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A FUGA

Por:   •  17/10/2018  •  2.530 Palavras (11 Páginas)  •  236 Visualizações

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Não conseguiam fazer sua própria proteção. Com uma frota muito fraca, foi atacado e saqueado pelos francesas, tendo um grande prejuízo. Avaliado em 2007 em 1,2 bilhões de reais.

Uma explicação dos seus problemas era política e religiosa. Pois ainda no século XIX Portugal continuava sendo a mais católica e conservadora. Não se aderindo as ideias libertarias e nem as revoluções e transformações. A igreja reinava por três séculos. Com isso a medicina era muito atrasada, pois a igreja não deixava progredir. Último país a abolir os autos da Inquisição.

A partida

Dia 29 de novembro de 1807 havia um espetáculo no porto tendo em vista a partida da Elite para o Brasil. Muitos curiosos querendo ver tal ato. 07 horas da manhã a nau Príncipe Real foi em direção ao Atlântico. Com esse seguia mais três navios.

Calculava entre 10 a 15 mil pessoas acompanhando o príncipe regente até o Brasil. Essa viagem iria demorar aproximadamente dois meses e meio. Era uma viagem de grande risco devido aos perigos existentes nos mares. A viagem foi as pressas apesar que já havia se planejando a algum tempo, porque depois que chegou a última edição do jornal parisiense Le Moniteur, onde Napoleão anunciava eminente ataque a Portugal, logo casou um grande alvoroço.

Meia-noite o Conselho de Estado juntamente com D. João dava as ordens a Joaquim José de Azevedo oficial da corte para organizar o embarque. Durante três dias houveram muitas correrias por partes dos portugueses para arrumarem as embarcações. Somente a elite sabia da verdade. O povo não sabia o motivo real de tanta pressa.

Sabendo da verdade houve grande revolta por parte da população. Apedrejaram carruagens e etc. Muita tristeza por parte dos povos portugueses. Muitos não conseguiram embarcar, tendo que refugiar em suas casas.

A Viagem

Antigamente os navios portugueses eram “hermeticamente lacrados”. Tendo como função principal impedir a penetração das águas e vencer as tempestades. Fezes e etc eram lançados ao mar. A alimentação e higiene precária causada muitas das vezes o escorbuto, disenteria e o tifo.

A travessia sobre o Oceano Atlântico portuguesa levou quase dois meses. Com grande desconforto devido ao numero de pessoas a bordo os navios faziam sua passagem. Foi uma viagem com grande dificuldade. Em reunião Strangford, Sidney Simth e D. João, decidiram que em caso de imprevisto deveriam ir para a Ilha de São Tiago no arquipélago de Cabo Verde.

Dia 5 de dezembro, na Ilha da Madeira a frota inglesa se dividiu em duas, uma continuou acompanhando os portugueses e a outra retornou ao bloqueio continental feito pelos franceses.

Dia 8 a tripulação foi coberta por um nevoeiro. Sendo assim houve a separação de alguns navios pela força dos ventos. Devido a agitação do mar e o perigo na noite decidiram parar.

Dia 10 mastro do Bedford quebrou, marinheiro caiu no mar, mais foi salvo. “Nos navios portugueses os estragos foram maiores”, mastro da Medusa quebrou, depois o terceiro e o navio ficou a mercê do mar. Esse ia para a Bahia.

Devido os imprevistos metade foram para noroeste e o restante para o sudoeste. Durante as paradas em Cabo Verde para reparo dos navios, Carlota Joaquina e as filhas decidiram visitar D. João e a rainha. Nesse momento o príncipe resolveu ir para a Bahia em vez do Rio de Janeiro.

Dai em diante cada frota seguiu seu rumo. Dia 22 de janeiro após 54 dias D. João chega a Salvador. Os demais haviam chegado no Rio dia 17 de janeiro.

8 – Salvador

Essa decisão de mudança de D. João, tendo em vista que antes o planejado era toda a tripulação ir para o Rio de Janeiro. No entanto durante a viagem decidiu dividir a frota. Sendo metade Salvador e restante Rio. Uma das explicações seria que D. João verificou a oportunidade politica da época e decidiu fazer essa escala. Pois havia uma ameaça de separação desse território da colônia.

Em Salvador D. João anunciou a abertura dos portos. O primeiro contato com o pessoal da colônia foi uma “epopeia marítima”. Um navio enviado pelo governador de Pernambuco encontrou os navios portugueses para lhes darem as boas vindas presenteando com frutas frescas e etc.

Para os portugueses foi muito bem vindo, pois após passarem por condições precárias e insuportáveis, nada melhor que comer alimentos frescos e saudáveis.

Dia 22 de janeiro às 11h os navios atracaram dentro da barra. Só que ninguém estava esperando os portugueses. Isso acabou gerando uma incerteza. O motivo foi devido a dificuldade da divulgação das informações pelos faróis, fortes e vilas. Dessa forma a guarda soube da chegada, mais o povo ficou sabendo com muito atraso.

O governador João Saldanha da Gama, conde da Ponte veio receber D. João. Depois o arcebispo D. José da Santa Escolástica. No dia seguinte 23 de janeiro D. João desembarcou dessa vez um multidão os aguardava. Visitaram a Câmara Municipal, Igreja da Sé, ficando a noite ao Paço do Governo. D. João passou um mês na Bahia. Carlota Joaquina não se juntou a eles e ficou no Palácio da Justiça. Dia 28 de janeiro D. João assinou a carta régia de abertura dos portos ao comercio de todas as nações amigas. Aprovou a criação da primeira Escola de Medicina do Brasil. Deu licença para a construção de uma fábrica de vidro e outra de pólvora.

Dia 26 de fevereiro foi para o Rio de Janeiro, pois considerava Salvador muito vulnerável a um ataque dos franceses e também para terminar a etapa da sua viagem.

9 – A Colônia

A duzentos anos atrás o Brasil na época em que os portugueses chegaram era totalmente precário. Idioma predominante português, sem comércio, regiões sem seus respectivos donos.

Nesse época conforme disse o secretário da Marinha e Ultramar, Martinho de Mello “o Brasil sem forças é um preciosíssimo tesouro abandonado a quem o quiser ocupar”. O Brasil tinha pouco mais de 3 milhões de habitantes, de cada 3 brasileiros, um era escravo. Sendo os indígenas estimado em 800000 pessoas.

Na chegada da corte ao Brasil o país havia passado por um grande crescimento populacional advindo da descoberta de ouro e diamante no final do século XVII.

Uma população “analfabeta, pobre e carente de tudo”. Saúde precária. A autorização para cirurgia era dada por um juiz comissário, bastava ter 4 anos de experiência em farmácia ou hospital.

A falta de conhecimento e afastamento

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