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A Sociologia é a ciência que estuda os fatos sociais

Por:   •  22/10/2018  •  1.468 Palavras (6 Páginas)  •  315 Visualizações

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Dois campos disputam o diálogo a respeito do papel do indivíduo e da sociedade – duas correntes de pensamentos antagônicos:

1) Defende que a sociedade é planejada, tendo como exemplo as formações institucionais (política, parlamento, etc) como construção de estrutura social. Entende o Estado como uma manutenção da ordem, como se seguisse um planejamento racional.

2) Entende que o indivíduo não tem papel nenhum na sociedade, e com isso a sociedade é uma entidade orgânica supra-individual que avança para a morte, e atravessa etapas da juventude, maturidade e velhice. Existe um abismo entre o indivíduo e a sociedade.

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Para Norbert Elias a ideia de sociedade e indivíduo coalescem (se unem). Ele cita um exemplo de Aristóteles: Para criar uma casa, é necessário um conjunto de pedras. Logo, a casa seria a sociedade, e as pedras seriam os indivíduos.

Para apresentar sua concepção, Elias apela para a teoria da Gestalt, em que o todo é diferente da soma de suas partes. Dessa forma, as várias partes formam um produto inteiro diferenciado. Como por exemplo a melodia de uma música, pois as notas isoladas apesar de produzirem som, não formam uma música, e como por exemplo as linhas de uma rede, pois elas só se tornam uma rede após se entrelaçarem.

Teoria dos conjuntos: Unidades de potência menor dão origem a uma unidade de potência maior.

Nem a sociedade nem o indivíduo existem sem o outro. Um não pode existir sem o outro, nem um pertence ao outro, logo, eles coexistem.

- Sem indivíduos não existe sociedade.

- Sem sociedade não existem indivíduos.

Elias acredita que a vida dos seres humanos não é harmoniosa pois não somos certamente bons uns com os outros. Isso ocorre pois em comunidade a maioria das pessoas não se conhecem, porém existe uma ordem “invisível” entre as pessoas. Essa ordem é uma rede de funções interdependentes pela qual as pessoas estão ligadas entre si tendo peso e leis próprias.

Cada pessoa singular está realmente presa; por viver em permanente dependência funcional de outros; assim como todas as demais, diretamente ou indiretamente, são elos nas próprias cadeias que as prendem.

Essas cadeias não são visíveis e tangíveis, como grilhões de ferro. São mais elásticas, mais variáveis, mais mutáveis, porém não menos reais, e decerto, não menos fortes.

É devido a essa rede de funções que as pessoas desempenham umas em relação a outras. Devido a essa rede, e nada mais, a qual chamamos de “sociedade”.

Os indivíduos são suas relações. As redes humanas se desenvolvem e se apresentam como seres humanos. O homem é um ser social, e para isso depende da companhia dos outros.

Elias defende também que a sociedade é formada a partir de relações sociais compostas por indivíduos interdependentes, indivíduos diferentes, mas que se tornam iguais pois dependem uns dos outros.

Para Elias, a divisão do trabalho aumenta o intercâmbio entre as pessoas, pois cada um só consegue existir dependendo de muitas outras.

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