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O Sistema Renal

Por:   •  25/4/2018  •  10.431 Palavras (42 Páginas)  •  420 Visualizações

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Os rins estão situados à direita e à esquerda da coluna vertebral, tendo o direito uma posição inferior em relação ao esquerdo, em virtude da presença do fígado à direita. Tem a forma de um grão de feijão, apresentando duas faces, anterior e posterior, e duas margens, medial e lateral. Suas duas extremidades, superior e inferior, são denominadas pólos e sobre o pólo superior situa-se a glândula supra-renal, pertencente ao sistema endócrino.

São recobertos pelo peritônio e circundados por um tecido areolar frouxo, que é uma delaminação especial da fáscia subserosa denominada fáscia renal (anterior e posterior) e por uma massa de tecido adiposo denominada gordura perirrenal.

O rim se subdivide em duas regiões distintas: o parênquima renal e a pelve renal. O parênquima renal é dividido em córtex e medula.

A medula está localizada abaixo do córtex e consistem de várias estruturas triangulares denominadas pirâmides renais. As pirâmides estão orientadas de maneira que suas bases amplas se encontram revestidas pelo córtex e seus ápices, chamados de papilas renais, seguem em direção à pelve renal.

O hilo ou pelve é a porção côncava do rim, através da qual a artéria renal entra nesse órgão e a veia renal dele sai. A artéria renal (originando-se a 13 partir da aorta abdominal) divide-se em vasos cada vez menores, formando, mais adiante, a arteríola aferente. A arteríola aferente ramifica-se para formar o glomérulo. O sangue deixa o glomérulo através da arteríola eferente e flui de volta para a veia cava inferior através de uma rede de capilares e veias.

Cada rim contém aproximadamente um milhão de néfrons, que são suas unidades funcionais. Os néfrons consistem em um glomérulo contendo as arteríolas aferentes e eferentes, cápsula de Bowman, túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal, e dutos coletores.

O néfron é uma longa estrutura tubular microscópica que possui, em uma das extremidades, uma expansão em forma de taça, denominada cápsula de Bowman, que se conecta com o túbulo contorcido proximal, que continua pela alça de Henle e pelo túbulo contorcido distal; este desemboca em um tubo coletor. São responsáveis pela filtração do sangue e remoção das excreções.

O glomérulo é composto de três camadas filtrantes: o endotélio capilar, a membrana basal e o epitélio. A membrana glomerular normalmente permite a filtração de líquidos e pequenas moléculas, embora tenha um limite de passagem de moléculas maiores, com as células sanguíneas e a albumina.

A cápsula de Bowman envolve o glomérulo e juntos formam o corpúsculo renal. Este está localizado na região do córtex renal e, em conjunto, constituem o corpúsculo renal. A cápsula glomerular possui uma camada visceral interna de epitélio (em torno dos capilares glomerulares) e uma camada parienteral externa. O espaço entre essas duas camadas forma uma continuidade com lúmen do túbulo e recebe o filtrado glomerular.

O filtrado que entra na cápsula glomerular passa para o lúmen do túbulo contornado proximal. A parede do túbulo contornado proximal é constituída por uma única camada de células cuboides que possuem milhões de microvilosidades. Essas microvilosidades aumentam a área superficial para a reabsorção. No processo de reabsorção, sal, água e outras moléculas necessárias para o corpo são transportados do lúmen, através das células tubulares e para o interior dos capilares peritubulares circundantes.

Após os túbulos contorcidos proximais, o néfron apresenta uma porção reta que então forma a alça dos néfrons conhecida como Alça de Henle. As alças dos glomérulos corticais têm alça de Henle relativamente curta, que só atingem a medula externa. Contudo, a alça dos glomérulos justa medulares têm seus glomérulos próximos ao limite cortico-medular e são diferenciados por suas longas alças de Henle e pelos vasos retos.

Um túbulo coletor recebe o líquido dos túbulos contornados distais de vários néfrons. O líquido é então drenado pelo túbulo coletor, do córtex para a medula, á medida que ele passa através de uma pirâmide renal. Esse líquido, agora denominado urina, passa para um cálice menor. A seguir, a urina é afunilada através da pelve renal e para fora do rim, no interior do ureter.

5 FISIOLOGIA DO SISTEMA RENAL

O rim desenvolve um papel exócrino, que é em si a formação de urina, ora mais, ora menos diluída, e também desenvolve suas funções endócrinas, através de células secretoras específicas, das quais muitas ainda não são bem definidas; contudo a função homeostática do meio interno, sendo a função principal do rim, é a efetuada pela formação de urina na unidade funcional básica do rim que é o néfron, um conjunto de estruturas vasculares e renais que visam à formação de urina de acordo com o papel homeostático do qual o rim está incumbido.

Toda a urina resulta da filtragem do sangue que passa por estes néfrons, no qual se calcula que existam cerca de 6 a 12 x105 néfrons. Isto não significa que todos são funcionastes, variando justamente de acordo com a ritmicidade da função renal, existindo néfrons ativos e de repouso, o que significa uma reserva funcional para o rim, que provavelmente serão utilizados em uma situação de sobrecarga renal.

A unidade nefrônica urinária está constituída por diferentes elementos que desenvolvem também papeis funcionais diferentes na formação da urina. Esta se inicia pela cápsula de Bowman, na qual existem duas lâminas ou membranas, uma parietal mais externa e outra interna, da qual está separada por um espaço capsular, onde se acumula o filtrado glomerular.

A camada interior se adere firmemente à estrutura capilar vascular, o glomérulo, através da membrana basal, de modo que o endotélio vascular, o epitélio da cápsula e a mesma membrana basal formam o glomérulo renal.

O líquido que entra na cápsula glomerular é denominado ultrafiltrado porque ele é formado sob pressão, a pressão hidrostática do sangue. Esse processo é similar ao da formação do líquido intersticial por outros leitos capilares do corpo em resposta ás forças de Starling. A força que favorece a filtração sofre a oposição de uma contraforça desenvolvida pela pressão hidrostática do líquido da cápsula glomerular. Além disso, como a concentração proteica do líquido tubular é baixa (menos de 2 a 5 mg por 100 ml) em comparação com o plasma ( 6 a 8 por 100 ml), a maior pressão coloidosmótica do plasma promove o retorno osmótico da

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