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Comunicação comunitária

Por:   •  17/4/2018  •  2.248 Palavras (9 Páginas)  •  285 Visualizações

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∙ Regimes totalitários: a pressão pode chegar ao extremo, sendo permitidos todos os meios para manter o poder absoluto e incontestado. Podem ser de caráter militar ou civil, leigo ou religioso, de esquerda ou de direita. ∙ Prática de prisão, tortura e até o assassinato de dirigentes políticos da oposição, de sindicalistas, artistas, intelectuais e qualquer pessoa que se oponha ou tenha idéias antagônicas ao regime vigente.

∙ PARTIDO: “grupo de pessoas estavelmente organizado com a finalidade de alcançar o Poder e conservá-lo em benefício de seus dirigentes, como também dar aos seus membros os benefícios materiais e espirituais que isto comporta, realizando uma junta na qual o grupo em questão deseja incluí-lo”. (Laswell, Kaplan e Friedrich) ∙ Os partidos são quase exclusivamente políticos, enquanto que os grupos tendem a preocuparse com problemas específicos e não se dirigem ao povo (ou eleitores) em termos amplos. Um partido pode se tornar um grupo de pressão (quando não está no governo).

OS GRUPOS DE PRESSÃO ∙ Preocupam-se com uma questão de cada vez. Exemplo: obter a aprovação ou a não-aprovação de uma lei; induzir o governo a alguma ação, como construir uma rodovia etc. ∙ Não governam, mas se interessam pelo governo. ∙ Tentam influir sobre as decisões dos políticos e dos administradores, sem assumir, porém as responsabilidades da gestão do Poder. ∙ Em certas circunstâncias os grupos de pressão se tornam partidos. ∙ Pode acontecer que um partido de menor importância se submeta a serviço de um grupo de interesse: a este partido tocará a função de ser somente um aliado e de mover-se nos rastros de um grande partido que procura alcançar o Poder. A

∙ Organizações internacionais de partidos políticos; ∙ Organizações maçônicas; ∙ Sindicatos internacionais; ∙ Associações e sociedades mundiais; ∙ Organizações religiosas, de libertação nacional, patrióticas, humanitárias, ideológicas etc. ∙ Organizações que dispõe de filiais próprias em outros países para a defesa dos seus interesses. AS SOCIEDADES E OS GRUPOS ∙ Um grupo de pessoas excluídas socialmente se reúnem para formar um grupo de pressão, lutando pelas próprias exigências, próprios direitos, contra os poderes políticos, em ações pacifistas ou violentas. ∙ Pacifista: WWF, Greenpeace. ∙ Violentos: Skinheads, neonazistas.

∙ Os meios de comunicação e os grupos de pressão são considerados determinantes para a escala ao Poder. ∙ Os poderes políticos e econômicos têm nos instrumentos de informação uma das molas mais significativas para a influência e a sugestão das massas. ∙ O meio de comunicação é escolhido de acordo com os interesses do grupo, da ação que este executa e de quem o faz. ∙ Os meios de comunicação estão ancorados quase que exclusivamente nas mãos das classes dominantes, e o fluxo de comunicação que dele provém é inspirado na sua ideologia e finalidade. ∙ “Em cada época o pensamento da classe dominante é o pensamento dominante; e sendo a classe que resume o poder material dominante na sociedade, exprime, ao mesmo tempo, o poder intelectual nessa presente. A classe controla os meios de produção material e também a produção intelectual.” (Marx e Engels) A ESCOLHA DO MEIO ∙ “As sociedades evoluídas são sujeitas a muitas formas de controles organizados” (Lazarsfeld e Morton). ∙ Hitler serviu-se das mais visíveis e diretas, como a violência organizada e a coerção de massa. ∙ Programas psicológicos e anúncios publicitários. ∙ O Marxismo utilizou a propaganda verbal para conquistar a grande massa. ∙ O ditador italiano Benito Mussoline utilizou a imprensa no período fascista como canal de difusão de suas sentenças. ∙ O líder asiático Mao Tsé-Tung utilizou o sistema educativo de massa para formar e controlar o povo chinês.

A PRESSÃO SOBRE O COMUNICADOR ∙ Os grupos de pressão e que estão no poder têm ação sobre os profissionais de comunicação, em especial o jornalista. ∙ Desde a escolha da pauta até o enfoque dado a notícia pode sofrer as influências dos grupos e do governo. ∙ Interesse do proprietário do jornal. ∙ Espaço publicitário X jornalístico. ∙ Jabaculê (jabá) e informe publicitário.

AULA 2

DEFINIR E CARACTERIZAR COMUNICAÇÃO POPULAR E COMUNITÁRIA

A comunicação popular e comunitária se vinculam aos movimentos e manifestações reivindicatórios, sindicais e libertários, buscando a justiça social.

É uma expressão alternativa de comunicação e tem sua origem nos movimentos populares dos anos de 1970 e 1980, tanto no Brasil quanto na América Latina.

Tem como característica a expressão das lutas populares por melhores condições de vida que ocorrem a partir dos movimentos sociais. Representam um espaço para participação democrática do povo.

Possui conteúdo crítico-emancipador e de reivindicação e tem a comunidade como ator principal, o que a torna um processo com bases na educação e na democracia.

Trata-se de um instrumento político para exteriorizar a concepção de mundo de uma comunidade, seus anseios e compromissos na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Representa um processo comunicativo que surge da ação dos grupos populares. Tem caráter de mobilização coletiva na figura dos movimentos populares, que desenvolve canais próprios de comunicação.

Trata-se de uma forma de expressão de segmentos excluídos da população, mas em processo de mobilização visando atingir seus interesses e suprir necessidades de sobrevivência e de participação política.

AUTORES QUE TRATAM DA COMUNICAÇÃO POPULAR E COMUNITÁRIA

• Mário Kaplún: “representa uma comunicação libertadora, transformadora, que tem o povo como gerador e protagonista”.

• Regina Festa: “a comunicação popular nasce efetivamente a partir dos movimentos sociais, mas sobretudo da emergência do movimento operário e sindical, tanto na cidade como no campo”, e se refere ao modo de expressão das classes populares”

• Gilberto Gimenez: “a comunicação popular implica a quebra da lógica da dominação e se dá não a partir de cima, mas a partir do povo, compartilhando dentro do possível seus próprios códigos”.

• Cecília Peruzzo: "A comunicação comunitária acaba por se revelar um fenômeno complexo, pois não tem a visibilidade amplificada como é a da grande mídia, além de poder ser compreendida de diferentes maneiras.

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