A ILHA ROUBADA – SANDRO VAIA
Por: Hugo.bassi • 8/3/2018 • 719 Palavras (3 Páginas) • 343 Visualizações
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Continuando as reflexões sobre a situação do país, o capítulo 7 trata da “abertura econômica” (se é que pode ser assim chamada), ocorrida ao final do século XX, na ilha. Abertura esta que, pouco a pouco, foi novamente abafada pelo Estado, sob a argumentação de que poderia gerar novas desigualdades entre os habitantes, de forma que, em ganhando forças, poderiam afrontar o sistema [socialista] vigente, o que seria, em si, inconcebível. O capítulo posterior trata de demonstrar a ausência de informação aos habitantes do local, bem como a censura existente à qualquer forma de informação estranha àquela estipulada pelo Partido.
Em momento posterior, nitidamente deixando de lado a questão biográfica para, assim, adentrar nas questões cruciais de Cuba, o autor passa a transmitir as ideias e afirmações dos protagonistas quanto à política e a à forma de vida da população da ilha. No mesmo passo, trata de esclarecer a dicotomia existente entre Cuba e os Estados Unidos da América, sob a perspectiva histórica.
Ainda, trata-se de demonstrar, pontualmente, as iniciativas onde a protagonista e seu marido atuaram, não apenas por meio das palavras, mas também indo à “luta física”.
Impende ressaltar que, analisando o livro como um todo, o autor, aproveitando da influência de Yoani na cultura de Cuba (e mesmo de sua visão do todo), trata de demonstrar as mazelas que hoje encontram-se enraizadas na ilha socialista, mazelas estas que, ao invés de serem corrigidas pelo Estado, são por ele aumentadas.
Nesse passo, a obra demonstra-se como excelente elemento de pesquisa e fonte de informações, fatores que, na atual situação brasileira, devem ser levadas em consideração, a fim de evitar que, veladamente, aquilo que denomina-se “democracia” acabe por se tornar uma ditadura velada.
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