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Avaliação de Impacto Ambiental - AIA

Por:   •  21/3/2018  •  2.282 Palavras (10 Páginas)  •  367 Visualizações

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Impacto Ambiental

Há 500 anos

Os povos indígenas se distribuíam ao longo de toda extensão da Mata Atlântica, que segundo a Funai, em 1500 haviam 5 milhões de índios nessa região. Havia um total de sete tribos que habitavam o litoral sobrevivendo da pesca, do plantio da mandioca e do extrativismo. Para delimitação do povoado, era aberta uma clareira na mata, e a madeira retirada era utilizada para confecção das ocas e outras estruturas que compunham o povoado. Além disso, outros recursos eram retirados da mata como árvores selecionadas devido às propriedades da madeira. Como realizavam a pesca em relativa pequena escala, para consumo próprio, não havia grandes alterações na qualidade e quantidade dos recursos pesqueiros. O plantio de mandioca, assim como sua domesticação, alteraram significamente algumas áreas usadas para o plantio. Além disso, houve a introdução de diversas espécies de mandioca em ambientes que, naturalmente, não haveria sua ocorrência. O extrativismo de produtos vegetais, como frutos, diminui a oferta desses recursos para as outras espécies, prejudicando sua fonte energética, sendo necessário buscar essa energia em outras fontes. Dessa forma, há um efeito dominó, conseqüentemente aumentando a competição interespécífica. Além disso, os indígenas, por viverem em povoados, concentravam seus rejeitos em alguns pontos que, hoje, são sítios arqueológicos denominados sambaquis. Nesses sítios eram jogadas também as sementes dos frutos consumidos na mata, constituindo pontualmente um “desperdício” em elevada escala de propágulos vegetais, já que nesses montes de rejeitos não havia condições propícias para a sobrevivência das plântulas.

Hoje

Atualmente, resta pouco da mata original, cerca de 8%, e esse pouco está divido em muitos fragmentos que, na maioria, são menores que cinco hectares. O plantio de eucalipto foi o grande impulsionador pelo desmatamento desenfreado, assim como a ocupação humana. Com o aumento das populações nas cidades, havia a necessidade de expansão, sendo assim, a vegetação remanescente próxima às cidades foi suprimida. Outras culturas também foram responsáveis pelo desmatamento, assim como o uso de agrotóxicos e fertilizantes que afetam a biodiversidade dos remanescentes. Isso devido à Mata Atlântica possuir solos pobres em nutrientes, sendo um desses o provável fator da elevada diversidade de espécies ocorrente nesse bioma. Com a entrada de nutrientes alóctones pelos cursos d’água, como o nitrogênio, através da lixiviação de áreas adubadas, há um desequilíbrio ambiental e aquelas espécies mais sensíveis, e geralmente raras, vão sendo deletadas do ambiente. Isso pode ser observado na mata remanescente do campus do CEUNES, assim como na considerável área coberta por pastagem, em solo nu ou eucalipto.

Aspecto ambiental

500 anos

A história do Brasil está marcada pela exploração. No primeiro século de existência (1501 - 1600), temos o extrativismo vegetal com a retirada em grande escala do Pau-brasil. Todavia, outro fator importante que marca esta época é a introdução, em 1534, da cana-de-açúcar por Martins Afonso de Souza. Produto que foi exportado para a Europa em grande escala, ofertando um grande lucro para a Metrópole, ou seja, Portugal. O sistema era o plantation, isto é, latifúndio mais monocultura. Essa forma de produção agrícola só ocorreu, entre outros elementos, por que a Metrópole ofereceu grandes extensões de terras sem cobrar por elas. Essas terras foram retiradas à força dos nativos para serem entregues aos seus "novos" proprietários, que naquele momento eram concedidas pelo rei a um donatário e pela mão de obra barata.

Mas é necessário considerar, primeiro, a queima da cana produz uma fuligem que contribui para o aumento dos problemas respiratórios, principalmente em crianças; segundo, o cultivo da cana esgota boa parte dos nutrientes minerais da superfície do solo; terceiro, provoca erosão e destruição da mata ciliar.

Hoje

Aspecto ambiental é qualquer intervenção direta ou indireta das atividades e serviços de uma organização sobre o meio ambiente, quer seja adversa ou benéfica. Desta forma, aspecto ambiental são os elementos das atividades, produtos, serviços e rejeitos que pode interagir com o meio ambiente. Um aspecto ambiental significativo é um aspecto ambiental que tem ou possa a vir ter um impacto ambiental significativo. O aspecto tanto pode ser uma máquina ou equipamento quanto uma atividade executada por esta ou ainda por alguém e que produzam – ou possam produzir – algum efeito sobre o meio ambiente. Impacto ambiental é toda ação ou atividade de uma organização, adversa ou não, que produz alterações em todo ou parte dos componentes do meio ambiente. Desta forma, podemos classificar os impactos ambientais em: adversos, quando trazem alguma alteração negativa para o meio; e benéficos, quando trazem alterações positivas para o meio (aqui, entenda-se “meio” como a circunvizinhança da empresa/indústria, incluindo o meio físico, biótico e social). Situações tipicamente descritas como aspectos ambientais são a emissão de poluentes e a geração de resíduos. As ações humanas são as causas, os impactos ambientais são as conseqüências, enquanto os aspectos ambientais são os mecanismos ou os processos pelos quais ocorrem as conseqüências. A produção de efluentes líquidos e resíduos sólidos lançados nos rios e lagoas, poluentes atmosféricos, principalmente pela queima de combustíveis fósseis, além de produção de ruídos ou vibrações são aspectos ligados os processos produtivos desenvolvidos na região do Litorâneo. Outros aspectos ambientais típicos são os ligados ao consumo de recursos naturais. O consumo de água na região reduz a disponibilidade para outros usos ou para suas funções ecológicas; o consumo de combustíveis fósseis reduz seus estoques que são finitos. O aumento da populacional ao longo da história exige áreas cada vez maiores para a produção de alimentos e técnicas de cultivo que aumentem a produtividade da terra. Florestas cedem lugar a lavouras e criações, espécies animais e vegetais são domesticadas, muitas extintas e outras, ao perderem seus predadores naturais, multiplicam-se aceleradamente. Produtos químicos não-biodegradáveis, usados para aumentar a produtividade e evitar predadores nas lavouras, matam microrganismos decompositores, insetos e aves, reduzem a fertilidade da terra, poluem os rios e águas subterrâneas e contaminam os alimentos.

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