potássio.

Para a determinação do ponto final, são utilizados três métodos: Método de Fajans, Método de Volhard e Método de Mohr.

O Método de Mohr é um método argentimétrico direto, que usa Cromato de potássio como indicador específico. Na determinação de cloreto, o haleto é titulado com uma solução padrão de nitrato de prata usando-se o indicador cromato de potássio. No ponto final, quando a precipitação do cloreto for completa, o primeiro excesso de íons Ag+ reagirá com o indicador ocasionando a precipitação do Cromato de prata, vermelho.

Na determinação de cloretos o ponto final é atingido quando os íons cromato se combinam com os íons prata se observando, então, a formação de um precipitado vermelho, pouco solúvel.

Na prática, o ponto final da titulação difere do ponto de equivalência, devido à necessidade de adicionar excesso de íons prata para precipitar o Ag2CrO4 em quantidade suficiente para ser visualizado na solução amarelada que já contém o AgCl em suspensão. Este método requer uma titulação em branco (aquela em que é titulada uma solução contendo todos os reagentes, exceto o constituinte em análise) para que se corrija o erro cometido na detecção do ponto final. O valor da prova em branco deve ser subtraído do volume da titulação.

Há fatores que devem ser considerados para que haja a aplicação desse método, tais como a concentração do indicador e o pH da solução.

A titulação é feita em meio neutro ou levemente básico, para evitar que os íons hidrogênio reajam com os íons cromato provenientes do indicador. O pH excessivamente alto também deve ser evitado, pois os íons hidroxila podem reagir com os íons prata da solução titulante levando à formação do Hidróxido de prata, e posteriormente, óxido de prata em solução.

Se o pH da solução for inferior a 6,5, a concentração do íon cromato é de tal ordem que o produto de solubilidade do cromato de prata, já não é mais atingido e, consequentemente, o indicador deixa de funcionar, uma vez que este sal é muito solúvel em solução ácida.

O dicromato de prata é consideravelmente mais solúvel do que o cromato de prata, o que aumenta o erro do indicador.

Por outro lado, o pH da solução não deve ser superior a 10,5, porque então precipita hidróxido de prata que posteriormente se decompõem em Ag2O, formando um precipitado preto.

As soluções padrões de AgNO3 podem ser obtidas, por via direta, a partir de prata ou de AgNO3, que são encontrados com as características de padrão primário. Quando se prefere o método indireto, o título é determinado em relação ao NaCl. As soluções padrões de AgNO3 são protegidas da ação da luz e são conservadas em frascos escuros.

Indicadores de Adsorção

Um indicador de adsorção é um composto orgânico que tende a ser adsorvido sobre a superfície do sólido em uma titulação de precipitação. A adsorção (ou dessorção) ocorre próximo do ponto de equivalência e resulta não apenas em uma alteração de cor, como também em uma transferência de cor da solução para o sólido (ou vice-versa).

A fluoresceína é um indicador de adsorção típico, que é útil para a titulação do íon cloreto com nitrato de prata. Em solução aquosa, a fluoresceína se dissocia parcialmente em íons hidrônio e íons fluoresceinato negativamente carregados que são verde-amarelados. O íon fluoresceinato forma um sal de prata de cor vermelha intensa. Entretanto, sempre que esse corante é utilizado como indicador, sua concentração nunca é grande o suficiente para que ele precipite como fluoresceinato de prata.

No inicio da titulação de íon cloreto com nitrato de prata, as partículas de cloreto de prata coloidal encontram-se negativamente carregadas em virtude da adsorção do excesso de íons cloreto. Os ânions do corante são afastados dessa superfície por repulsão eletrostática e conferem à solução uma cor verde-amarelada. Após o ponto de equivalência, entretanto, as partículas de cloreto de prata adsorvem fortemente os íons prata e então adquirem uma carga positiva. Os ânions fluoresceinato são agora atraídos pela camada de contra-íons que envolvem cada partícula de cloreto de prata coloidal. O resultado líquido é o aparecimento da cor vermelha do fluoresceinato de prata na camada superficial da solução ao redor do sólido.

Contudo, é importante destacar que a alteração da cor é um processo de adsorção (e não uma precipitação), porque o produto de solubilidade do fluoresceinato de prata nunca é excedido. A adsorção é reversível e o corante pode ser dessorvido em uma retrotitulação com íon cloreto.

METODOLOGIA

Materiais

- Becker;

- Bureta de 50 mL;

- Erlenmeyer;

- Suporte universal;

- Pipeta volumétrica de 25 mL.

Substâncias

- Nitrato de prata;

- Cromato de potássio;

- Soro fisiológico;

- Solução desconhecida (amostra).

Procedimento Experimental

Inicialmente recebeu-se uma amostra desconhecida que consequentemente tinha sua concentração indeterminada. Em seguida aferiu-se o pH da amostra.

Transferiu-se para um Erlenmeyer 25 mL da amostra desconhecida. Logo após foi adicionada 03 gotas do indicador, Cromato de potássio (K2CrO4) á 5%.

Encheu-se a bureta de 50 mL, acoplada no suporte

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