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Banalidade do mal

Por:   •  11/11/2017  •  2.188 Palavras (9 Páginas)  •  346 Visualizações

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conforme o livro bíblico, Gênesis. O afastamento da convivência espiritual com Deus e a desobediência à sua vontade provoca todo o mal presente na vida dos homens. Somente por intermédio de Jesus Cristo, o filho de Deus encarnado, os homens podem ser redimidos e reviver o estado pleno de bondade junto a Deus (Chalita).

Santo Agostinho tenta provar de forma filosófica de que Deus não é o criador do mal, em seu livro ’O Livre-arbítrio’. Pois, para ele, tornava-se inconcebível o fato de que um ser tão bom, pudesse ter criado o mal. A concepção que Agostinho tem do mal, esta baseada na teoria platônica, assim o mal não é um ser, mas sim a ausência de um outro ser, o bem. O mal é aquilo que "sobraria" quando não existe mais a presença do bem. Deus seria a completa personificação deste bem, portanto não poderia ter criado o mal. Deus em sua perfeição, quis criar um ser que pudesse ser autônomo e assim escolher o bem de forma voluntária. O homem, então, é o único ser que possuiria as faculdades da vontade, da liberdade e do conhecimento. Por esta forma ele é capaz de entender os sentidos existentes em si mesmo e na natureza. Ele é um ser capacitado a escolher entre algo bom (proveniente da vontade de Deus) e algo mal (a prevalência da vontade das paixões humanas) (Wikipedia).

- Mal ético/ Mal prático: advém da condição humana, da relação humana que não consegue conviver com o mal metafísico.

- Kant: mal maligno, inexistente, o mal em que não e o mal simplesmente nem metafisico nem pratico, mas seria tão destrutivo, que seria diabólico. Não existe a chance do mal absoluto.

Kant percebeu que o mal pode ter origem não nos instintos ou na natureza pecaminosa do homem e, sim, nas faculdades racionais que o fazem livre. Dessa forma, o mal não possui dimensão ontológica, mas contingencial. Ele acontece a partir da interação e da reação das faculdades espirituais humanas às suas circunstâncias. O mal radical, em Kant, é uma espécie de rejeição consciente ao bem e está atrelado, ainda, ao uso dos homens como meios, instrumentos, e não fim em si mesmo. Arendt retém esse aspecto da reflexão kantiana, acrescentando-lhe a dimensão histórico-política do seu próprio tempo. Nela, o radicalismo vai relacionar-se à novidade e ao assombro diante das informações chegadas às suas mãos nos Estados Unidos, em 1943, sobre Auschwitz. Ela associou o mal radical aos campos de concentração, base de sustentação da nova forma de governo em gestação. Isso faz o assunto ultrapassar a questão judaica, embora seja incompreensível sem ela. Holocausto é pouco para captar o que surgiu, pois não se trata apenas da execução de judeus. Esse algo a mais faz sua obra dizer coisas relevantes para todos nós. O mal radical está associado ao totalitarismo, organização governamental e sistemática da vida dos homens prescindindo do discurso e da ação, considerando-os meros animais, controláveis e descartáveis. É uma forma de governar sustentada, explicitamente, no pressuposto do extermínio de setores da população e não apenas na sua opressão ou instrumentalização. Isso não diz respeito apenas à exclusão sócio-política do criminoso, nem à eliminação do opositor ou inimigo, mas a atualização da lógica da descartabilidade humana inerente àquelas formas de governo.

- Todo mal e uma espécie de bem, porque seria necessário para própria constituição do mundo. A ontologia do mundo implica a essa perfeição.

- Hannah: não existe o mal maligno, mas sim o mal banal.

- Marcia diz que o mal radical não ajuda, porque implica ao mal pelo mal. O mal do sujeito perverso que quer destruir tudo, quando seria uma ideia do poder de dominação, exploração e destruição (Focault). Na verdade o conceito da banalidade do mal (Hannah) é mais maleável, o poder que é mais sedutor, mais suave, tranquilo. “Eu não preciso decidir por mim mesmo, pois tudo está decidido”. Em nome das coisas mais estúpidas, eu faço as coisas mais horrendas. Ela fala da mulher que mata a colega porque queria o cargo dela. “O que tem de mal? Eu só quero subir na carreira”, muitos fazem isso. Perder em vista os valores próprios. Rita diz que a maior condição de se praticar o mal radical é você estar convicto de que está praticando o bem. Se o dispositivo for perverso, der margem ao totalitarismo, permitir competições desleais, qualquer um de nos pode estar pervertido por ele. O que as ditaduras fazem é instituir um dispositivo em que sujeitos comuns se tornam torturadores, e depois disso, se sentem arrasados. É um dispositivo que acaba com as pessoas. O mal banal pode estar em qualquer um de nos, dependendo da circunstância em que nos encontramos.

O Brasil é o país no qual a polícia militar mata mais, matam os negros, os pobres.

Eichmann: todos achavam que ele era antissemita, quando ele chega e fala que queria simplesmente subir de carreira, ele foi um ‘funcionário exemplar’, modelo. Ele simplesmente tinha vestido a camiseta do regime. Ele não é um sujeito monstruoso, do mal, porém comum, muito parecido com todo mundo, o que chocou o mundo.

Banal: comum, ordinário, o que todos usavam (na comunidade medieval).

Mal banal: O mal que pode ser usado por todo mundo.

Racionalidade instrumental: Aquela que me serve no ponto onde eu sou banal como todo mundo, que eu faço aquilo que todo mundo faz. Problema ético: Na hora que faço o que todo mundo faz eu me instrumentalizo, e me torno útil. A relação existente entre o banal e a utilidade das coisas.

Adorno e Horkheimer

A racionalidade instrumental define-se por ser estritamente formal. Não importam os conteúdos das ideias e dos princípios que possam ser considerados racionais, mas a forma como essas ideias e princípios podem ser utilizados para a obtenção de um fim qualquer. Ou seja, a racionalidade instrumental, formal caracteriza-se, antes de tudo, pela relação entre meios e fins. Ela só diz respeito aos meios, aos critérios de eficácia na escolha dos meios para atingir os fins, sejam eles quais forem.

O ‘patos’ não é uma coisa que se contrapõe à razão. A racionalidade dos nazistas era apática, doentia.

Fascista em potencial:

Sujeito que não tem a função oblativa, não tem a dimensão do outro. Quem é o outro?

O regime de pensamento que é democrático: um tipo de outro. O outro é um mistério.

Autoritário:

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