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Zika Vírus

Por:   •  15/1/2018  •  2.679 Palavras (11 Páginas)  •  387 Visualizações

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Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos.

No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito, como identificado no mês de novembro de 2015, pela primeira vez na história.

No ano de 2015 foi relatado um aumento significativo de bebês nascidos com microcefalia. Microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, ou seja, igual ou inferior a 32 cm.

Cerca de 90% das microcefalias estão associadas com retardo mental, exceto nas de origem familiar, que podem ter o desenvolvimento cognitivo normal. O tipo e o nível de gravidade da sequela vão variar caso a caso. Tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida.

Essa malformação congênita pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como substâncias químicas e agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.

O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus Zika e a microcefalia. O Instituto Evandro Chagas, órgão do ministério em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê, nascida no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi identificada a presença do vírus Zika. Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial. Há relatos em outros países com casos de microcefalia, como por exemplo a Polinésia Francesa que notificou um aumento incomum de pelo menos 17 casos de malformações do Sistema Nervoso Central em fetos e recém-nascidos durante 2014-2015, coincidindo com o surto de Zika vírus nas ilhas da Polinésia Francesa. Nenhuma das gestantes relataram sinais de infecção pelo vírus Zika, mas em quatro testadas foram encontrados anticorpos (IgG) para flavivírus em sorologia, sugerindo infecção assintomática. Do mesmo modo que no Brasil, as autoridades de saúde da Polinésia Francesa também acreditam que o vírus Zika pode estar associado às anomalias congênitas, caso as gestantes estivessem infectadas durante o primeiro ou segundo trimestre de gestação.

A seguir um quadro expressando a distribuição dos casos notificados de microcefalia por UF, até a data 27 de fevereiro de 2016, baseado nos dados do site do governo do Brasil.

Regiões e Unidades Federadas

Casos de microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita

Total acumulado (1) de casos notificados de 2015 a 2016

Em investigação

Confirmados (2,3)

Descartados (4)

Brasil

4.222

641

1.046

5.909

Alagoas

92

30

100

222

Bahia

603

136

78

817

Ceará

271

33

48

352

Maranhão

148

25

19

192

Paraíba

441

63

306

810

Pernambuco

1.232

215

225

1.672

Piauí

77

46

15

138

Rio Grande do Norte

281

77

25

383

Sergipe

180

0

12

192

Região Nordeste

3.325

625

828

4.778

Espírito Santo

69

3

8

80

Minas Gerais

28

0

39

67

Rio de Janeiro

255

2

4

261

São

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