O Trauma em Criança
Por: Rodrigo.Claudino • 27/5/2018 • 1.720 Palavras (7 Páginas) • 325 Visualizações
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Queda
Crianças são mesmo desconcertantes. Em segundos, conseguem escapar do olhar vigilante, basta um pequeno descuido, e lá estão elas subindo em cadeiras para olhar pela janela, abrindo os armários da cozinha ou chegando perto do fogão aceso, arranjando um jeito de mexer nos produtos de limpeza ou nos remédios, apesar de terem sido colocados em prateleiras altas e aparentemente inacessíveis.
A consequência óbvia dessa característica do comportamento infantil é que elas se machucam a despeito dos cuidados e do olhar vigilante dos adultos. Muitas vezes, felizmente, tudo não passa de um susto. Há ocasiões, porém, em que os acidentes são graves e requerem assistência médica imediata.
As quedas representam a principal causa de atendimentos em serviços de emergência e de internações em crianças de zero a nove anos de idade. Uma pesquisa recente do Ministério da Saúde mostrou que 50% dos atendimentos em crianças nessa faixa etária foram devidos a esta causa. Os dados mostram ainda que o perigo nem sempre está nas ruas. A maioria das quedas ocorre na casa onde as crianças vivem.
Dependendo da idade da criança, as consequências são muito diferentes, podendo ocasionar sequelas graves.
Experimentar, brincar, correr faz parte do processo de crescimento e desenvolvimento normais da criança. Sem noção dos riscos e perigos que a cercam, ela explora o ambiente e quer ter contato com tudo que há de novo, de uma forma diferente do adulto, vendo o mundo de baixo para cima. Por tudo isso o adulto tem que olhar o ambiente onde a criança vive com “olhos de criança”.
Conclusão
Este estudo foi baseado no trabalho realizado pelo SIATE de cascavel no ano de 2004, atendendo um total de 379 crianças com idade entre zero e 12 anos, sendo que a maioria dos chamados foi devido a acidentes de trânsito (63,6%), dentre os tipos de acidente de trânsito os mais frequentes foram à colisão (31,1%), seguindo pelo atropelamento (18,2%), queda de bicicleta (9,8%), capotamento (2,6%), queda de moto (1,3%) e outros (0,5%). Entre o atendimento, serve de alerta os resultados obtidos em relação aos demais acidentes envolvendo crianças que estavam sendo transportadas em diversos meios de transportes como a bicicleta, motocicleta, ônibus, vans, caminhões e veículos de tração animal. Considerando que os acidentes aumentam conforme a faixa etária, o que traz como desafio buscar atuar junto a escolas e creches a prevenção. Acredita-se que mais informações possam sensibilizar e evitar situações de risco para as crianças, bem como a prática de utilização de equipamentos de proteção adequados para cada tipo de atividade desempenhada (capacete, cotoveleira, caneleira entre outros). Portanto, a prevenção sendo uma das melhores formas de evitar o sofrimento causado pelos acidentes, torna-se fundamental o envolvimento dos pais, de profissionais da saúde e da educação, setores responsáveis pelo trânsito, autoridades dos níveis Federal, estadual e Municipal se aliarem na luta contra acidentes de um modo geral, e especialmente daqueles envolvendo as crianças.
Referências.
1. Oliveira BFM, Parolin MKF, Teixeira Junior EV. Trauma: atendimento pré-hospitalar, 1ª edição São Paulo: Atheneu; 2001.
2. Reis AGAC, Paulo RLP. Suporte avançado de vida em pediatria. In: Timerman S, organizador. Suporte básico e avançado de vida em emergência, Brasília: Câmara dos Deputados, coordenação de Publicações; 2000. P.699-719.
3. Freitas JPP. Acidente de trânsito com vitimas na faixa etária pediátrica: aspectos epidemiológico e clínico [dissertação], [Uberlândia]: Faculdade de Medicina IUFU; 2006.
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