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Polanyi - A Grande Transformação

Por:   •  10/4/2018  •  1.620 Palavras (7 Páginas)  •  261 Visualizações

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também define os tipos de mercado:

* mercado externo - uma transação causada pela falta de naquela região e tem como alicerce a geografia (tem o seu limiar no comércio exterior, originalmente baseado no princípio da reciprocidade).

* mercado local - limitado às mercadorias da região, que também se escora na geografia.

* mercado interno - altamente competitivo, sendo essa a sua sustentação. Tal característica popularizou o princípio geral do comércio. Originado nos atos individuais de permuta.

“O MERCADO AUTO REGULÁVEL E AS MERCADORIAS FICTÍCIAS: TRABALHO, TERRA E DINHEIRO” [cap 6]

Polanyi retoma ideias já apresentadas como a economia de mercado e insere a ideia de mercado auto regulável, onde os indivíduos tentam ter o máximo de ganhos possíveis gerado por uma expectativa. “Ele pressupõe mercados nos quais o fornecimento dos bens disponíveis a um preço definido igualarão a demanda a esse mesmo preço”. Assim, tudo será controlado pelo preço, não só bens materiais, mas também trabalho, terra e dinheiro, na forma de salários, aluguéis e juros, respectivamente. E em um mercado desse tipo a ação governamental deve ser nula, apenas políticas que assegurem a auto regulação devem ser mantidas, numa total separação do Estado da economia. Polanyi também comenta que o mercantilismo, diferente do liberalismo, priorizava o desenvolvimento da nação e não mercantilizava a terra e o trabalho.

Ainda sobre terra, trabalho e dinheiro, Polanyi descreve que são elementos essenciais a indústria, mas não são mercadorias verdadeiras, sendo que permitir que seres humanos e a natureza sejam assim vistos ocasionaria em um desmoronamento da sociedade. No séc XVIII, com a inserção de fábricas e equipamentos cada vez mais sofisticados, os elementos essenciais a indústria passaram a ser cada vez mais necessários, eles tinham que estar disponível a compras, mudando o sistema social da época. Polanyi relembra que grandes avanços, quando exagerados, podem levar a total desarticulação da sociedade (política de cercamentos).

“SPEENHAMLAND, 1795” [cap 7]

Polanyi trata aqui da lei Speenhamland de 1795 que institui um abono salarial para pobres complementando sua renda caso a mesma fosse abaixo do preço do quilo do pão. Tal lei causou um enorme pauperismo social, pois a capacidade produtiva da Inglaterra caiu absurdamente, assim como os salários. Essas consequências não previstas da “Speenhamland Law” mostraram aos ingleses que não era viável criar uma ordem capitalista sem mercado de trabalho nacional, que anteriormente competia com os interesses burgueses (sindicatos e afins). Dentro desse contingente histórico e antropológico, Polanyi conclui que a partir do surgimento da pobreza como um problema, emerge uma sociedade com dicotomias e contrapontos complexos, como o progresso e o aperfeiçoamento versus a determinação e a perdição; a harmonia e a auto regulação versus a competição e o conflito. Para ele, o liberalismo econômico foi concebido a partir dessas contradições.

“ANTECEDENTES E CONSEQUÊNCIAS” [cap 8]

Polanyi trata sobre a Poor Law (1536-1601), que determinava que todos os indivíduos deveriam trabalhar e o Statute of Artificiers (1563), que exigia a obrigatoriedade do trabalho, a necessidade de aprendizado e o estabelecimento de um salário anual. Esses métodos eram o código de trabalho da época, (a Poor Law suplementou o Statute of Artificiers) mas a primeira era controlada por paróquias que restrigiam a vida do trabalhador assim como sua livre escolha de um emprego. Além dessas leis, havia o Act of Settlement (1662), que eram atos contra a indigência profissional (pessoas tinham que ficar e depender de suas paróquias). Em 1795 a Speenhamland é aplicada, o Act of Settlement parcialmente revogado, o que implicava em uma contradição, pois enquanto o “direito de viver” era recorrente, a Rev. Industrial exigia um suprimento nacional de trabalhadores que poderiam trabalhar em troca de salários. A Speenhamland era um ato regressivo do ponto de vista da Poor Law, pois deixava na mão de paróquias locais toda a administração da “seguridade social”, além de misturar em um mesmo grupo crianças, velhos e enfermos de desempregados capacitados. A moderna classe trabalhadora só surgiu com a abolição da “Speenhamland Law”, cujo fim se

deu de uma forma abrupta mas não inesperada, pois já havia uma descrença geral em sua

eficácia. O pauperismo continuava aumentando. A solução proposta, na época, foi a criação de um mercado de trabalho a nível nacional. Com a “Poor Law Reform”, surgida na década de1830, a assistência social restringiu-se às pessoas consideradas indigentes, que deveriam serrecolhidas aos albergues. Os pobres, desempregados e sem assistência, ficavam entre ingressar aqualquer custo no mercado de trabalho, ou sofrer a desmoralização de ser albergado. Após uma discussão sobre o aumento do pauperismo, Polanyi conclui que este aumentou devido ao “desemprego invisível”, causado pelas flutuações no comércio.

“PAUPERISMO E UTOPIA” [cap 9]

Para Polanyi o problema da pobreza se concentratava

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